Revolta e indignação marcaram a reunião legislativa da Câmara Municipal de João Pinheiro desta segunda-feira, 07 de fevereiro de 2022. Diversos professores e servidores de vários setores estiveram presentes para manifestar a contrariedade de suas classes frente as propostas de reajustes salariais apresentadas. A revolta principal é com a classe política pinheirense, que pretende reajustar seus salários retroagindo a janeiro, enquanto que as propostas para os servidores em geral não possuem aplicação imediata.
No total, foram apresentados cinco projetos de leis que tratam dos reajustes salariais para os servidores municipais. No entanto, a revolta principal gira em torno da proposta que visa reajustar os salários do executivo e legislativo municipal. É que, diferentemente dos demais, os projetos preveem que os reajustes de 10,06% retroajam a janeiro de 2022 dos subsídios do prefeito, vice, secretários e todos os agentes políticos do município.
Ao revés da classe política, a proposta para os servidores públicos em geral concede reajuste parcelado, 11% em março e 9,09% em novembro. A revolta é ainda maior para os professores, que, se aprovado o projeto de lei apresentado hoje, receberão 17% de reajuste referentes aos anos de 2020 e 2021, excluindo, desta forma, o reajuste de 33% já deferido pelo Governo Federal.
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Cientes do que estava por vir, diversos servidores municipais se empenharam e estiveram presentes na reunião. Antes da sessão se iniciar, os pinheirenses ainda passaram pelo dissabor de serem barrados na porta da Câmara Municipal, onde permaneceram por haver uma portaria que estipula um público máximo na sessão da Câmara Municipal para 25 pessoas, os servidores só puderam entrar após 15 pessoas que estavam no plenário saírem, alguns ainda ficaram de fora pela lotação máxima ter sido atingida.
O JP Agora esteve presente e ouviu representantes dos professores, do sindicato e da classe política. A roda de entrevistas se iniciou com a professora Pety, que aproveitou para ressaltar, em definitivo, que o reajuste apresentado para a classe exclui os 33% que o Governo Federal já concedeu, além de não contemplar as perdas e prejuízos dos anos 2020 e 2021.
“Nossa situação está se deteriorando a cada ano. Estamos há três anos sem reajuste. Tivemos uma perda de mais de 17% de 2020 e 2021. Agora, pela Lei do Piso, o aumento deve acontecer de acordo com o Fundeb, é a lei que instituiu, para este ano, o aumento de 33%. O que o prefeito fez, ele está dando os reajustes dos anos anteriores, mas para a gente receber a partir de fevereiro. Ou seja, os dois anos para trás ele não vai nos pagar. Os 33% deste ano ele nem menciona. Estamos aqui hoje procurando ser ouvidos para ver se os vereadores não aprovam os projetos desse jeito” pontuou a professora Petty.
Em entrevista, a professora Valéria disse que a classe política de João Pinheiro está fazendo os funcionários públicos de palhaços. “Tentaram barrar nossa entrada porque sabiam da nossa reivindicação, sabiam que fizemos uma reunião no último sábado. Nós funcionários públicos estamos sendo humilhados. O que mantém João Pinheiro de pé somos nós. Quer dizer que o senhor prefeito não sabe administrar? Nós administramos uma escola com 30 40 alunos dentro de uma sala. A gente estuda e trabalha para receber o que recebemos. Um vereador ganha muito mais para trabalhar praticamente quase nada. O que fazem? E ainda votam contra o funcionalismo público. Acho isso errado, tem que pagar nosso rateio do Fundeb sim, porque dinheiro deve ter” disse a professora Valéria, indignada com a situação.
O reajuste da classe política na forma apresentada contrariou também parte dos vereadores. Mário Luiz avaliou a situação proposta como uma sacanagem e reconheceu a importância dos servidores para a administração municipal.
“Estamos vendo a forma muito estranha que o prefeito está conduzindo essa situação. Ele não fez questão de sentar com ninguém, com funcionários, com sindicatos, ele mesmo por conta própria fez como deu na cabeça dele. A respeito dos professores, o prefeito havia dito que esperaria o Governo Federal. O Governo Federal já deu o reajuste de 33%, aí a gente vota esses 17% agora e quando vamos votar os 33% desse ano? É triste ver isso nos dias de hoje, dois pesos e duas medidas. O prefeito não fez questão nenhuma de esconder, é uma sacanagem que está sendo feita. Por que o salário dele, dos vereadores, vai ser pago em cota única e retroativo e os demais funcionários tem que ser divido? Essa é a revolta do funcionalismo e a população precisa saber disso” pontuou o vereador Mário Luiz ao repórter do JP Agora.
Por fim, o repórter do JP Agora conversou com Helmio, representante do Sindicato dos Servidores Municipais de João Pinheiro. Segundo ele, o objetivo da presença maciça na reunião de hoje era pedir ajuda aos vereadores municipais para que a situação não seja aprovada da forma como foi proposta.
“Aqui na casa vimos como os servidores são tratados. Viemos com o objetivo de pedir ajuda aos vereadores, ajuda para convencer o prefeito, a conscientizar o prefeito a tratar todos iguais. Não é índices iguais porque tem leis diferentes para cada plano de carreira. A gente quer é a isonomia da data. Se um retroage, então todos retroagem” pontuou Helmio.
Todos os cinco projetos, Projeto de Lei 002/2022, Projeto de Lei 003/2022, Projeto de Lei 004/2022, Projeto de Lei 005/2022 e Projeto de Lei 006/2022, foram apresentados na reunião de hoje, por isso, as discussões a respeito do assunto começaram na reunião da próxima semana. O JP Agora continuará acompanhando o caso de perto.
