No final dos anos 1980 e início dos anos 90, muito antes hipebeasts passavam horas esperando por cobiçadas descidas do lado de fora da loja Supreme no SoHo, patinadores se reuniam em uma loja menor na Lafayette Street. Lá, eles fumavam e assistiam a vídeos de skate, ouviam música e contavam piadas com os amigos.
“All the Streets Are Silent”, documentário do diretor Jeremy Elkin, é um retrato da época, capturando o momento transformador em que a cultura do hip-hop e do skate convergiram em Nova York. Ele se baseia em imagens de arquivo de figuras influentes como Justin Pierce e Harold Hunter, entre dezenas de outros, e incorpora novas entrevistas com grandes jogadores como Fab 5 Freddy e Darryl McDaniels, do Run-DMC. Ao longo, Elkin explora como as associações raciais com ambas as subculturas desmoronaram quando seus mundos colidiram.
O filme revela vídeos caseiros confusos e íntimos da época, cortesia do narrador Eli Gesner, que passou grande parte da juventude filmando a cena em sua câmera de vídeo. Há fotos de skatistas se esquivando do trânsito no Astor Place ou festejando no extinto clube do hip-hop Club Mars. Em um ponto, um jovem Jay-Z aparece, batendo na velocidade da luz sobre um breakbeat. O filme nos submerge neste mundo, prestando uma homenagem afetuosa e afetuosa à cultura de rua da cidade antes de se tornar global.
No final das contas, “All the Streets Are Silent” tem pouco mais a dar do que nostalgia. Um final que considera a explosão dominante dessas subculturas é ambíguo e oferece uma análise de nível superficial. O filme se destaca quando aproveita a emoção melancólica de uma época passada, nos lembrando de um passado rico e criativo que merece amplo reconhecimento.
Todas as ruas estão silenciosas
Não avaliado. Tempo de funcionamento: 1 hora e 29 minutos. Nos teatros.
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