Duas moradoras do Bairro Porto, em Brasilândia de Minas, procuraram a redação do JP Agora para relatarem seus sentimentos de insatisfação com a segurança pública do município. Os recentes homicídios ocasionaram medo nas mulheres, que preferiram não revelar suas identidades.
Para uma delas, a noite do bairro onde mora é o principal problema. A mulher disse à reportagem do JP Agora que já não sai depois das 19 horas e que só abre exceção para ir à Igreja.
“Só saio a noite quando vou à Igreja. Mesmo assim, tenho muito medo na volta de lá para cá porque tem dias que o culto termina depois das 21 horas. Como eu moro sozinha, venho a pé sozinha, com medo durante todo o percurso” contou a mulher, que preferiu não se identificar.
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Os homicídios que aconteceram recentemente em Brasilândia de Minas são os principais fatores para o sentimento de insegurança. No entanto, a moradora relatou que outros pontos também são cruciais para que o sentimento de impunidade e insegurança se façam presentes no seu dia a dia.
“Todo mundo tem medo de sair. Aqui não tem lugar de ir mais não. Se vai na pracinha, está cheio de usuários de drogas, se vai para algum outro lugar tem que se deparar com menores de idade armados, se anda com a bolsa na mão, passa um para tomar” contou a segunda moradora para a redação do JP Agora.
O que dizem os números e o delegado
Apesar da insatisfação dos moradores, Brasilândia de Minas perde para João Pinheiro no ranking de homicídios em 2021 na área do 45º BPM. É o que aponta os registros oficiais da Polícia Militar.
Enquanto João Pinheiro registrou 11 homicídios, Brasilândia de Minas registrou 8, ao lado de Paracatu. Na sequência, vem Vazante com 2 e Guarda-Mor com 1, totalizando 30 ocorrências na área. Embora Brasilândia registre 8 homicídio neste ano, uma morte não foi contabilizada como homicídio. Trata-se de um registro de lesão corporal grave em que a vítima, após ser apedrejada, foi socorrida ao hospital e posteriormente veio a óbito. Considerando este dado, Brasilândia passa a registrar mais crimes violentos que Paracatu, sendo 9 homicídios neste ano.
Dos 8 homicídios de Brasilândia de Minas, o Delegado de Polícia Civil afirmou para a redação do JP Agora que o procedimento investigatório de um deles já foi finalizado, enquanto que outros sete seguem sendo trabalhados. A reportagem apurou, no entanto, que o homicídio a que se referiu o delegado como já resolvido trata-se de um crime cometido em agosto, no qual a Polícia Militar efetuou a prisão do autor em flagrante juntamente com a arma instantes depois do crime.
“Um procedimento já foi finalizado, com autoria e materialidade definidos e indiciamento efetuado. Os demais procedimentos investigatórios encontram-se em andamento.”
Uma fonte anônima do JP Agora afirmou que os sete homicídios referidos pelo delegado não estão sendo investigados, ao contrário do que afirmou a autoridade à redação do site.
Você é morador de Brasilândia de Minas? Deixe nos comentários a sua opinião.
Duas moradoras do Bairro Porto, em Brasilândia de Minas, procuraram a redação do JP Agora para relatarem seus sentimentos de insatisfação com a segurança pública do município. Os recentes homicídios ocasionaram medo nas mulheres, que preferiram não revelar suas identidades.
Para uma delas, a noite do bairro onde mora é o principal problema. A mulher disse à reportagem do JP Agora que já não sai depois das 19 horas e que só abre exceção para ir à Igreja.
“Só saio a noite quando vou à Igreja. Mesmo assim, tenho muito medo na volta de lá para cá porque tem dias que o culto termina depois das 21 horas. Como eu moro sozinha, venho a pé sozinha, com medo durante todo o percurso” contou a mulher, que preferiu não se identificar.
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Os homicídios que aconteceram recentemente em Brasilândia de Minas são os principais fatores para o sentimento de insegurança. No entanto, a moradora relatou que outros pontos também são cruciais para que o sentimento de impunidade e insegurança se façam presentes no seu dia a dia.
“Todo mundo tem medo de sair. Aqui não tem lugar de ir mais não. Se vai na pracinha, está cheio de usuários de drogas, se vai para algum outro lugar tem que se deparar com menores de idade armados, se anda com a bolsa na mão, passa um para tomar” contou a segunda moradora para a redação do JP Agora.
O que dizem os números e o delegado
Apesar da insatisfação dos moradores, Brasilândia de Minas perde para João Pinheiro no ranking de homicídios em 2021 na área do 45º BPM. É o que aponta os registros oficiais da Polícia Militar.
Enquanto João Pinheiro registrou 11 homicídios, Brasilândia de Minas registrou 8, ao lado de Paracatu. Na sequência, vem Vazante com 2 e Guarda-Mor com 1, totalizando 30 ocorrências na área. Embora Brasilândia registre 8 homicídio neste ano, uma morte não foi contabilizada como homicídio. Trata-se de um registro de lesão corporal grave em que a vítima, após ser apedrejada, foi socorrida ao hospital e posteriormente veio a óbito. Considerando este dado, Brasilândia passa a registrar mais crimes violentos que Paracatu, sendo 9 homicídios neste ano.
Dos 8 homicídios de Brasilândia de Minas, o Delegado de Polícia Civil afirmou para a redação do JP Agora que o procedimento investigatório de um deles já foi finalizado, enquanto que outros sete seguem sendo trabalhados. A reportagem apurou, no entanto, que o homicídio a que se referiu o delegado como já resolvido trata-se de um crime cometido em agosto, no qual a Polícia Militar efetuou a prisão do autor em flagrante juntamente com a arma instantes depois do crime.
“Um procedimento já foi finalizado, com autoria e materialidade definidos e indiciamento efetuado. Os demais procedimentos investigatórios encontram-se em andamento.”
Uma fonte anônima do JP Agora afirmou que os sete homicídios referidos pelo delegado não estão sendo investigados, ao contrário do que afirmou a autoridade à redação do site.
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