A justiça pinheirense converteu para preventiva a prisão do casal suspeito de ter envolvimento com a morte de Jeferson de Lima Furtado, conhecido como “Galego”. O homicídio aconteceu no dia 19 de maio de 2021 e deu início a uma onda de assassinatos, todos ligados ao tráfico de drogas de João Pinheiro.
O JP Agora apurou que Bianca Rodrigues Moreira e Isaque Camargo Moura ainda estavam presos no presídio local desde o dia da primeira prisão. Assim, convertida a prisão para preventiva, os policiais foram até o presídio cientificá-los da conversão. Os dois são indiciados por, supostamente, terem facilitado o assassinato de Jeferson de Lima Furtado, tido como um dos chefes do tráfico da cidade.
A prisão preventiva não possui prazo máximo disposto em lei. Ela é decretada quando são identificados indícios suficientes de autoria e tem como pressupostos a garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. O JP Agora não conseguiu apurar, no entanto, quais desses fundamentos foram utilizados pela justiça para decretação da preventiva de Isaque e Bianca.
O crime
“Galego”, apelido que levou Jeferson de Lima Furtado ao posto de um dos comandantes do tráfico de drogas da cidade de João Pinheiro, alcançou o seu fim na noite do dia 19 de maio de 2021 no Bairro Santa Cruz, em João Pinheiro. Ele foi surpreendido em seu veículo por um indivíduo, que se aproximou e descarregou uma arma de fogo na sua direção. 12 perfurações de bala foram encontradas no corpo da vítima.
O JP Agora apurou que a Polícia Militar recebeu as primeiras ligações de moradores do Bairro Santa Cruz denunciando os tiros por volta das 18 horas. As denúncias continuaram chegando, até que foi confirmado que se tratava de um homicídio. Já no local do crime, na Rua Eunice Vanilde da Silva, os militares se depararam com a vítima já sem vida no interior do seu veículo.
Os socorristas municipais foram até o local e constataram o óbito. Mais tarde, a perícia concluiu que ele foi atingido na cabeça, no punho, na barriga, no braço e no tórax, totalizando 12 perfurações de bala. 10 estojos deflagrados calibre .380 foram encontrados do lado de fora, ao lado do veículo, e outros 2 estojos foram encontrados no interior do carro.
No interior do veículo, os peritos encontraram, ainda, um telefone Samsung, uma bucha de maconha e R$47,00 (quarenta e sete reais) em dinheiro no console central do veículo. A vítima possuía, na carteira, R$2.057,00 (dois mil e cinquenta e sete reais), o que descarta, inicialmente, a hipótese de um possível roubo e aponta para uma execução.
O JP Agora apurou, ainda, que Jeferson, mais conhecido pela alcunha “Galego”, possui diversas passagens pela polícia pelos crimes de tráfico de drogas, receptação, porte de arma de fogo de uso restrito em Uberlândia – MG, onde, inclusive, já cumpriu pena. Ainda, a equipe de reportagem do site apurou que ele era tido como um dos traficantes que fornecia drogas à parte das bocas de fumo de João Pinheiro e que seria mandante de homicídios ocorridos na cidade, motivos pelos quais reunia vários desafetos.
Dias depois, mais um homicídio
Na noite do dia 22 de maio, Pedro César, de 28 anos, foi morto com um tiro no peito. Já no dia do crime, a polícia já falava da ligação entre esse homicídio com a execução de “Galego”.
Pedro César chegou a ser socorrido em estado grave, mas não resistiu. A equipe médica tentou procedimentos de reanimação por mais de 40 minutos, porém sem sucesso. Uma mulher de 58 anos também foi baleada no atentado.
Ana Maria Braga levou um tiro no maxilar e precisou ser transferida a Patos de Minas. Ela e Pedro César estavam na porta de uma residência localizada na Rua Jesuíno Costa Carvalho, Água Limpa, quando um veículo Gol de cor branca, ocupado por 2 indivíduos, chegou no local atirando.
Guerra de gangues pelo tráfico
O adolescente que confessou ter matado João Vitor Nogueira de Lima Sousa, 22 anos, na madrugada do dia 31 de julho em um luau na zona rural de João Pinheiro disse à polícia que a execução tem ligação com a guerra de gangues da cidade de João Pinheiro.
