A manhã desta quinta-feira, 17 de fevereiro, foi marcada por uma situação que deixou mãe e filha com sentimentos de humilhação e discriminação no PSF do Bairro Santa Cruz. O dentista Luiz Carlos Alvares recusou atender a pinheirense Andreza, de 23 anos, por conta de sua deficiência física. O JP Agora entrevistou, com exclusividade, a mãe da jovem.
Ainda emocionada e se recuperando de tudo que viveu na manhã de hoje, Andréia, mãe de Andreza, contou à redação do site que chegou no PSF para a consulta odontológica com o Dr. Luiz Carlos marcada para às 09 horas pelo Sistema Único de Saúde. Assim que ela e a filha entraram no consultório, já puderam notar, segundo a versão delas, que o dentista não estava bem humorado.
Andreza é tetraplégica e possui limitações físicas, mas não possui nenhuma deficiência intelectual, segundo Andreia. Iniciado o atendimento, o dentista teria sugerido que o procedimento demandaria anestesia, mas a mãe foi contra porque Andreza deu uma parada na última vez que foi anestesiada.
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O dentista, então, começou os procedimentos sem anestesia. Andreza reclamou que estava sentindo dor e, neste momento, começaram os desentendimentos entre o dentista e a mãe da jovem.
“A princípio, ele já falou que o atendimento da Andreza teria que ser anestesiado e eu falei que não porque ela já foi anestesiada uma vez e deu uma parada. Disse que não tinha necessidade e ele começou o procedimento e ela começou a sentir uma dor. O Dr. Luiz seguiu falando que ela não estava sentindo a dor e eu pedi para ele fazer o anestésico. No que ele pegou o anestésico, como ela tem movimentos involuntários, ela não se controla, ela mexeu e ele simplesmente parou e falou que não era pra ele” disse Andréia ao repórter do JP Agora.
“Eu não atendo criança e nem deficiente.”
Segundo Andréia, o dentista, completamente sem paciência com sua filha Andreza, falou que ele não atendia crianças e nem deficientes. Perplexa com a situação, a mulher o questionou, apresentando a sua frustração para com aquela situação.
“Falei que ela não era criança e disse que os outros conseguiam, perguntei porque ele não conseguiria. Ele falou que não conseguia. Pedi a ele o relatório prescrevendo que ele estava negando atendimento porque se não depois ele ia negar. Eu falei com ele que se fosse no consultório particular, ele teria atendido” disse a mãe.
Ainda de acordo com o relato de Andréia, esta é a primeira vez que passa por uma situação como essa desde o nascimento de sua filha. “É a primeira vez que isso acontece. Eu procurei atendimento pelo SUS porque não estou em condições financeiras de pagar. Sempre atenderam ela bem, ela tem um amor incrível pelo casal de dentistas que atende ela, eu só não levei neles porque agora infelizmente eu não estou em condições de pagar.”
Questionada sobre o que sentiu no momento, Andréia caiu no choro e, bastante emocionada, ressaltou que nunca se sentiu assim nos 23 anos que cuida da filha. “Na hora para mim meu chão desabou, meu mundo caiu, foi muito triste. As pessoas lá me consolaram, a secretária dele é uma pessoa maravilhosa, ela me consolou. Mas você viver isso, são 23 anos sabe, o amor que uma mãe sente é inexplicável, ainda mais quando ela é especial e você está ali a 23 anos cuidando. Eu sou os braços, sou as pernas, sou o corpo, eu sou tudo dela. E eu não deixo, por ela ser tetraplégica, muitas pessoas vê ela e a trata como criança, mas ela não tem problema mental. Ela fica na internet, ela acompanha as redes sociais sabe, ela tem a mentalidade normal, ela vota, é apta a responder por ela. Então eu poucas vezes eu senti um sentimento tão grande” disse Andréia, aos prantos, ao repórter do JP Agora.
Andréia registrou uma ocorrência narrando o acontecido e disse que vai procurar seus direitos para que o dentista não fique impune. “Eu não quero que ele fique impune dessa. A Dra. Dani que atende lá é uma pessoa incrível, ela atende a Andreza com o maior amor do mundo. Eu vou levar isso à frente para ele não fazer isso novamente, para outra mãe não sentir a dor que eu estou sentindo nesse momento. E ela sente isso também” finalizou.
O JP Agora teve acesso ao documento entregue pelo Dr. Luiz Carlos Alvares à Andréia. No atestado, ele assume que não atenderia Andreza por conta de suas necessidades especiais.
A ocorrência foi registrada. O JP Agora seguirá acompanhando o caso e deixa o espaço do site aberto ao Dr. Luiz Carlos caso ele queira se manifestar. O JP Agora tentou contato com o Secretário de Saúde de João Pinheiro, mas as ligações não foram atendidas.
