FOTO DO ARQUIVO: O presidente do Brasil Jair Bolsonaro chega para a cúpula dos líderes do G20 em Roma, Itália, 30 de outubro de 2021. REUTERS / Guglielmo Mangiapane / Foto do arquivo
31 de outubro de 2021
Por Gabriel Stargardter
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A equipe de segurança do presidente Jair Bolsonaro supostamente usou violência contra repórteres brasileiros que cobriam sua viagem a Roma para o encontro do Grupo dos 20 Principais Economias, informou a mídia local no domingo.
Os supostos ataques contra repórteres brasileiros, que Bolsonaro há muito acusa de tratá-lo injustamente e publicar notícias falsas, culminaram em um fim de semana sombrio para o presidente de extrema direita. Vídeos dos eventos do G20 o mostraram como uma figura isolada, que não fez parte da foto tirada na Fontana de Trevi com os líderes mundiais. Nas ruas de Roma, ele foi fortemente criticado por sua forma de lidar com a pandemia brutal do país, com os críticos chamando-o de “genocida”.
Mais de 600.000 pessoas morreram de COVID-19 no Brasil, a segunda maior contagem do mundo depois dos Estados Unidos. Bolsonaro questionou a gravidade do vírus, evitou bloqueios, semeou dúvidas sobre a vacina e promoveu curas não comprovadas. Um painel do Senado recomendou que ele seja indiciado por nove crimes relacionados ao tratamento da pandemia, incluindo crimes contra a humanidade.
O jornal O Globo noticiou que o jornalista Leonardo Monteiro, da TV Globo, levou um soco no estômago e empurrão da segurança de Bolsonaro após perguntar ao presidente por que ele não compareceu a nenhum evento do G20 no domingo. Um vídeo feito pelo jornalista do UOL Jamil Chade mostra cenas caóticas com seguranças empurrando a imprensa e apoiadores do Bolsonaro gritando abusos aos repórteres.
Não ficou claro se os seguranças eram brasileiros ou italianos. O Globo informou que os italianos receberam a tarefa de fornecer segurança ao Bolsonaro.
O gabinete do presidente não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários sobre os ataques ou porque ele não estava na foto dos líderes. A equipe de imprensa do G20 também não respondeu imediatamente às solicitações.
“A Globo condena veementemente a agressão contra seu correspondente Leonardo Monteiro e outros colegas em Roma e exige uma avaliação completa das responsabilidades”, disse a TV Globo em nota.
Vídeos dos eventos do G20 mostram Bolsonaro parecendo isolado.
O ex-capitão do Exército viu seu apoio internacional diminuir desde que o ex-presidente dos EUA Donald Trump perdeu sua candidatura à reeleição, enquanto o ceticismo de Bolsonaro em relação ao COVID-19, vacinas e preocupações ambientais lhe rendeu poucos amigos no cenário global.
Em um vídeo feito por Jamil Chade, Bolsonaro é visto puxando conversa com garçons italianos enquanto líderes globais conversam entre si na outra parte da sala.
“Este vídeo do Bolsonaro andando sozinho na sala de conferências do G20, enquanto outros líderes mundiais conversam, é doloroso de assistir, mas reflete adequadamente o colapso da posição do Brasil no mundo”, Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais do Getúlio A Fundação Vargas, uma universidade brasileira, tuitou.
(Reportagem de Gabriel Stargardter; edição de Diane Craft)
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FOTO DO ARQUIVO: O presidente do Brasil Jair Bolsonaro chega para a cúpula dos líderes do G20 em Roma, Itália, 30 de outubro de 2021. REUTERS / Guglielmo Mangiapane / Foto do arquivo
31 de outubro de 2021
Por Gabriel Stargardter
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A equipe de segurança do presidente Jair Bolsonaro supostamente usou violência contra repórteres brasileiros que cobriam sua viagem a Roma para o encontro do Grupo dos 20 Principais Economias, informou a mídia local no domingo.
Os supostos ataques contra repórteres brasileiros, que Bolsonaro há muito acusa de tratá-lo injustamente e publicar notícias falsas, culminaram em um fim de semana sombrio para o presidente de extrema direita. Vídeos dos eventos do G20 o mostraram como uma figura isolada, que não fez parte da foto tirada na Fontana de Trevi com os líderes mundiais. Nas ruas de Roma, ele foi fortemente criticado por sua forma de lidar com a pandemia brutal do país, com os críticos chamando-o de “genocida”.
Mais de 600.000 pessoas morreram de COVID-19 no Brasil, a segunda maior contagem do mundo depois dos Estados Unidos. Bolsonaro questionou a gravidade do vírus, evitou bloqueios, semeou dúvidas sobre a vacina e promoveu curas não comprovadas. Um painel do Senado recomendou que ele seja indiciado por nove crimes relacionados ao tratamento da pandemia, incluindo crimes contra a humanidade.
O jornal O Globo noticiou que o jornalista Leonardo Monteiro, da TV Globo, levou um soco no estômago e empurrão da segurança de Bolsonaro após perguntar ao presidente por que ele não compareceu a nenhum evento do G20 no domingo. Um vídeo feito pelo jornalista do UOL Jamil Chade mostra cenas caóticas com seguranças empurrando a imprensa e apoiadores do Bolsonaro gritando abusos aos repórteres.
Não ficou claro se os seguranças eram brasileiros ou italianos. O Globo informou que os italianos receberam a tarefa de fornecer segurança ao Bolsonaro.
O gabinete do presidente não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários sobre os ataques ou porque ele não estava na foto dos líderes. A equipe de imprensa do G20 também não respondeu imediatamente às solicitações.
“A Globo condena veementemente a agressão contra seu correspondente Leonardo Monteiro e outros colegas em Roma e exige uma avaliação completa das responsabilidades”, disse a TV Globo em nota.
Vídeos dos eventos do G20 mostram Bolsonaro parecendo isolado.
O ex-capitão do Exército viu seu apoio internacional diminuir desde que o ex-presidente dos EUA Donald Trump perdeu sua candidatura à reeleição, enquanto o ceticismo de Bolsonaro em relação ao COVID-19, vacinas e preocupações ambientais lhe rendeu poucos amigos no cenário global.
Em um vídeo feito por Jamil Chade, Bolsonaro é visto puxando conversa com garçons italianos enquanto líderes globais conversam entre si na outra parte da sala.
“Este vídeo do Bolsonaro andando sozinho na sala de conferências do G20, enquanto outros líderes mundiais conversam, é doloroso de assistir, mas reflete adequadamente o colapso da posição do Brasil no mundo”, Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais do Getúlio A Fundação Vargas, uma universidade brasileira, tuitou.
(Reportagem de Gabriel Stargardter; edição de Diane Craft)
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