A Taxa de Mortalidade Infantil do Rio Grande do Sul apresentou uma queda de 5% entre os anos de 2010 e 2019, mostra estudo divulgado nesta quarta-feira (23). O declínio no período analisado se deu, principalmente, por conta da redução nos óbitos das crianças entre 28 e 364 dias, conforme o governo do Estado. Conforme o recorte do estudo, na comparação com outros Estados do país, o Rio Grande do Sul ocupa a quarta posição no ranking das menores taxas de mortalidade infantil em 2019
Os dados fazem parte do Panorama da Mortalidade Infantil no Rio Grande do Sul e suas Regiões de Saúde, 2010-19, da pesquisadora Marilyn Agranonik. Ela atua no DEE (Departamento de Economia e Estatística), nome novo da Fundação de Economia e Estatística.
Conforme a pesquisa, a chamada Taxa de Mortalidade Infantil ficou em 10,6 a cada mil nascidos vivos. Na década anterior, 2000-2009, era de 11,2 mortes para cada mil nascimentos. O declínio de mortes entre o primeiro mês e o primeiro ano de vida foi de 3 para cada mil nascidos vivos. Anteriormente, a taxa era de 3,7. Na mortalidade neonatal, de crianças entre zero e 27 dias, a taxa oscilou de 7,5 para 7,6 por mil nascidos vivos.
Conforme o recorte do estudo, na comparação com outros Estados do país, o Rio Grande do Sul ocupa a quarta posição no ranking das menores taxas de mortalidade infantil em 2019. O RS está atrás apenas do Distrito Federal (8,5 por mil), Santa Catarina (9,6 por mil) e Paraná (10,3 por mil). A média nacional no último ano analisado era de 12,4 por mil nascidos vivos.
Os números de 2019, apesar de representarem uma queda na comparação com o primeiro ano pesquisado, tiveram uma alta em relação a 2018, quando o indicador registrou a mínima histórica de 9,8 por mil nascidos vivos no Estado.
“O acompanhamento da taxa de mortalidade infantil pode ser entendido como oportunidade para o desenvolvimento de estratégias preventivas direcionadas à redução do risco de óbito no primeiro ano de vida, por meio de políticas públicas relacionadas à saúde das crianças”, explica a pesquisadora Marilyn.
Mortalidade infantil por região
Entre as 30 Regiões de Saúde do Rio Grande do Sul, a que abrange municípios como Santiago e Cacequi, apresentou a menor TMI do Estado (6,4 por mil nascidos vivos), seguida da composta por cidades como Soledade e Barros Cassal, com 6,6 por mil, e de Farroupilha e Bom Princípio, com 7 por mil.
Na ponta de baixo do ranking, as regiões com maiores taxas de mortalidade infantil foram as do Pampa, que engloba cidades como Bagé e Dom Pedrito (16,6 por mil), a subregião que inclui Tramandaí e Santo Antônio da Patrulha (15 por mil), e os Campos de Cima da Serra, de Bom Jesus e Vacaria (14,5 por mil).
Entre as observações do estudo está a alta na TMI nas regiões que apresentavam as menores taxas em 2010, como na região que engloba cidades como Estrela e Taquari (de 7,4 por mil em 2010 para 9,6 por mil em 2019), Carbonífera, que inclui Arroio dos Ratos e Butiá (de 7,9 para 8,5 por mil), e Santa Cruz do Sul (de 8,4 para 12,5 por mil).
Nas Regiões de Saúde das cidades mais populosas do Rio Grande do Sul, a de Porto Alegre, passou de 11 para 10,1 por mil nascidos vivos entre 2010 e 2019. A região que inclui Caxias do Sul passou de 12,4 para 10,3 por mil e a de Pelotas, de 13,6 para 12,8 por mil nascidos vivos.
Neonatal e pós-neonatal
Ao dividir os componentes da Taxa de Mortalidade Infantil, o estudo do DEE indica a perda de posições do Rio Grande do Sul ao se analisar apenas a mortalidade infantil neonatal, de crianças entre zero e 27 dias. Entre 2010 e 2018, o Estado se revezava com Santa Catarina entre o primeiro e o segundo lugar entre as unidades da federação com menores taxas, mas os números de 2019 (7,6 por mil nascidos vivos) levaram a uma queda para a oitava posição, atrás do Distrito Federal, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Tocantins.
Em relação à mortalidade pós-neonatal, de crianças entre 28 e 364 dias, o Estado tem a terceira menor taxa do país (3 por mil), empatado com o Paraná e atrás do Distrito Federal e de Santa Catarina. Em ambos os casos, o Rio Grande do Sul continua com números melhores do que os da média nacional, que é de 8,6 por mil nascidos vivos (neonatal) e 3,8 por mil nascidos vivos (pós-neonatal).
“Os resultados são um alerta para uma possível mudança de tendência nas taxas de mortalidade infantil e seus componentes, mas é necessária uma análise por um período maior de tempo para que se possa verificar se esses aumentos serão mantidos ou se serão apenas oscilações ocasionais”, conclui Marilyn.
