O Centros de Controle e Prevenção de Doenças emitiram um alerta depois que quase 100 americanos morreram em procedimentos de cirurgia estética na República Dominicana.
Noventa e três cidadãos norte-americanos morreram de complicações de cirurgias estéticas naquele país entre 2009 e 2022, segundo o CDC.
As mortes aumentaram nos últimos anos, com mais de metade ocorrendo após 2018.
Os casos mortais atingiram o pico em 2020, quando 17 pessoas morreram.
Todos os incidentes envolveram lipoaspiração, sendo a esmagadora maioria (92%) transferência de gordura glútea – também conhecida como lifting de bunda brasileiro.
Os elevadores de bunda brasileiros dispararam em popularidade nos últimos anos – houve mais de 40.000 aumentos de nádegas realizados em 2020 somente nos EUA – juntamente com cirurgias cosméticas em geral, à medida que os especialistas continuam a alertar para o aumento das taxas de dismorfia corporal, especialmente entre as mulheres.
Todos, exceto um dos pacientes que morreram devido a procedimentos na República Dominicana, eram mulheres, com idade média de 40 anos.
Descobriu-se que a maioria das mortes foi causada por embolias ou bloqueios na corrente sanguínea, seja por coágulos sanguíneos ou acúmulo de gordura.
A taxa de mortalidade causada pela cirurgia plástica de nádegas brasileira – onde os cirurgiões usam gordura de outras partes do corpo para alterar o tamanho e a forma do traseiro – é de cerca de 1 em 15.000, de acordo com um estudo de 2020 publicado no Aesthetic Surgery Journal.
Muitos dos pacientes que morreram devido a procedimentos na República Dominicana apresentavam fatores de risco, incluindo obesidade e a realização de vários procedimentos ao mesmo tempo.
À medida que mais pessoas começaram a solicitar cirurgias estéticas, o turismo médico cresceu e muitos marcaram consultas fora dos EUA, atraídos por custos mais baixos e tempos de espera mais curtos.
A República Dominicana tornou-se um local popular para o turismo médico, pois fica perto dos EUA e possui uma indústria de turismo americana existente. Médicos da ilha caribenha também anunciam seus serviços nos EUA
“As infecções ocorrem regularmente após cirurgias estéticas realizadas fora dos Estados Unidos”, alertou o CDC.
Os especialistas alertam que os interessados em cirurgia estética devem discutir os riscos com seu médico regular.
Uma das pessoas que morreram devido a complicações de uma plástica brasileira realizada na República Dominicana foi a capitã do Departamento de Correção de Nova York, Rikers Island, Tandra Bowser-Williams.
Mas o país caribenho não é o único local que deixou os pacientes com complicações preocupantes e potencialmente mortais.
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