Um tribunal na Rússia estendeu nesta sexta-feira a prisão preventiva da estrela da WNBA Brittney Griner até 18 de junho, disse seu advogado, em um caso de alto nível que ocorreu no auge das tensões entre a Rússia e os Estados Unidos.
A Sra. Griner, uma das atletas mais condecoradas do basquete feminino, está sob custódia russa desde meados de fevereiro por acusações de drogas que podem levar até 10 anos de prisão. A acusação é baseada em alegações de que ela tinha cartuchos de vape contendo óleo de haxixe em sua bagagem quando foi parada no aeroporto de Sheremetyevo, perto de Moscou, em fevereiro.
A Sra. Griner compareceu ao tribunal na cidade de Khimki, perto de Moscou, para uma audiência processual na sexta-feira, de acordo com seu advogado, Aleksandr Boikov.
“Ela está bem”, disse Boikov em entrevista, acrescentando que o tribunal negou seu apelo para que Griner fosse transferida para prisão domiciliar. Ele disse que espera que o julgamento comece em cerca de dois meses.
Embora Griner tenha sido presa uma semana antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, as autoridades russas não revelaram sua detenção até dias após o início da guerra, levantando temores de que ela pudesse ser usada como moeda de troca na crise geral.
O Departamento de Estado dos EUA disse que determinou que a Sra. Griner foi “detida injustamente”, sinalizando sua intenção de se envolver mais ativamente na situação.
A libertação pela Rússia de Trevor R. Reed, um ex-fuzileiro naval americano doente que havia sido condenado a nove anos de prisão por agressão, no final de abril em uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos aumentou as esperanças de que Griner pudesse seguir o exemplo.
É típico dos tribunais russos estender a detenção até o julgamento, que pode levar semanas para ser concluído. A libertação de Reed, por exemplo, aconteceu depois que ele foi condenado e passou anos em uma prisão russa.
A equipe e a família da Sra. Griner estão relativamente quietas sobre sua situação.
Duas vezes medalhista de ouro olímpica, Griner foi uma das várias jogadoras americanas que competem por equipes internacionais no período de entressafra para complementar seus salários da WNBA. Ela joga pela equipe UMMC em Yekaterinburg, Rússia, desde 2014.
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