A Polícia Civil indiciou duas pessoas por lesão corporal seguida de morte no caso envolvendo a morte de um vendedor, ocorrida no início do mês, em frente a um açougue, em Alvorada.

A condenação por esse tipo de crime, considerado grave no ordenamento jurídico, pode variar de 4 a 12 anos de prisão.

Wagner de Oliveira Lovato, 40 anos, foi agredido com socos depois de reclamar do preço da carne, e morreu após bater com a cabeça no chão.

Nesta quarta-feira (20), o inquérito policial foi remetido à Justiça e os responsáveis pela investigação deram mais detalhes sobre o caso, durante uma coletiva de imprensa, realizada no auditório do Palácio da Polícia, na Capital.

Conforme o Diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegada Vanessa Pitrez, o laudo de necropsia do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que a vítima morreu após bater a cabeça no chão, depois de uma sequência de dois socos.

“A batida ocasionou um traumatismo craniano”, afirmou. O indiciamento, segundo ela, considerou o fato de que os agressores não esperavam pelo “resultado morte”, ou seja, quiseram agredir a vítima, mas não previam que suas ações ocasionassem qualquer fatalidade.

Já segundo o titular da DPHPP de Alvorada, delegado Edimar Machado de Souza – responsável direto pela investigação –, o inquérito se baseou principalmente na análise das imagens das câmeras de segurança do estabelecimento, além, é claro, dos testemunhos de 13 pessoas.

O delegado ainda afirmou que não havia atritos anteriores entre vítima e agressores.

“Um dos agressores, inclusive, era funcionário do açougue, mas não estava trabalhando naquele momento. Já a vítima era um consumidor do local. A discussão começou depois que o agredido teria comentado sobre o preço de um dos produtos”, garante.

Os dois agressores permanecem presos preventivamente. Conforme Machado, eles não possuem antecedentes.

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