A manhã desta quinta-feira, 17 de fevereiro, foi marcada por uma situação que deixou mãe e filha com sentimentos de humilhação e discriminação no PSF do Bairro Santa Cruz. O dentista Luiz Carlos Alvares recusou atender a pinheirense Andreza, de 23 anos, por conta de sua deficiência física. O JP Agora entrevistou, com exclusividade, a mãe da jovem.
Ainda emocionada e se recuperando de tudo que viveu na manhã de hoje, Andréia, mãe de Andreza, contou à redação do site que chegou no PSF para a consulta odontológica com o Dr. Luiz Carlos marcada para às 09 horas pelo Sistema Único de Saúde. Assim que ela e a filha entraram no consultório, já puderam notar, segundo a versão delas, que o dentista não estava bem humorado.
Andreza é tetraplégica e possui limitações físicas, mas não possui nenhuma deficiência intelectual, segundo Andreia. Iniciado o atendimento, o dentista teria sugerido que o procedimento demandaria anestesia, mas a mãe foi contra porque Andreza deu uma parada na última vez que foi anestesiada.
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O dentista, então, começou os procedimentos sem anestesia. Andreza reclamou que estava sentindo dor e, neste momento, começaram os desentendimentos entre o dentista e a mãe da jovem.
“A princípio, ele já falou que o atendimento da Andreza teria que ser anestesiado e eu falei que não porque ela já foi anestesiada uma vez e deu uma parada. Disse que não tinha necessidade e ele começou o procedimento e ela começou a sentir uma dor. O Dr. Luiz seguiu falando que ela não estava sentindo a dor e eu pedi para ele fazer o anestésico. No que ele pegou o anestésico, como ela tem movimentos involuntários, ela não se controla, ela mexeu e ele simplesmente parou e falou que não era pra ele” disse Andréia ao repórter do JP Agora.
“Eu não atendo criança e nem deficiente.”
Segundo Andréia, o dentista, completamente sem paciência com sua filha Andreza, falou que ele não atendia crianças e nem deficientes. Perplexa com a situação, a mulher o questionou, apresentando a sua frustração para com aquela situação.
“Falei que ela não era criança e disse que os outros conseguiam, perguntei porque ele não conseguiria. Ele falou que não conseguia. Pedi a ele o relatório prescrevendo que ele estava negando atendimento porque se não depois ele ia negar. Eu falei com ele que se fosse no consultório particular, ele teria atendido” disse a mãe.
Ainda de acordo com o relato de Andréia, esta é a primeira vez que passa por uma situação como essa desde o nascimento de sua filha. “É a primeira vez que isso acontece. Eu procurei atendimento pelo SUS porque não estou em condições financeiras de pagar. Sempre atenderam ela bem, ela tem um amor incrível pelo casal de dentistas que atende ela, eu só não levei neles porque agora infelizmente eu não estou em condições de pagar.”
Questionada sobre o que sentiu no momento, Andréia caiu no choro e, bastante emocionada, ressaltou que nunca se sentiu assim nos 23 anos que cuida da filha. “Na hora para mim meu chão desabou, meu mundo caiu, foi muito triste. As pessoas lá me consolaram, a secretária dele é uma pessoa maravilhosa, ela me consolou. Mas você viver isso, são 23 anos sabe, o amor que uma mãe sente é inexplicável, ainda mais quando ela é especial e você está ali a 23 anos cuidando. Eu sou os braços, sou as pernas, sou o corpo, eu sou tudo dela. E eu não deixo, por ela ser tetraplégica, muitas pessoas vê ela e a trata como criança, mas ela não tem problema mental. Ela fica na internet, ela acompanha as redes sociais sabe, ela tem a mentalidade normal, ela vota, é apta a responder por ela. Então eu poucas vezes eu senti um sentimento tão grande” disse Andréia, aos prantos, ao repórter do JP Agora.
Andréia registrou uma ocorrência narrando o acontecido e disse que vai procurar seus direitos para que o dentista não fique impune. “Eu não quero que ele fique impune dessa. A Dra. Dani que atende lá é uma pessoa incrível, ela atende a Andreza com o maior amor do mundo. Eu vou levar isso à frente para ele não fazer isso novamente, para outra mãe não sentir a dor que eu estou sentindo nesse momento. E ela sente isso também” finalizou.
O JP Agora teve acesso ao documento entregue pelo Dr. Luiz Carlos Alvares à Andréia. No atestado, ele assume que não atenderia Andreza por conta de suas necessidades especiais.
A ocorrência foi registrada. O JP Agora seguirá acompanhando o caso e deixa o espaço do site aberto ao Dr. Luiz Carlos caso ele queira se manifestar. O JP Agora tentou contato com o Secretário de Saúde de João Pinheiro, mas as ligações não foram atendidas.
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