A festa clandestina acontecia em frente à entrada do Sítio Chapecó, a poucos quilômetros do perímetro urbano. No local, uma grande quantidade de pessoas estava aglomerada fazendo uso de bebidas e drogas quando os tiros disparados contra João Vitor puderam ser ouvidos, mesmo com o alto volume do som automotivo.
O adolescente foi abordado ainda na cama. Embaixo dele, foi encontrado um revólver calibre .38 carregado com seis munições intactas. No bolso da calça, mais sete munições do mesmo calibre também foram encontradas. As buscas continuaram e outras onze munições calibre .380 e oito munições calibre 12 foram encontradas na laje do banheiro. Todo o material foi apreendido.
A equipe de reportagem do JP Agora apurou, ainda, que o adolescente contou o que aconteceu depois de ser questionado pelos policiais. Segundo o seu depoimento, a vítima João Vitor pertencia à gangue de “Mikael”, rival da gangue do falecido “Galego”, a qual ele e os outros dois autores pertencem. O adolescente contou, ainda, que saiu acompanhado de Diulio naquela noite e que, ao chegarem na festa clandestina, se encontraram com Natanael, de 22 anos.
O adolescente seguiu dizendo que, tanto ele como seus comparsas Diulio e Natanael, estavam armados. Em um dado momento, ele propôs a Diulio que saíssem juntos a procura de alguém da gangue rival para executarem em razão da disputa do tráfico da cidade de João Pinheiro, quando então visualizaram João Vitor, que teria ficado inquieto ao avistar os dois indivíduos da gangue rival. O menor, então, se aproximou de João Vitor pelas costas, o chamou e, assim que ele se virou, efetuou seis disparos no abdômen e no peito da vítima.
Baleado, João Vitor correu por aproximadamente cinquenta metros e caiu no chão, momento em que o adolescente, Diulio e Natanael foram até o corpo e efetuaram mais diversos outros disparos de arma de fogo, segundo a versão apresentada pelo menor. No total, 18 perfurações de bala foram encontradas.
A justiça pinheirense converteu para preventiva a prisão do casal suspeito de ter envolvimento com a morte de Jeferson de Lima Furtado, conhecido como “Galego”. O homicídio aconteceu no dia 19 de maio de 2021 e deu início a uma onda de assassinatos, todos ligados ao tráfico de drogas de João Pinheiro.
O JP Agora apurou que Bianca Rodrigues Moreira e Isaque Camargo Moura ainda estavam presos no presídio local desde o dia da primeira prisão. Assim, convertida a prisão para preventiva, os policiais foram até o presídio cientificá-los da conversão. Os dois são indiciados por, supostamente, terem facilitado o assassinato de Jeferson de Lima Furtado, tido como um dos chefes do tráfico da cidade.
A prisão preventiva não possui prazo máximo disposto em lei. Ela é decretada quando são identificados indícios suficientes de autoria e tem como pressupostos a garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. O JP Agora não conseguiu apurar, no entanto, quais desses fundamentos foram utilizados pela justiça para decretação da preventiva de Isaque e Bianca.
O crime
“Galego”, apelido que levou Jeferson de Lima Furtado ao posto de um dos comandantes do tráfico de drogas da cidade de João Pinheiro, alcançou o seu fim na noite do dia 19 de maio de 2021 no Bairro Santa Cruz, em João Pinheiro. Ele foi surpreendido em seu veículo por um indivíduo, que se aproximou e descarregou uma arma de fogo na sua direção. 12 perfurações de bala foram encontradas no corpo da vítima.
O JP Agora apurou que a Polícia Militar recebeu as primeiras ligações de moradores do Bairro Santa Cruz denunciando os tiros por volta das 18 horas. As denúncias continuaram chegando, até que foi confirmado que se tratava de um homicídio. Já no local do crime, na Rua Eunice Vanilde da Silva, os militares se depararam com a vítima já sem vida no interior do seu veículo.
Os socorristas municipais foram até o local e constataram o óbito. Mais tarde, a perícia concluiu que ele foi atingido na cabeça, no punho, na barriga, no braço e no tórax, totalizando 12 perfurações de bala. 10 estojos deflagrados calibre .380 foram encontrados do lado de fora, ao lado do veículo, e outros 2 estojos foram encontrados no interior do carro.
