O Presidente Jair Bolsonaro observa durante cerimônia de promoção de generais das Forças Armadas, no Palácio do Planalto em Brasília, Brasil, 12 de agosto de 2021. REUTERS / Adriano Machado
13 de agosto de 2021
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) – O juiz da Suprema Corte do Brasil, Alexandre Moraes, abriu na quinta-feira uma investigação contra o presidente de direita Jair Bolsonaro por postar nas redes sociais documentos de uma investigação policial lacrada sobre a invasão de um tribunal eleitoral federal.
A invasão do Tribunal Superior Eleitoral ocorreu meses antes da eleição de 2018, com o Bolsonaro postando os documentos na semana passada, enquanto afirmava persistentemente que o sistema eleitoral está aberto a fraudes. O presidente não apresentou provas para apoiar essas alegações.
Moraes determinou que as postagens de Bolsonaro devem ser removidas imediatamente das redes sociais e que o policial que lidera o inquérito deve ser removido.
Bolsonaro respondeu em sua transmissão ao vivo online semanal, dizendo que a investigação confidencial deveria ser pública.
“A investigação da Polícia Federal interessa a todos nós, então tem que ser pública. Se não, por quanto tempo permanecerá selado? ” Bolsonaro perguntou.
Ele disse que mesmo que suas postagens fossem removidas online, os documentos já haviam sido amplamente divulgados.
Os juízes do tribunal eleitoral solicitaram a abertura de um inquérito sobre o assunto no início da semana.
Bolsonaro na semana passada acusou o tribunal de esconder o ataque e afirmou que hackers obtiveram acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas, que poderia ser usado para adulterar a votação.
O tribunal eleitoral disse que o hack de 2018 não afetou as eleições daquele ano, acrescentando que a polícia não encontrou risco de fraude no sistema de votação.
Moraes já havia aprovado uma investigação sobre as acusações infundadas de Bolsonaro de que o sistema de votação eletrônica está aberto a fraudes. Bolsonaro disse que a investigação é inconstitucional, ameaçando agir fora dos limites da constituição em resposta, sem especificar como.
O Congresso derrotou a campanha de Bolsonaro no início desta semana para adotar um registro de papel de cada votação, em outro golpe para sua posição política enfraquecida que se dirigia para as eleições de 2022.
(Reportagem de Maria Carolina Mrcello; Reportagem adicional de Pedro Fonseca no Rio de Janeiro e Anthony Boadle em Brasília; Escrita de Jake spring; Edição de Stephen Coates)
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O Presidente Jair Bolsonaro observa durante cerimônia de promoção de generais das Forças Armadas, no Palácio do Planalto em Brasília, Brasil, 12 de agosto de 2021. REUTERS / Adriano Machado
13 de agosto de 2021
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) – O juiz da Suprema Corte do Brasil, Alexandre Moraes, abriu na quinta-feira uma investigação contra o presidente de direita Jair Bolsonaro por postar nas redes sociais documentos de uma investigação policial lacrada sobre a invasão de um tribunal eleitoral federal.
A invasão do Tribunal Superior Eleitoral ocorreu meses antes da eleição de 2018, com o Bolsonaro postando os documentos na semana passada, enquanto afirmava persistentemente que o sistema eleitoral está aberto a fraudes. O presidente não apresentou provas para apoiar essas alegações.
Moraes determinou que as postagens de Bolsonaro devem ser removidas imediatamente das redes sociais e que o policial que lidera o inquérito deve ser removido.
Bolsonaro respondeu em sua transmissão ao vivo online semanal, dizendo que a investigação confidencial deveria ser pública.
“A investigação da Polícia Federal interessa a todos nós, então tem que ser pública. Se não, por quanto tempo permanecerá selado? ” Bolsonaro perguntou.
Ele disse que mesmo que suas postagens fossem removidas online, os documentos já haviam sido amplamente divulgados.
Os juízes do tribunal eleitoral solicitaram a abertura de um inquérito sobre o assunto no início da semana.
Bolsonaro na semana passada acusou o tribunal de esconder o ataque e afirmou que hackers obtiveram acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas, que poderia ser usado para adulterar a votação.
O tribunal eleitoral disse que o hack de 2018 não afetou as eleições daquele ano, acrescentando que a polícia não encontrou risco de fraude no sistema de votação.
Moraes já havia aprovado uma investigação sobre as acusações infundadas de Bolsonaro de que o sistema de votação eletrônica está aberto a fraudes. Bolsonaro disse que a investigação é inconstitucional, ameaçando agir fora dos limites da constituição em resposta, sem especificar como.
O Congresso derrotou a campanha de Bolsonaro no início desta semana para adotar um registro de papel de cada votação, em outro golpe para sua posição política enfraquecida que se dirigia para as eleições de 2022.
(Reportagem de Maria Carolina Mrcello; Reportagem adicional de Pedro Fonseca no Rio de Janeiro e Anthony Boadle em Brasília; Escrita de Jake spring; Edição de Stephen Coates)
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