Uma mulher se protege da luz do sol com uma cópia do jornal Los Angeles Wave durante o sábado, 15 de julho de 2023, no bairro de Leimert Park, em Los Angeles. (foto AP)
Especialistas atribuem as ondas de calor à mudança climática, impulsionada pela queima de combustíveis fósseis, liberando o gás de efeito estufa dióxido de carbono na atmosfera
O calor extremo no hemisfério norte está pressionando cada vez mais os sistemas de saúde, atingindo mais duramente os menos capazes de lidar com a situação, disse a Organização Mundial da Saúde na quarta-feira.
A OMS disse que o calor muitas vezes piora as condições pré-existentes, dizendo estar particularmente preocupada com as pessoas com doenças cardiovasculares, diabetes e asma.
Milhões de pessoas em três continentes estão enfrentando um período prolongado de calor perigoso na quarta-feira, à medida que os recordes de temperatura caem.
“O calor extremo causa mais danos aos menos capazes de lidar com suas consequências, como idosos, bebês e crianças, pobres e sem-teto”, disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Também aumenta a pressão sobre os sistemas de saúde”, disse ele em entrevista coletiva.
“A exposição ao calor excessivo tem impactos amplos para a saúde, muitas vezes amplificando condições pré-existentes e resultando em morte prematura e incapacidade”.
A OMS está trabalhando com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), sua agência da ONU com sede em Genebra, para apoiar os países no desenvolvimento de planos de ação de clima quente para coordenar a preparação e reduzir os impactos do calor excessivo na saúde, acrescentou.
– Encontrar pessoas em risco –
Maria Neira, chefe de saúde pública e meio ambiente da OMS, disse que a agência está particularmente preocupada com mulheres grávidas e pessoas com diabetes, doenças cardiovasculares e asma, já que a poluição do ar faria parte do problema.
Os governos locais e nacionais precisam identificar todos os potencialmente em risco, enquanto os hospitais devem garantir que tenham um plano de ação em vigor, acrescentou ela.
Neira também disse que as comunidades precisam passar a mensagem de evitar o esporte durante a parte mais quente do dia, encontrar um lugar fresco dentro de casa, cuidar dos vulneráveis e estar ciente de insolação ou exaustão pelo calor.
Especialistas atribuem as ondas de calor à mudança climática, impulsionada pela queima de combustíveis fósseis, liberando o gás de efeito estufa dióxido de carbono na atmosfera.
Além das medidas imediatas para fazer face ao calor dos próximos dias, Neira disse que, a longo prazo, os países precisam de descarbonizar para mitigar as causas das alterações climáticas, que estão a “exacerbar e aumentar a frequência, a intensidade e a duração dessas ondas de calor.
“Isso nos ajudará a reduzir as ondas de calor de uma maneira muito importante”.
As autoridades municipais precisam pensar em seu planejamento urbano para garantir que as pessoas tenham refúgios em tempos de calor extremo, acrescentou ela.
A agência meteorológica da ONU, OMM, disse que altas temperaturas durante a noite são um risco à saúde porque o corpo é incapaz de se recuperar de dias quentes, levando a mais ataques cardíacos e mortes.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado – AFP)
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