Publicado por: Shankhyaneel Sarkar
Ultima atualização: 30 de junho de 2023, 07h48 IST
Los Angeles, Estados Unidos da América (EUA)
O procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, disse que as reparações para os negros americanos são necessárias e garantidas. (Imagem: Reuters)
O relatório disse que os californianos negros sofreram danos por meio de discriminação em saúde e moradia, bem como encarceramento em massa e excesso de policiamento.
A Califórnia deve pagar reparações financeiras substanciais aos afro-americanos para compensar o legado da escravidão e do racismo sistêmico nos EUA, disse um relatório do comitê publicado na quinta-feira.
O estado, conhecido por ser um dos mais liberais do país, tornou-se o primeiro a criar uma força-tarefa dedicada à questão das reparações após a morte de George Floyd em 2020 e em meio ao movimento “Black Lives Matter”.
Após três anos, o relatório final de 1.100 páginas do comitê recomenda que a legislatura da Califórnia “faça um adiantamento inicial substancial para as reparações” e organize um pedido público de desculpas.
Embora não sugerisse diretamente um valor de compensação, o texto propunha uma metodologia para quantificar os danos sofridos pelos afro-americanos da Califórnia.
Os californianos negros, disse o relatório, sofreram danos de várias maneiras, seja em sua saúde ou por meio de “discriminação habitacional”, “apropriações injustas de propriedades”, “encarceramento em massa e excesso de policiamento” e desvalorização de seus negócios.
A soma chegaria a US$ 1,4 milhão para um morador negro de 70 anos que sofreu todas as formas de discriminação, de acordo com o relatório.
“As reparações para os afro-americanos são apropriadas, são garantidas, são necessárias, são necessárias”, disse o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, acrescentando que esperava que a legislatura “leve essas determinações a sério e considere cuidadosamente como traduzir as propostas antes eles da página na realidade para a ação.”
O tema das reparações continua sendo um assunto delicado nos Estados Unidos, especialmente devido às somas de dinheiro que são frequentemente propostas. Em março, um comitê de reparações nomeado pela cidade em São Francisco provocou polêmica ao recomendar que $ 5 milhões fossem pagos a cada afro-americano elegível.
De acordo com as pesquisas, a maioria dos americanos se opõe à ideia, e os republicanos conservadores aproveitaram o assunto para acusar seus oponentes democratas de “wokeism”.
Embora a Califórnia tenha sido admitida nos Estados Unidos em 1850 como um estado livre – o que significa que a escravidão não era legal – muitos colonos brancos mantiveram seus trabalhadores escravos quando se mudaram para a área, de acordo com o relatório.
O documento também destaca que a Ku Klux Klan estava ativa no estado e que a segregação ocorreu na Califórnia e em outras partes dos Estados Unidos.
Qualquer lei aprovada pelo legislativo também teria que ser assinada pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, que expressou reservas sobre a ideia de compensação financeira.
“Lidar com esse legado é muito mais do que pagamentos em dinheiro”, disse Newsom em maio.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado – AFP)
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