ARQUIVO DE FOTO: Um homem recebe uma dose da vacina Pfizer-BioNTech coronavirus (COVID-19) na estação Bus Rapid Transit (BRT) no Rio de Janeiro, Brasil, 27 de outubro de 2021. REUTERS / Pilar Olivares / Foto de Arquivo
26 de novembro de 2021
By Gabriel Araujo and Lisandra Paraguassu
SÃO PAULO / BRASÍLIA (Reuters) – A agência reguladora de saúde brasileira Anvisa recomendou na sexta-feira que as viagens de alguns países africanos fossem restritas devido à detecção de uma nova variante do COVID-19, embora não estivesse claro se o presidente Jair Bolsonaro adotaria alguma medida.
A Anvisa disse que sua recomendação, que precisa da aprovação do governo para ser implementada, é suspender imediatamente os voos da África do Sul, Botswana, Lesoto, Eswatini, Namíbia e Zimbábue.
A UE e a Grã-Bretanha já estão apertando os controles de fronteira enquanto os pesquisadores investigam se a nova mutação é resistente à vacina.
O Ministério da Saúde do Brasil disse em uma nota separada que a nova variante B.1.1.529 chamada Omicron representa uma potencial ameaça futura, mas que seu impacto epidemiológico não é claro.
Após a declaração da Anvisa, Bolsonaro disse a jornalistas que estava considerando tomar medidas relacionadas à variante, mas continuou a enfatizar que era contra restrições graves relacionadas ao coronavírus.
“O Brasil não aguenta outro bloqueio. Não adianta ficar apavorado ”, disse ele após um evento militar no Rio de Janeiro. “Vou tomar medidas racionais.”
Bolsonaro foi amplamente criticado por especialistas em saúde pública por sua gestão da pandemia, protestando contra os bloqueios, frequentemente recusando-se a usar máscara em público e optando por não ser vacinado. O Brasil tem o segundo maior número de mortes causadas pelo vírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou os países contra a imposição precipitada de restrições de viagens devido à variante, dizendo que eles deveriam adotar uma “abordagem científica e baseada no risco”.
Em sua nota técnica, a Anvisa disse que estrangeiros que já estiveram em pelo menos um dos seis países africanos citados nos últimos 14 dias não devem ser autorizados a desembarcar no Brasil, enquanto os brasileiros vindos dessas nações devem ser colocados em quarentena.
A agência de saúde disse: “A nova variante parece ter uma transmissibilidade mais alta”.
O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse à rede GloboNews que as restrições a viagens são uma medida preventiva necessária e que espera que o governo tome uma decisão o mais rápido possível.
A notícia da variante martelou os estoques de viagens no Brasil.
(Reportagem de Gabriel Araujo em São Paulo e Lisandra Paraguassu em BrasíliaRelatório adicional de Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro e Eduardo Simões em São Paulo Escrita por Stephen Eisenhammer e Gram SlatteryEditing por Brad Haynes e Alistair Bell)
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ARQUIVO DE FOTO: Um homem recebe uma dose da vacina Pfizer-BioNTech coronavirus (COVID-19) na estação Bus Rapid Transit (BRT) no Rio de Janeiro, Brasil, 27 de outubro de 2021. REUTERS / Pilar Olivares / Foto de Arquivo
26 de novembro de 2021
By Gabriel Araujo and Lisandra Paraguassu
SÃO PAULO / BRASÍLIA (Reuters) – A agência reguladora de saúde brasileira Anvisa recomendou na sexta-feira que as viagens de alguns países africanos fossem restritas devido à detecção de uma nova variante do COVID-19, embora não estivesse claro se o presidente Jair Bolsonaro adotaria alguma medida.
A Anvisa disse que sua recomendação, que precisa da aprovação do governo para ser implementada, é suspender imediatamente os voos da África do Sul, Botswana, Lesoto, Eswatini, Namíbia e Zimbábue.
A UE e a Grã-Bretanha já estão apertando os controles de fronteira enquanto os pesquisadores investigam se a nova mutação é resistente à vacina.
O Ministério da Saúde do Brasil disse em uma nota separada que a nova variante B.1.1.529 chamada Omicron representa uma potencial ameaça futura, mas que seu impacto epidemiológico não é claro.
Após a declaração da Anvisa, Bolsonaro disse a jornalistas que estava considerando tomar medidas relacionadas à variante, mas continuou a enfatizar que era contra restrições graves relacionadas ao coronavírus.
“O Brasil não aguenta outro bloqueio. Não adianta ficar apavorado ”, disse ele após um evento militar no Rio de Janeiro. “Vou tomar medidas racionais.”
Bolsonaro foi amplamente criticado por especialistas em saúde pública por sua gestão da pandemia, protestando contra os bloqueios, frequentemente recusando-se a usar máscara em público e optando por não ser vacinado. O Brasil tem o segundo maior número de mortes causadas pelo vírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou os países contra a imposição precipitada de restrições de viagens devido à variante, dizendo que eles deveriam adotar uma “abordagem científica e baseada no risco”.
Em sua nota técnica, a Anvisa disse que estrangeiros que já estiveram em pelo menos um dos seis países africanos citados nos últimos 14 dias não devem ser autorizados a desembarcar no Brasil, enquanto os brasileiros vindos dessas nações devem ser colocados em quarentena.
A agência de saúde disse: “A nova variante parece ter uma transmissibilidade mais alta”.
O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse à rede GloboNews que as restrições a viagens são uma medida preventiva necessária e que espera que o governo tome uma decisão o mais rápido possível.
A notícia da variante martelou os estoques de viagens no Brasil.
(Reportagem de Gabriel Araujo em São Paulo e Lisandra Paraguassu em BrasíliaRelatório adicional de Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro e Eduardo Simões em São Paulo Escrita por Stephen Eisenhammer e Gram SlatteryEditing por Brad Haynes e Alistair Bell)
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