FOTO DE ARQUIVO: Coronel Assimi Goita, líder da junta militar maliana, participa de reunião consultiva da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Accra, Gana, em 15 de setembro de 2020. REUTERS/ Francis Kokoroko
18 de janeiro de 2022
Por Bate Félix
DACAR (Reuters) – A União Europeia e seus parceiros não pretendem isolar o Mali e seu governo liderado por militares, disse o enviado especial da UE ao Sahel, pedindo negociações apesar de um plano para punir severamente o país por não organizar eleições.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) atingiu o Mali com duras sanções no início deste mês, depois que a junta que assumiu o poder em 2020 desistiu de uma eleição proposta em fevereiro e disse que permaneceria no cargo por mais quatro anos.
A UE disse que imporá suas próprias restrições de acordo com a CEDEAO, provavelmente no final de janeiro.
No entanto, Emanuela Del Re, Representante Especial da UE para o Sahel, disse que a porta continua aberta para o diálogo.
“A posição da União Europeia é ser firme em certos princípios sem fechar completamente as portas”, disse Del Re à Reuters em entrevista na segunda-feira.
“Devemos continuar a dialogar com o Mali porque não queremos isolar o Mali, queremos um Mali que seja capaz de superar esta crise”, disse Del Re, acrescentando que acredita que as conversas acontecerão.
Os dois lados não divulgaram nenhum cronograma para negociações. Solicitado a comentar, um porta-voz do governo do Mali disse que as autoridades também estão abertas ao diálogo.
As sanções econômicas e políticas existentes quase isolaram a nação do Sahel da África Ocidental, sem litoral, e cortaram seu acesso aos mercados financeiros.
O governo do Mali alertou que as sanções podem deixar o país em dificuldades. Instados pelo governo, milhares de malianos se juntaram a protestos de rua na sexta-feira.
A CEDEAO disse que suspenderá gradualmente as sanções se a junta apresentar um prazo aceitável para retornar à ordem constitucional.
O Mali luta para encontrar estabilidade desde 2012, quando uma rebelião tuaregue no norte foi sequestrada por militantes islâmicos.
Os insurgentes ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico continuaram os ataques, matando centenas e tornando ingovernáveis faixas de território, apesar da presença de milhares de tropas da França e de parceiros europeus, além de forças de paz das Nações Unidas.
(Reportagem de Bate Felix; Edição de Frank Jack Daniel)
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FOTO DE ARQUIVO: Coronel Assimi Goita, líder da junta militar maliana, participa de reunião consultiva da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Accra, Gana, em 15 de setembro de 2020. REUTERS/ Francis Kokoroko
18 de janeiro de 2022
Por Bate Félix
DACAR (Reuters) – A União Europeia e seus parceiros não pretendem isolar o Mali e seu governo liderado por militares, disse o enviado especial da UE ao Sahel, pedindo negociações apesar de um plano para punir severamente o país por não organizar eleições.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) atingiu o Mali com duras sanções no início deste mês, depois que a junta que assumiu o poder em 2020 desistiu de uma eleição proposta em fevereiro e disse que permaneceria no cargo por mais quatro anos.
A UE disse que imporá suas próprias restrições de acordo com a CEDEAO, provavelmente no final de janeiro.
No entanto, Emanuela Del Re, Representante Especial da UE para o Sahel, disse que a porta continua aberta para o diálogo.
“A posição da União Europeia é ser firme em certos princípios sem fechar completamente as portas”, disse Del Re à Reuters em entrevista na segunda-feira.
“Devemos continuar a dialogar com o Mali porque não queremos isolar o Mali, queremos um Mali que seja capaz de superar esta crise”, disse Del Re, acrescentando que acredita que as conversas acontecerão.
Os dois lados não divulgaram nenhum cronograma para negociações. Solicitado a comentar, um porta-voz do governo do Mali disse que as autoridades também estão abertas ao diálogo.
As sanções econômicas e políticas existentes quase isolaram a nação do Sahel da África Ocidental, sem litoral, e cortaram seu acesso aos mercados financeiros.
O governo do Mali alertou que as sanções podem deixar o país em dificuldades. Instados pelo governo, milhares de malianos se juntaram a protestos de rua na sexta-feira.
A CEDEAO disse que suspenderá gradualmente as sanções se a junta apresentar um prazo aceitável para retornar à ordem constitucional.
O Mali luta para encontrar estabilidade desde 2012, quando uma rebelião tuaregue no norte foi sequestrada por militantes islâmicos.
Os insurgentes ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico continuaram os ataques, matando centenas e tornando ingovernáveis faixas de território, apesar da presença de milhares de tropas da França e de parceiros europeus, além de forças de paz das Nações Unidas.
(Reportagem de Bate Felix; Edição de Frank Jack Daniel)
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