‘Sangue Consciente’
Kevin (Oghenero Gbaje) e sua irmã mais velha, Brittney (DeShawn White), chegam com o noivo de Brittney, Tony (Lenny Thomas), na cabana de seus pais, apenas para descobrir que sua mãe, pai e os vizinhos foram mortos. É quando eles – todos os três são negros – são abordados por um cara branco irritado (Nick Damici) com uma arma.
“Vocês são humanos ou são demônios?” ele late.
“Estamos de férias”, responde Tony, as mãos levantadas em terror.
Eles conseguem desarmar o estranho armado e trancá-lo no porão da cabine, mas ele afirma que não está lá sozinho. Margie (Lori Hammel), uma vizinha branca, aparece mais tarde naquela noite tão confusa sobre o que está acontecendo quanto eles.
Ou ela é? Quando Kevin questiona Margie sobre sua identidade, ela explode em acusações sobre “vocês”, e é aí que o filme toma seu rumo mais sinistro.
O escritor-diretor Timothy Covell disse ele queria fazer um filme que acontecesse um dia depois de um filme de terror, e ele transformou essa ideia em um thriller de roer as unhas. Ele também adicionou um novo toque social e humor negro, uma combinação que atrairá fãs de terror como eu, que gostam de um filme sobre o mal sem explicações fáceis – ou saídas.
‘esquecido por Deus’
O roteirista e diretor Ali Akbar Akbar Kamal disse em suas notas de imprensa que o medo de “seres desconhecidos que detêm poder ilimitado sobre nós” o inspirou a fazer este enervante filme de posse de imagens encontradas. Ele canalizou esse terror – uma aversão que ele disse que aprendeu crescendo em uma comunidade religiosa no Oriente Médio – em um conto de advertência sobre a fé cega, com zumbis e ocultismo jogados por diversão.
O filme me teve em seus minutos de abertura, quando um funeral irrompe em histeria depois que uma mulher morta chamada Lisa (Mélie B. Rondeau) rasteja para fora de seu caixão e sai de uma igreja de cidade pequena. Chad (Chad Tailor), um cineasta independente que voltou para casa para a cerimônia, captura o caos na câmera.
Chad retorna dias depois para fazer um documentário sobre os eventos inexplicáveis que desde então tomaram um rumo bizarro: Lisa, agora morando no porão de seus pais, está usando poderes sobrenaturais para curar pessoas. Mas, claro, o que Lisa tem na manga ensanguentada é perverso, não curativo.
Não sei o que há na água em Harriston, Ontário, onde o filme foi baleado e está definido. Mas terei o que os locais estão tendo; seu entusiasmo como figurantes torna o filme tão divertido quanto macabro.
‘Batendo’
Em apenas 78 minutos, o filme de Frida Kempff conta uma história arrepiante e surpreendentemente comovente – uma queer também – sobre a vida após o choque da morte.
Molly (Cecilia Milocco) está começando uma nova vida depois de passar um tempo em uma ala psiquiátrica, onde se recuperou após um evento traumático que aconteceu um dia na praia. Ela tem um apartamento novo, em algum lugar na Suécia, e seus vizinhos são bastante amigáveis.
Mas o que são esses gritos abafados e batidas irritantes? São pedidos de ajuda? E por que ninguém no prédio dela confessa que fez todo esse barulho? A paranóia de Molly dispara enquanto ela tenta controlar o barulho, e ela começa a se perguntar se está sendo iluminada a gás ou fantasma.
Este é um filme de terror que é refrescantemente sentimental, e Milocco dá uma performance sincera para combinar. É para os fãs de terror que preferem uma história assustadora que valoriza a sensibilidade sobre o abate.
‘Depois da Pandemia’
E se uma pandemia destruísse não alguns de nós, mas a maioria de nós? Essa é a premissa aterrorizante por trás do thriller econômico de Richard Lowry que canaliza o espírito de “Contágio” em um centavo.
Já se passaram cinco anos desde que algo no ar matou 90% da população da Terra. Ellie (Eve James), uma adolescente com sonhos de ser dançarina, sobreviveu sozinha em uma casa suburbana. Lá fora, cadáveres da cor de maçãs doces apodrecem nas ruas.
Uma tarde, Ellie encontra Quinn (Kannon Smith), uma jovem emocionalmente distante que ajuda Ellie a aprimorar suas habilidades de sobrevivência. Os dois iniciam uma amizade que se aproxima do romance, e eles concordam em se unir para combater os agentes do governo em trajes perigosos em seu encalço.
Eu apostaria que George A. Romero teria gostado desse riff low-fi sobre a América da era Covid; deve uma dívida ao próprio filme de infecção do diretor dissidente “Os loucos”. Pena que Lowry joga o romance de Ellie e Quinn no banco de trás para deixar uma história de sobrevivência de gato e rato cruzar a linha de chegada.
‘Ligado’
Nunca, jamais solte a corda. Essa é uma regra que Solomon (Jared Laufree), um jovem cego, ouve em uma fita cassete que sua mãe (Alexandra Paul) fez para ele antes de deixar sua cabana remota para sempre. Ela o treinou quando criança para se amarrar à longa corda antes de sair de casa, para que ele não se aventurasse muito na floresta próxima.
Um dia, Solomon inesperadamente conhece Hank (Kareem Ferguson), um caçador que Solomon deixa cair em sua cabana. Naquela noite, um barulho ímpio vem da floresta, e Hank começa a perceber que o isolamento de Solomon é uma questão de autopreservação. À medida que a curiosidade de Hank sobre a floresta cresce, outra das regras da mãe – “Quando você caçar ou vasculhar, faça por dois: um para a floresta e outro para você” – é posta à prova.
A história sombria de Daniel Robinette vai agradar aos fãs de terror pacientes que amam uma queima lenta e podem olhar além do roteiro fino e uma pontuação enorme que luta contra o ambiente íntimo. O diretor de fotografia Aaron Sogius merece um salve, especialmente por uma cena que mostra a casa de Solomon em tons fantasmagóricos de azul e cinza.
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