Altos funcionários alemães disseram na quinta-feira que concordaram com novas restrições ao coronavírus que deixariam as pessoas não vacinadas fora de muitos aspectos da vida pública, enquanto o país tenta combater o aumento de infecções que vem quebrando registros diários de casos.
“Você pode ver pelas decisões que entendemos que a situação é muito séria”, disse a chanceler Angela Merkel a repórteres em entrevista coletiva após sua reunião por teleconferência com governadores estaduais.
De acordo com o novo conjunto de regras, quem quiser fazer compras em qualquer lugar que não seja em lojas de artigos de primeira necessidade, terá que apresentar comprovante de vacinação completa ou documentação de recuperação. Os estados também podem adicionar a exigência de que um resultado de teste negativo seja apresentado em cima da outra documentação. Onde ainda não o faziam, restaurantes, bares, museus e teatros também impedirão a entrada de quem não for vacinado ou recuperado.
Além disso, para quem não puder comprovar, as reuniões, seja em casa ou em espaço público, serão limitadas a duas famílias.
As restrições não obrigam os não vacinados a ficar em casa, como fizeram as restrições promulgadas pela Áustria no mês passado.
No que provavelmente será a última reunião de Merkel com os governadores, os estados concordaram em aprovar as novas regras nos próximos dias. Olaf Scholz, que deve tomar posse na próxima semana como novo chanceler, participou ativamente das negociações.
Na quinta-feira, ele reiterou sua promessa de supervisionar a distribuição de mais 30 milhões de doses da vacina até o Natal, para a qual foi constituída uma força-tarefa chefiada por um general militar. Scholz também falou sobre a aprovação de uma lei de vacinação obrigatória que pode entrar em vigor no inverno, algo que ele discutiu publicamente na terça-feira.
Em pontos críticos de vírus – distritos onde mais de 350 infecções são registradas por 100.000 em uma semana – bares e boates seriam forçados a fechar e as reuniões internas seriam limitadas a 50 participantes.
Como no ano passado, a venda de fogos de artifício será proibida no final de dezembro, na tentativa de desestimular as festas de fim de ano lotadas.
As autoridades de saúde alemãs registraram 73.209 novos casos notificados na quarta-feira e 388 novas mortes.
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