Um homem com uma machadinha pulou um muro e invadiu uma creche na quarta-feira no Brasil, matando quatro crianças e ferindo pelo menos outras cinco, disseram autoridades.
O agressor entregou-se a uma esquadra da polícia e não aparenta ter qualquer ligação com o centro, que oferece serviços de creche, educação pré-escolar e atividades extracurriculares. Os mortos tinham entre 5 e 7 anos, disseram as autoridades.
As autoridades estão procurando um motivo, disse o detetive da polícia que lidera a investigação, Ronnie Esteves, a repórteres de televisão em Blumenau, uma cidade de 366.000 habitantes no sul do Brasil, perto da costa do Atlântico.
Imagens veiculadas nas redes mostram pais chorando do lado de fora da creche particular Cantinho do Bom Pastor. O ataque ocorreu no playground do centro, segundo a afiliada local da rede de televisão Globo. NSC, a afiliada, mostrou uma foto do suspeito com a cabeça raspada. A polícia ainda não confirmou a identidade dele.
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O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, suspendeu as aulas e disse que vai decretar luto de 30 dias. O governo do estado disse em um comunicado que os rumores que circulavam nas redes sociais sobre outros possíveis ataques eram falsos.
O prefeito disse que cinco crianças feridas foram levadas para hospitais. Um estava em estado grave.
Ataques a escolas no Brasil têm acontecido com maior frequência nos últimos anos. Na semana passada, um estudante em São Paulo esfaqueou mortalmente um professor e feriu vários outros em São Paulo.
O Brasil já viu pelo menos um ataque anterior a uma creche. Esse ataque também ocorreu em Santa Catarina, em 2021, quando um assaltante matou com uma adaga três crianças menores de 2 anos e dois adultos.
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De 2000 a 2022, 16 ataques ou episódios violentos aconteceram em escolas, quatro deles no segundo semestre do ano passado, segundo relatório de pesquisadores liderados por Daniel Cara, professor de educação da Universidade de São Paulo. Os pesquisadores prepararam o relatório para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não há dor maior do que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas”, escreveu Lula na quarta-feira no Twitter. “Meus pensamentos e orações são as famílias das vítimas e a comunidade de Blumenau diante da monstruosidade do ocorrido.”
O Ministério da Educação do Brasil planeja criar um grupo para desenvolver uma política nacional de combate à violência nas escolas, disse a assessoria de imprensa do ministério à Associated Press, confirmando uma reportagem da televisão estatal.
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