FOTO DO ARQUIVO: Logo Stellantis é visto na sede da empresa em Poissy, perto de Paris, França, 20 de fevereiro de 2022. REUTERS/Gonzalo Fuentes
31 de março de 2022
Por Giulio Piovaccari
TURIM (Reuters) – Uma fábrica de vans Stellantis na Rússia terá que fechar em breve, pois está ficando sem peças, disse o presidente-executivo da empresa, Carlos Tavares, nesta quinta-feira.
A quarta maior montadora do mundo havia dito anteriormente que havia suspendido todas as exportações e importações de veículos com a Rússia, onde opera uma fábrica de vans na cidade de Kaluga, em parceria com a Mitsubishi.
A produção em Kaluga permanece para o mercado local no momento, após a invasão russa da Ucrânia no mês passado.
Falando em entrevista coletiva, Tavares não disse se a empresa está considerando uma baixa contábil do valor da Kaluga ou teme que possa ser confiscada por Moscou se as operações forem interrompidas.
A Stellantis apresentou no início deste mês seu primeiro plano de negócios, pouco mais de um ano depois de ter sido formada através da fusão da Fiat Chrysler e da PSA, fabricante da Peugeot.
Tavares disse que o foco do grupo está na execução do plano e não em grandes negócios de M&A.
“Sempre olhamos o que está no mercado, mas não precisamos de M&A, isso é muito claro”, disse.
CADEIA DE MANTIMENTOS
Enfrentando uma crise de fornecimento que prejudicou a indústria automobilística, Tavares disse que a Stellantis espera poder adquirir chips de computador da Europa e dos Estados Unidos dentro de 3-4 anos.
“Teremos que encontrar outra maneira de adaptar a cadeia de suprimentos, temos várias iniciativas para criar o abastecimento local de semicondutores”, acrescentou Tavares, chefe de uma empresa cujas marcas incluem Jeep, Maserati, Citroen e Opel.
Tavares disse que a tecnologia que sustenta a mudança para a mobilidade elétrica ainda não foi finalizada, tornando difícil para as montadoras planejar e garantir suprimentos futuros de matérias-primas.
“Estamos descendo a cadeia de suprimentos, fechamos um acordo para garantir o lítio, por exemplo, mas precisamos fazer mais”, disse ele. “Qual é o ponto final para a química das células da bateria ainda não está claro. Quando a tecnologia for bastante definitiva, poderemos bloquear o fornecimento de matéria-prima por meio de investimentos, negócios, fusões e aquisições.”
Tavares disse que as montadoras precisam cortar os custos dos veículos elétricos nos próximos 4-5 anos e pediu aos governos que ajudem nesse esforço.
(Reportagem de Giulio Piovaccari, Redação de Keith Weir, Edição de Gianluca Semeraro e Mark Potter)
FOTO DO ARQUIVO: Logo Stellantis é visto na sede da empresa em Poissy, perto de Paris, França, 20 de fevereiro de 2022. REUTERS/Gonzalo Fuentes
31 de março de 2022
Por Giulio Piovaccari
TURIM (Reuters) – Uma fábrica de vans Stellantis na Rússia terá que fechar em breve, pois está ficando sem peças, disse o presidente-executivo da empresa, Carlos Tavares, nesta quinta-feira.
A quarta maior montadora do mundo havia dito anteriormente que havia suspendido todas as exportações e importações de veículos com a Rússia, onde opera uma fábrica de vans na cidade de Kaluga, em parceria com a Mitsubishi.
A produção em Kaluga permanece para o mercado local no momento, após a invasão russa da Ucrânia no mês passado.
Falando em entrevista coletiva, Tavares não disse se a empresa está considerando uma baixa contábil do valor da Kaluga ou teme que possa ser confiscada por Moscou se as operações forem interrompidas.
A Stellantis apresentou no início deste mês seu primeiro plano de negócios, pouco mais de um ano depois de ter sido formada através da fusão da Fiat Chrysler e da PSA, fabricante da Peugeot.
Tavares disse que o foco do grupo está na execução do plano e não em grandes negócios de M&A.
“Sempre olhamos o que está no mercado, mas não precisamos de M&A, isso é muito claro”, disse.
CADEIA DE MANTIMENTOS
Enfrentando uma crise de fornecimento que prejudicou a indústria automobilística, Tavares disse que a Stellantis espera poder adquirir chips de computador da Europa e dos Estados Unidos dentro de 3-4 anos.
“Teremos que encontrar outra maneira de adaptar a cadeia de suprimentos, temos várias iniciativas para criar o abastecimento local de semicondutores”, acrescentou Tavares, chefe de uma empresa cujas marcas incluem Jeep, Maserati, Citroen e Opel.
Tavares disse que a tecnologia que sustenta a mudança para a mobilidade elétrica ainda não foi finalizada, tornando difícil para as montadoras planejar e garantir suprimentos futuros de matérias-primas.
“Estamos descendo a cadeia de suprimentos, fechamos um acordo para garantir o lítio, por exemplo, mas precisamos fazer mais”, disse ele. “Qual é o ponto final para a química das células da bateria ainda não está claro. Quando a tecnologia for bastante definitiva, poderemos bloquear o fornecimento de matéria-prima por meio de investimentos, negócios, fusões e aquisições.”
Tavares disse que as montadoras precisam cortar os custos dos veículos elétricos nos próximos 4-5 anos e pediu aos governos que ajudem nesse esforço.
(Reportagem de Giulio Piovaccari, Redação de Keith Weir, Edição de Gianluca Semeraro e Mark Potter)
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