No interior do veículo, os peritos encontraram, ainda, um telefone Samsung, uma bucha de maconha e R$47,00 (quarenta e sete reais) em dinheiro no console central do veículo. A vítima possuía, na carteira, R$2.057,00 (dois mil e cinquenta e sete reais), o que descarta, inicialmente, a hipótese de um possível roubo e aponta para uma execução.
O JP Agora apurou, ainda, que Jeferson, mais conhecido pela alcunha “Galego”, possui diversas passagens pela polícia pelos crimes de tráfico de drogas, receptação, porte de arma de fogo de uso restrito em Uberlândia – MG, onde, inclusive, já cumpriu pena. Ainda, a equipe de reportagem do site apurou que ele era tido como um dos traficantes que fornecia drogas à parte das bocas de fumo de João Pinheiro e que seria mandante de homicídios ocorridos na cidade, motivos pelos quais reunia vários desafetos.
Dias depois, mais um homicídio
Na noite do dia 22 de maio, Pedro César, de 28 anos, foi morto com um tiro no peito. Já no dia do crime, a polícia já falava da ligação entre esse homicídio com a execução de “Galego”.
Pedro César chegou a ser socorrido em estado grave, mas não resistiu. A equipe médica tentou procedimentos de reanimação por mais de 40 minutos, porém sem sucesso. Uma mulher de 58 anos também foi baleada no atentado.
Ana Maria Braga levou um tiro no maxilar e precisou ser transferida a Patos de Minas. Ela e Pedro César estavam na porta de uma residência localizada na Rua Jesuíno Costa Carvalho, Água Limpa, quando um veículo Gol de cor branca, ocupado por 2 indivíduos, chegou no local atirando.
Guerra de gangues pelo tráfico
O adolescente que confessou ter matado João Vitor Nogueira de Lima Sousa, 22 anos, na madrugada do dia 31 de julho em um luau na zona rural de João Pinheiro disse à polícia que a execução tem ligação com a guerra de gangues da cidade de João Pinheiro.
A festa clandestina acontecia em frente à entrada do Sítio Chapecó, a poucos quilômetros do perímetro urbano. No local, uma grande quantidade de pessoas estava aglomerada fazendo uso de bebidas e drogas quando os tiros disparados contra João Vitor puderam ser ouvidos, mesmo com o alto volume do som automotivo.
O adolescente foi abordado ainda na cama. Embaixo dele, foi encontrado um revólver calibre .38 carregado com seis munições intactas. No bolso da calça, mais sete munições do mesmo calibre também foram encontradas. As buscas continuaram e outras onze munições calibre .380 e oito munições calibre 12 foram encontradas na laje do banheiro. Todo o material foi apreendido.
A equipe de reportagem do JP Agora apurou, ainda, que o adolescente contou o que aconteceu depois de ser questionado pelos policiais. Segundo o seu depoimento, a vítima João Vitor pertencia à gangue de “Mikael”, rival da gangue do falecido “Galego”, a qual ele e os outros dois autores pertencem. O adolescente contou, ainda, que saiu acompanhado de Diulio naquela noite e que, ao chegarem na festa clandestina, se encontraram com Natanael, de 22 anos.
O adolescente seguiu dizendo que, tanto ele como seus comparsas Diulio e Natanael, estavam armados. Em um dado momento, ele propôs a Diulio que saíssem juntos a procura de alguém da gangue rival para executarem em razão da disputa do tráfico da cidade de João Pinheiro, quando então visualizaram João Vitor, que teria ficado inquieto ao avistar os dois indivíduos da gangue rival. O menor, então, se aproximou de João Vitor pelas costas, o chamou e, assim que ele se virou, efetuou seis disparos no abdômen e no peito da vítima.
Baleado, João Vitor correu por aproximadamente cinquenta metros e caiu no chão, momento em que o adolescente, Diulio e Natanael foram até o corpo e efetuaram mais diversos outros disparos de arma de fogo, segundo a versão apresentada pelo menor. No total, 18 perfurações de bala foram encontradas.
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