Uma vista aérea mostra ruas inundadas, causadas por fortes chuvas, em Itajuipe, estado da Bahia, Brasil, 27 de dezembro de 2021. Foto tirada com um drone. REUTERS / Amanda Perobelli
27 de dezembro de 2021
Por Leonardo Benassatto e Sergio Queiroz
ITABUNA, Brasil (Reuters) – O número de mortos nas enchentes que atingiram o nordeste do Brasil subiu para 20 na segunda-feira, quando o governador da Bahia declarou o pior desastre da história do estado e as equipes de resgate se prepararam para mais chuvas nos próximos dias.
Grande parte da Bahia, onde vivem cerca de 15 milhões de pessoas, sofre com enchentes intermitentes há semanas, depois que uma longa seca deu lugar a chuvas recordes. As inundações em algumas áreas se intensificaram no final da véspera de Natal e no início do dia de Natal, depois que duas represas cederam, fazendo com que os residentes lutassem por terrenos mais altos.
Equipes de resgate patrulhavam em pequenos botes ao redor da cidade de Itabuna, no sul da Bahia, arrancando moradores de suas casas, inclusive alguns que escaparam pelas janelas do segundo andar.
O governador da Bahia, Rui Costa, disse no Twitter que 72 municípios estão em estado de emergência.
“Infelizmente, vivemos o pior desastre que já ocorreu na história da Bahia”, escreveu ele.
Manfredo Santana, tenente-coronel do corpo de bombeiros da Bahia, disse à Reuters que equipes de emergência resgataram 200 pessoas em apenas três cidades próximas. As fortes correntes do cheio rio Cachoeira complicaram os esforços de resgate.
“É difícil manobrar mesmo com jet skis”, disse ele. “As equipes de resgate tiveram que recuar em certos momentos.”
O órgão de defesa civil da Bahia disse na tarde de segunda-feira que 20 pessoas morreram em 11 municípios diferentes.
O jornal O Globo, citando um oficial estadual de bombeiros, disse que as autoridades estão monitorando mais 10 barragens em busca de quaisquer sinais de que possam ruir.
O escrutínio da infraestrutura pública e do planejamento urbano ocorre apenas alguns anos depois que o rompimento de uma barragem de mineração no vizinho estado de Minas Gerais matou cerca de 270 pessoas.
Em comentários televisionados, Costa, o governador da Bahia, atribuiu as cenas caóticas em parte a “erros que foram cometidos ao longo dos anos”.
(Reportagem de Leonardo Benassatto; Escrita de Gram Slattery; Edição de Alistair Bell)
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Uma vista aérea mostra ruas inundadas, causadas por fortes chuvas, em Itajuipe, estado da Bahia, Brasil, 27 de dezembro de 2021. Foto tirada com um drone. REUTERS / Amanda Perobelli
27 de dezembro de 2021
Por Leonardo Benassatto e Sergio Queiroz
ITABUNA, Brasil (Reuters) – O número de mortos nas enchentes que atingiram o nordeste do Brasil subiu para 20 na segunda-feira, quando o governador da Bahia declarou o pior desastre da história do estado e as equipes de resgate se prepararam para mais chuvas nos próximos dias.
Grande parte da Bahia, onde vivem cerca de 15 milhões de pessoas, sofre com enchentes intermitentes há semanas, depois que uma longa seca deu lugar a chuvas recordes. As inundações em algumas áreas se intensificaram no final da véspera de Natal e no início do dia de Natal, depois que duas represas cederam, fazendo com que os residentes lutassem por terrenos mais altos.
Equipes de resgate patrulhavam em pequenos botes ao redor da cidade de Itabuna, no sul da Bahia, arrancando moradores de suas casas, inclusive alguns que escaparam pelas janelas do segundo andar.
O governador da Bahia, Rui Costa, disse no Twitter que 72 municípios estão em estado de emergência.
“Infelizmente, vivemos o pior desastre que já ocorreu na história da Bahia”, escreveu ele.
Manfredo Santana, tenente-coronel do corpo de bombeiros da Bahia, disse à Reuters que equipes de emergência resgataram 200 pessoas em apenas três cidades próximas. As fortes correntes do cheio rio Cachoeira complicaram os esforços de resgate.
“É difícil manobrar mesmo com jet skis”, disse ele. “As equipes de resgate tiveram que recuar em certos momentos.”
O órgão de defesa civil da Bahia disse na tarde de segunda-feira que 20 pessoas morreram em 11 municípios diferentes.
O jornal O Globo, citando um oficial estadual de bombeiros, disse que as autoridades estão monitorando mais 10 barragens em busca de quaisquer sinais de que possam ruir.
O escrutínio da infraestrutura pública e do planejamento urbano ocorre apenas alguns anos depois que o rompimento de uma barragem de mineração no vizinho estado de Minas Gerais matou cerca de 270 pessoas.
Em comentários televisionados, Costa, o governador da Bahia, atribuiu as cenas caóticas em parte a “erros que foram cometidos ao longo dos anos”.
(Reportagem de Leonardo Benassatto; Escrita de Gram Slattery; Edição de Alistair Bell)
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