Um advogado brasileiro morreu tragicamente depois que sua arma foi disparada pelo campo magnético de uma máquina de ressonância magnética no hospital.
O estranho acidente ocorreu em 16 de janeiro, enquanto o advogado apaixonado por armas, chamado Leandro Mathias de Novaes, levava sua mãe para ser escaneada no Laboratório Cura em São Paulo, informou a Jam Press. Sem o conhecimento da equipe do hospital, o advogado tinha uma arma de fogo registrada em sua posse.
A equipe teria pedido à dupla para remover todos os objetos de metal antes de entrar na sala de ressonância magnética, como é o protocolo nos hospitais devido a o poderoso campo magnético do dispositivo. No entanto, Novaes decidiu entrar sem anunciar sua arma escondida.
O desastre aconteceu depois que a máquina arrancou a arma de sua cintura, fazendo-a disparar e atingir o advogado no estômago. Em seguida, ele foi levado às pressas para o Hospital São Luiz Morumbi, onde permaneceu por semanas, antes de sucumbir aos ferimentos em 6 de fevereiro.
Após o acidente, um porta-voz do Laboratório Cura divulgou um comunicado, no qual afirmava ter seguido todos os “protocolos de prevenção de acidentes”, como é de praxe em todas as unidades de ressonância magnética.
“Tanto o paciente quanto seu acompanhante foram devidamente instruídos quanto aos procedimentos de acesso à sala de exames e advertidos sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico”, declararam.
O relações-públicas da unidade acrescentou que tanto Novaes quanto sua mãe assinaram um formulário sobre os protocolos, mas que o advogado não mencionou sua arma e entrou na unidade com ela “por decisão própria”.
Uma investigação policial confirmou que a arma estava registrada e que o advogado tinha uma licença válida para ela.
A morte de Novae abalou a comunidade jurídica de São Paulo. “É com profundo pesar que a OAB Cotia comunica a todos os colegas advogados a perda inesperada do nosso querido amigo e advogado Dr. Leandro Mathias de Novaes”, disse a porta-voz da Ordem dos Advogados do Brasil em Cotia em comunicado. “Lamentamos a perda e nos solidarizamos com sua família neste momento de dor.”
Antes de sua morte, Novaes costumava postar conteúdo pró-armas em seus mais de 8.000 seguidores no TikTok.
Esta não é a primeira vez que alguém morre em um acidente de ressonância magnética. Em 2018, um indiano de 32 anos morreu após ser sugado para uma câmara de ressonância magnética enquanto segurava um tanque de oxigênio de metal.