O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, afirmou nesta segunda-feira, 26, que o governo vai disponibilizar nesta semana a opção de empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil.
“Esta semana vai estar disponível para as famílias beneficiárias do Auxílio Brasil mais essa ferramenta de superação de pobreza porque vai ter um empréstimo dentro de uma taxa de juros justa para que a gente consiga dar ferramentas para a gente sair da situação de pobreza”, disse o ministro em entrevista à imprensa após participar de um evento do Fórum Empresarial da Bahia com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no período da manhã, em Salvador (BA).
Bento não detalhou em que data a opção estaria disponível e nem se haverá limite na taxa de juros a ser cobrada pelos bancos pela operação de crédito.
O empréstimo é uma das medidas do pacote de benefícios sociais desenhado pelo governo.
A iniciativa, vista como eleitoreira, é criticada por especialistas porque poderia aumentar o endividamento dessa parcela da população.
Como mostraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a fixação de um teto para cobrança de juros do empréstimo é tema de reuniões diárias no Ministério da Cidadania.
Entre os técnicos, a avaliação é de que o consignado voltado para uma população tão vulnerável precisa de uma limitação dos juros cobrados pelos bancos.
A defesa no ministério é de que o limite dos juros seja fixado pelo menos igual ao do INSS, de 2,14%.
O ministro da Cidadania defende internamente a fixação de um teto de juros.
Hoje, apenas 83 bancos fazem empréstimos consignados.
Eles podem cobrar de 0,71% ao mês ou 8,83%, ao ano, no caso da Bradesco Card; a 22,96% ou 1.094,13 ao ano, como é o caso do JBCCred.
Embora os líderes em empréstimos sejam mesmo os grandes bancos como Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica, que paga a maioria do Auxílio Brasil.
Até agora, ao menos 17 bancos já estão se preparando para oferecer o crédito.
Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG são algumas das instituições que já decidiram não oferecer o crédito.
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