Revolta e indignação marcaram a reunião legislativa da Câmara Municipal de João Pinheiro desta segunda-feira, 07 de fevereiro de 2022. Diversos professores e servidores de vários setores estiveram presentes para manifestar a contrariedade de suas classes frente as propostas de reajustes salariais apresentadas. A revolta principal é com a classe política pinheirense, que pretende reajustar seus salários retroagindo a janeiro, enquanto que as propostas para os servidores em geral não possuem aplicação imediata.
No total, foram apresentados cinco projetos de leis que tratam dos reajustes salariais para os servidores municipais. No entanto, a revolta principal gira em torno da proposta que visa reajustar os salários do executivo e legislativo municipal. É que, diferentemente dos demais, os projetos preveem que os reajustes de 10,06% retroajam a janeiro de 2022 dos subsídios do prefeito, vice, secretários e todos os agentes políticos do município.
Ao revés da classe política, a proposta para os servidores públicos em geral concede reajuste parcelado, 11% em março e 9,09% em novembro. A revolta é ainda maior para os professores, que, se aprovado o projeto de lei apresentado hoje, receberão 17% de reajuste referentes aos anos de 2020 e 2021, excluindo, desta forma, o reajuste de 33% já deferido pelo Governo Federal.
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Cientes do que estava por vir, diversos servidores municipais se empenharam e estiveram presentes na reunião. Antes da sessão se iniciar, os pinheirenses ainda passaram pelo dissabor de serem barrados na porta da Câmara Municipal, onde permaneceram por haver uma portaria que estipula um público máximo na sessão da Câmara Municipal para 25 pessoas, os servidores só puderam entrar após 15 pessoas que estavam no plenário saírem, alguns ainda ficaram de fora pela lotação máxima ter sido atingida.
O JP Agora esteve presente e ouviu representantes dos professores, do sindicato e da classe política. A roda de entrevistas se iniciou com a professora Pety, que aproveitou para ressaltar, em definitivo, que o reajuste apresentado para a classe exclui os 33% que o Governo Federal já concedeu, além de não contemplar as perdas e prejuízos dos anos 2020 e 2021.
“Nossa situação está se deteriorando a cada ano. Estamos há três anos sem reajuste. Tivemos uma perda de mais de 17% de 2020 e 2021. Agora, pela Lei do Piso, o aumento deve acontecer de acordo com o Fundeb, é a lei que instituiu, para este ano, o aumento de 33%. O que o prefeito fez, ele está dando os reajustes dos anos anteriores, mas para a gente receber a partir de fevereiro. Ou seja, os dois anos para trás ele não vai nos pagar. Os 33% deste ano ele nem menciona. Estamos aqui hoje procurando ser ouvidos para ver se os vereadores não aprovam os projetos desse jeito” pontuou a professora Petty.
Em entrevista, a professora Valéria disse que a classe política de João Pinheiro está fazendo os funcionários públicos de palhaços. “Tentaram barrar nossa entrada porque sabiam da nossa reivindicação, sabiam que fizemos uma reunião no último sábado. Nós funcionários públicos estamos sendo humilhados. O que mantém João Pinheiro de pé somos nós. Quer dizer que o senhor prefeito não sabe administrar? Nós administramos uma escola com 30 40 alunos dentro de uma sala. A gente estuda e trabalha para receber o que recebemos. Um vereador ganha muito mais para trabalhar praticamente quase nada. O que fazem? E ainda votam contra o funcionalismo público. Acho isso errado, tem que pagar nosso rateio do Fundeb sim, porque dinheiro deve ter” disse a professora Valéria, indignada com a situação.
O reajuste da classe política na forma apresentada contrariou também parte dos vereadores. Mário Luiz avaliou a situação proposta como uma sacanagem e reconheceu a importância dos servidores para a administração municipal.
“Estamos vendo a forma muito estranha que o prefeito está conduzindo essa situação. Ele não fez questão de sentar com ninguém, com funcionários, com sindicatos, ele mesmo por conta própria fez como deu na cabeça dele. A respeito dos professores, o prefeito havia dito que esperaria o Governo Federal. O Governo Federal já deu o reajuste de 33%, aí a gente vota esses 17% agora e quando vamos votar os 33% desse ano? É triste ver isso nos dias de hoje, dois pesos e duas medidas. O prefeito não fez questão nenhuma de esconder, é uma sacanagem que está sendo feita. Por que o salário dele, dos vereadores, vai ser pago em cota única e retroativo e os demais funcionários tem que ser divido? Essa é a revolta do funcionalismo e a população precisa saber disso” pontuou o vereador Mário Luiz ao repórter do JP Agora.
Por fim, o repórter do JP Agora conversou com Helmio, representante do Sindicato dos Servidores Municipais de João Pinheiro. Segundo ele, o objetivo da presença maciça na reunião de hoje era pedir ajuda aos vereadores municipais para que a situação não seja aprovada da forma como foi proposta.
“Aqui na casa vimos como os servidores são tratados. Viemos com o objetivo de pedir ajuda aos vereadores, ajuda para convencer o prefeito, a conscientizar o prefeito a tratar todos iguais. Não é índices iguais porque tem leis diferentes para cada plano de carreira. A gente quer é a isonomia da data. Se um retroage, então todos retroagem” pontuou Helmio.
Todos os cinco projetos, Projeto de Lei 002/2022, Projeto de Lei 003/2022, Projeto de Lei 004/2022, Projeto de Lei 005/2022 e Projeto de Lei 006/2022, foram apresentados na reunião de hoje, por isso, as discussões a respeito do assunto começaram na reunião da próxima semana. O JP Agora continuará acompanhando o caso de perto.
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