RIO DE JANEIRO — Dez pessoas morreram no sudeste do Brasil quando a face de um enorme penhasco desabou em um ponto turístico popular, disseram as autoridades no domingo.
Barqueiros que escaparam por pouco de serem esmagados capturados vídeos do laje gigante caindo no Lago de Furnas, em Minas Gerais, no sábado. A rocha descascou por volta das 12h30 após dias de chuva intensa na região.
Um vídeo mostrou velejadores em pânico que podia ver pedregulhos caindo no lago pedindo aos outros: “Fujam!” Mas seus chamados pareciam ser abafados pelo som da cachoeira e a música estridente dos barcos.
Outro vídeo registrou o momento em que o penhasco desabou, destruindo dois pequenos barcos.
Dez pessoas foram mortas e ninguém permanecia desaparecido na tarde de domingo, disse Marcos Pimenta, da Polícia Civil de Minas Gerais.
“Hoje estamos sofrendo a tragédia de uma perda em nosso estado resultante de fortes chuvas”, disse Romeu Zema, o governador do estado, em um comunicado.
Michel Leite Neves, a turista brasileira de 31 anos que estava em um barco no lago quando o penhasco desabou, disse ao G1 que havia alertado o capitão da embarcação sobre as rochas caindo. A princípio, o operador do barco disse que o fenômeno era normal, mas à medida que o desmoronamento se intensificou, ele ligou o motor com segundos de antecedência, disse Leite.
“Ele virou o barco porque disse que era melhor sairmos de lá”, disse Leite. “Mas naquele momento o penhasco já estava caindo.”
O Lago de Furnas, que fica próximo à cidade de Capitólio, está entre um aglomerado de destinos pitorescos populares entre os turistas durante o verão em Minas Gerais. Os visitantes pegam barcos para observar as cachoeiras que deságuam na água cor de esmeralda.
O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, disse que pelo menos 24 pessoas sobreviveram nos dois barcos que foram atingidos diretamente. A busca foi concluída no domingo com todas as vítimas e sobreviventes contabilizados.
As autoridades disseram que duas pessoas permaneceram hospitalizadas, enquanto pelo menos 27 pessoas foram tratadas por ferimentos que não eram graves. Até a tarde de domingo, as autoridades locais haviam identificado apenas um dos velejadores que morreram: Julio Borges Antunes, 68 anos, aposentado de Minas Gerais.
Os vídeos da cena viralizaram no Brasil, onde chuvas intensas e inundações nas últimas semanas deixaram pelo menos outras 20 pessoas mortas e danificaram milhares de casas.
A Marinha do Brasil enviou uma equipe para ajudar as equipes de resgate em Minas Gerais e disse que abriria uma investigação para estabelecer as causas do colapso.
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