As táticas descritas pelo tenente Chornovol são indicativas das defesas da cidade, que contam com uma mistura de sofisticados sistemas de defesa aérea, tropas do exército, voluntários civis e organizações paramilitares.
Um ambiente urbano favorece armadilhas, emboscadas e defensores levemente armados, mas móveis, contra um exército regular. Os ucranianos colocaram minas antitanque do tamanho de uma torta nos acostamentos das estradas, que podem ser rapidamente arrastadas pelas ruas para bloquear avanços. Nas cidades, a malha urbana canaliza os veículos blindados do invasor para ruas estreitas, onde ficam vulneráveis.
Os russos também têm uma força formidável, mas de natureza diferente. Eles contam com um número de tropas superior e armas poderosas, mas menos móveis.
Os tanques russos, por exemplo, estão se movendo metodicamente em longas colunas por pequenas cidades nos arredores de Kiev, raramente se afastando das estradas. Às vezes, os veículos estão criando congestionamentos gigantescos.
Na margem oeste do rio Dnieper, soldados e veículos de dois Exércitos de Armas Combinadas com sede na Sibéria – linguagem para grandes grupos militares russos – estão avançando, disse Michael Kofman, diretor de estudos russos do CNA, um instituto de pesquisa em Arlington, Virgínia. Unidades de forças especiais russas, ou Spetsnaz, transformaram o outrora tranquilo subúrbio de Irpin em uma zona de batalha, disse ele.
Na margem leste, o 41º Exército de Armas Combinadas da Rússia está investigando cidades periféricas como Brovary, onde o tenente Chornovol explodiu um tanque russo.
Por que os russos estão avançando com tanques na paisagem urbana dos arredores de Kiev, onde são vulneráveis a emboscadas, é um mistério, disse Kofman. “Eles estão tentando fazer progressos rápidos nas estradas enquanto os ucranianos estão tentando envolvê-los nas cidades, em vez de nos campos abertos”, disse ele.
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