Logo depois de se reunir com seus meio-irmãos, Magdalena (Agustina Cerviño), a improvável protagonista de “Pedra, Papel e Tesoura”, desce as muitas, muitas escadas de sua casa de infância. Não está claro se ela foi empurrada – e em caso afirmativo, por quem – mas é evidente que este filme, dirigido por Macarena García Lenzi e Martín Blousson, sabiamente conteve suas revelações.
Forçada a cuidar de seus irmãos, Magdalena definha na cama onde seu pai morreu recentemente. Sua irmã María José (Valeria Giorcelli) permanece sempre vigilante enquanto seu irmão, Jesús (Pablo Sigal), age como um confidente passivo. Antes de Magdalena chegar para receber sua parte da herança do pai, os três não se falavam há anos. À medida que sua condição piora e o comportamento dos irmãos se torna cada vez mais errático, ela deve usar o passado comum para tentar manipular sua saída do cativeiro.
Esse passado está carregado, com certeza. María José, tão devotada a Deus quanto a “O Mágico de Oz”, vacila descontroladamente entre o educador familiar e uma imitadora de Annie Wilkes. Jesús é igualmente ameaçador, mas paira na periferia, contente em fazer curtas violentos e experimentais. Ele é uma espécie de estranho à família por ser gay, enquanto Magdalena é ocasionalmente difamada por ter uma mãe com pele mais escura, embora esses detalhes não acrescentem muito ao roteiro, exceto algumas calúnias chocantes.
Não há respostas fáceis no final da jornada de Magdalena, mas sua história é tão interessante quanto confusa. Dadas as três atuações notáveis do elenco e o trabalho de câmera habilidoso de Nicolás Colledani, isso cria uma cápsula fascinante de brutalidade familiar.
Pedra, Papel e Tesoura
Não avaliado. Em espanhol, com legendas. Tempo de execução: 1 hora e 23 minutos. Alugue ou compre em Apple TV, FandangoNow e outras plataformas de streaming e operadoras de TV paga.
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