FOTO DO ARQUIVO: O Presidente do Brasil Jair Bolsonaro observa antes de receber o Presidente da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embalo no Palácio do Planalto em Brasília, Brasil, 24 de agosto de 2021. REUTERS / Adriano Machado / Foto do arquivo
24 de agosto de 2021
By Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) – A maioria dos governadores do Brasil está preocupada com a participação de seus policiais estaduais em uma passeata de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, mostrou a ata publicada na terça-feira, enquanto o ex-capitão do Exército de extrema direita continua semeando dúvidas sobre a presidência do próximo ano eleição.
Suas preocupações vieram à tona na ata de uma reunião de governadores na segunda-feira em Brasília, na qual discutiram o agravamento da crise política no Brasil, à medida que Bolsonaro arruma brigas com o Supremo Tribunal Federal e autoridades eleitorais federais e questiona a credibilidade das eleições no país.
Dos 27 governadores do Brasil, 25 assinaram a ata expressando preocupação com o alto nível de apoio ao presidente entre os cerca de 500 mil policiais militares do país.
Policiais militares na ativa estão proibidos de fazer manifestações políticas, mas muitos devem aparecer nas marchas de 7 de setembro em apoio ao Bolsonaro.
Os críticos dizem que Bolsonaro, que segue o ex-presidente esquerdista Luís Inácio Lula da Silva na maioria das pesquisas de opinião, está tentando conseguir o apoio da polícia antes da votação do próximo ano.
Seus ataques ao processo eleitoral geraram temores de que ele possa não aceitar uma perda potencial. Há uma preocupação crescente no Brasil sobre o papel que as polícias militares e estaduais poderiam desempenhar se o Bolsonaro rejeitasse o resultado da eleição.
A maioria dos especialistas acredita que as Forças Armadas defenderiam a constituição e priorizariam a transferência pacífica do poder, mas alguns temem que os policiais estaduais entrem em greve, tornando a gestão cotidiana dos estados impossível para os governadores.
“É fundamental reafirmar o compromisso dos governadores em fazer com que a atuação da polícia estadual aconteça dentro dos limites constitucionais e legais”, afirma a ata assinada por 25 governadores.
O tema do apoio de Bolsonaro à polícia militar foi trazido à reunião pelo governador de São Paulo, João Doria, rival centrista do presidente. Na segunda-feira, ele despediu https://www.reuters.com/world/americas/brazil-military-police-commander-fired-after-publicly-supporting-bolsonaro-2021-08-23 um oficial da polícia estadual que postou publicamente sobre seu apoio ao presidente e seus planos de comparecer à marcha.
Doria disse que as próximas “manifestações barulhentas … colocam a democracia em risco”.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu; escrita de Gabriel Stargardter; edição de Jonathan Oatis)
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FOTO DO ARQUIVO: O Presidente do Brasil Jair Bolsonaro observa antes de receber o Presidente da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embalo no Palácio do Planalto em Brasília, Brasil, 24 de agosto de 2021. REUTERS / Adriano Machado / Foto do arquivo
24 de agosto de 2021
By Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) – A maioria dos governadores do Brasil está preocupada com a participação de seus policiais estaduais em uma passeata de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, mostrou a ata publicada na terça-feira, enquanto o ex-capitão do Exército de extrema direita continua semeando dúvidas sobre a presidência do próximo ano eleição.
Suas preocupações vieram à tona na ata de uma reunião de governadores na segunda-feira em Brasília, na qual discutiram o agravamento da crise política no Brasil, à medida que Bolsonaro arruma brigas com o Supremo Tribunal Federal e autoridades eleitorais federais e questiona a credibilidade das eleições no país.
Dos 27 governadores do Brasil, 25 assinaram a ata expressando preocupação com o alto nível de apoio ao presidente entre os cerca de 500 mil policiais militares do país.
Policiais militares na ativa estão proibidos de fazer manifestações políticas, mas muitos devem aparecer nas marchas de 7 de setembro em apoio ao Bolsonaro.
Os críticos dizem que Bolsonaro, que segue o ex-presidente esquerdista Luís Inácio Lula da Silva na maioria das pesquisas de opinião, está tentando conseguir o apoio da polícia antes da votação do próximo ano.
Seus ataques ao processo eleitoral geraram temores de que ele possa não aceitar uma perda potencial. Há uma preocupação crescente no Brasil sobre o papel que as polícias militares e estaduais poderiam desempenhar se o Bolsonaro rejeitasse o resultado da eleição.
A maioria dos especialistas acredita que as Forças Armadas defenderiam a constituição e priorizariam a transferência pacífica do poder, mas alguns temem que os policiais estaduais entrem em greve, tornando a gestão cotidiana dos estados impossível para os governadores.
“É fundamental reafirmar o compromisso dos governadores em fazer com que a atuação da polícia estadual aconteça dentro dos limites constitucionais e legais”, afirma a ata assinada por 25 governadores.
O tema do apoio de Bolsonaro à polícia militar foi trazido à reunião pelo governador de São Paulo, João Doria, rival centrista do presidente. Na segunda-feira, ele despediu https://www.reuters.com/world/americas/brazil-military-police-commander-fired-after-publicly-supporting-bolsonaro-2021-08-23 um oficial da polícia estadual que postou publicamente sobre seu apoio ao presidente e seus planos de comparecer à marcha.
Doria disse que as próximas “manifestações barulhentas … colocam a democracia em risco”.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu; escrita de Gabriel Stargardter; edição de Jonathan Oatis)
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