A Taxa de Mortalidade Infantil do Rio Grande do Sul apresentou uma queda de 5% entre os anos de 2010 e 2019, mostra estudo divulgado nesta quarta-feira (23). O declínio no período analisado se deu, principalmente, por conta da redução nos óbitos das crianças entre 28 e 364 dias, conforme o governo do Estado. Conforme o recorte do estudo, na comparação com outros Estados do país, o Rio Grande do Sul ocupa a quarta posição no ranking das menores taxas de mortalidade infantil em 2019
Os dados fazem parte do Panorama da Mortalidade Infantil no Rio Grande do Sul e suas Regiões de Saúde, 2010-19, da pesquisadora Marilyn Agranonik. Ela atua no DEE (Departamento de Economia e Estatística), nome novo da Fundação de Economia e Estatística.
Conforme a pesquisa, a chamada Taxa de Mortalidade Infantil ficou em 10,6 a cada mil nascidos vivos. Na década anterior, 2000-2009, era de 11,2 mortes para cada mil nascimentos. O declínio de mortes entre o primeiro mês e o primeiro ano de vida foi de 3 para cada mil nascidos vivos. Anteriormente, a taxa era de 3,7. Na mortalidade neonatal, de crianças entre zero e 27 dias, a taxa oscilou de 7,5 para 7,6 por mil nascidos vivos.
Conforme o recorte do estudo, na comparação com outros Estados do país, o Rio Grande do Sul ocupa a quarta posição no ranking das menores taxas de mortalidade infantil em 2019. O RS está atrás apenas do Distrito Federal (8,5 por mil), Santa Catarina (9,6 por mil) e Paraná (10,3 por mil). A média nacional no último ano analisado era de 12,4 por mil nascidos vivos.
Os números de 2019, apesar de representarem uma queda na comparação com o primeiro ano pesquisado, tiveram uma alta em relação a 2018, quando o indicador registrou a mínima histórica de 9,8 por mil nascidos vivos no Estado.
“O acompanhamento da taxa de mortalidade infantil pode ser entendido como oportunidade para o desenvolvimento de estratégias preventivas direcionadas à redução do risco de óbito no primeiro ano de vida, por meio de políticas públicas relacionadas à saúde das crianças”, explica a pesquisadora Marilyn.
Mortalidade infantil por região
Entre as 30 Regiões de Saúde do Rio Grande do Sul, a que abrange municípios como Santiago e Cacequi, apresentou a menor TMI do Estado (6,4 por mil nascidos vivos), seguida da composta por cidades como Soledade e Barros Cassal, com 6,6 por mil, e de Farroupilha e Bom Princípio, com 7 por mil.
Na ponta de baixo do ranking, as regiões com maiores taxas de mortalidade infantil foram as do Pampa, que engloba cidades como Bagé e Dom Pedrito (16,6 por mil), a subregião que inclui Tramandaí e Santo Antônio da Patrulha (15 por mil), e os Campos de Cima da Serra, de Bom Jesus e Vacaria (14,5 por mil).
Entre as observações do estudo está a alta na TMI nas regiões que apresentavam as menores taxas em 2010, como na região que engloba cidades como Estrela e Taquari (de 7,4 por mil em 2010 para 9,6 por mil em 2019), Carbonífera, que inclui Arroio dos Ratos e Butiá (de 7,9 para 8,5 por mil), e Santa Cruz do Sul (de 8,4 para 12,5 por mil).
Nas Regiões de Saúde das cidades mais populosas do Rio Grande do Sul, a de Porto Alegre, passou de 11 para 10,1 por mil nascidos vivos entre 2010 e 2019. A região que inclui Caxias do Sul passou de 12,4 para 10,3 por mil e a de Pelotas, de 13,6 para 12,8 por mil nascidos vivos.
Neonatal e pós-neonatal
Ao dividir os componentes da Taxa de Mortalidade Infantil, o estudo do DEE indica a perda de posições do Rio Grande do Sul ao se analisar apenas a mortalidade infantil neonatal, de crianças entre zero e 27 dias. Entre 2010 e 2018, o Estado se revezava com Santa Catarina entre o primeiro e o segundo lugar entre as unidades da federação com menores taxas, mas os números de 2019 (7,6 por mil nascidos vivos) levaram a uma queda para a oitava posição, atrás do Distrito Federal, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Tocantins.
Em relação à mortalidade pós-neonatal, de crianças entre 28 e 364 dias, o Estado tem a terceira menor taxa do país (3 por mil), empatado com o Paraná e atrás do Distrito Federal e de Santa Catarina. Em ambos os casos, o Rio Grande do Sul continua com números melhores do que os da média nacional, que é de 8,6 por mil nascidos vivos (neonatal) e 3,8 por mil nascidos vivos (pós-neonatal).
“Os resultados são um alerta para uma possível mudança de tendência nas taxas de mortalidade infantil e seus componentes, mas é necessária uma análise por um período maior de tempo para que se possa verificar se esses aumentos serão mantidos ou se serão apenas oscilações ocasionais”, conclui Marilyn.
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