Já imaginou acordar de manhã e se deparar com uma oferenda na esquina da sua casa? Esse foi o susto que alguns moradores da Rua Carlos Coelho de Lima do Bairro Bougainville 3 tiveram ao encontrar dois despachos na manhã do último sábado (26).
Vários moradores da rua procuraram a redação do JP Agora para relatar o caso. Um deles disse à reportagem que saiu de manhã de sábado, 26 de fevereiro, para comprar remédios e viu a oferenda na esquina.
“Eu não sabia que em pleno século 21 o povo fazia macumba não, eu saindo aqui olha que desgrameira que tá nessa rua que chega na minha casa”, relatou o morador que não quis se identificar.
Outra moradora que também não quis se identificar disse que presenciou o momento em que os despachos foram montados na rua por volta das 03 horas da madrugada com a participação de algumas pessoas.
O JP Agora procurou um espiritualista para entender mais sobre os itens encontrados no Bairro. Anderson Jacó explicou que não faz esse tipo de linhagem, mas detalhou o que poderia ser tais oferendas.
“Isso é um despacho feito para as entidades chamada Pomba Gira e nesse despacho eles estão pedindo algo e oferecendo uma oferenda para elas. Eu não mexo com essa linhagem porque é uma linhagem para o lado da esquerda, mas isso ai é uma coisa normal, que muita gente faz. São feitas, inclusive, para reatar namoro, casamento, essas coisas. Esse trabalho é feito mais ou menos para esse fim”, explicou Jacó.
Embora a oferenda fosse destinada às entidades, um morador do Bairro resolveu pegar as cartelas de cigarros das oferendas e gravou um vídeo, veja.
O JP Agora procurou também a opinião de um pastor da Igreja evangélica da Comunidade Cristã Crescer. O bispo Felipe pontuou que não se deve mexer ou tocar porque se trata da fé de uma pessoa.
“Quando se fala de trabalho de mancumba, de oferenda, de despacho, a primeira coisa que vem em mente é que isso é algo muito sério. Não se deve mexer porque ali está a fé de uma pessoa. É como alguém entrar em uma igreja evangélica e querer mexer nos artefatos da igreja, é algo errado e desrespeitoso.”
O Bispo Felipe disse, também, que pode ser perigoso mexer com o despacho sem o revestimento espiritual de Jesus Cristo.
“Acredite, sem revestimento espiritual, sem o revestimento de Deus, a pessoa corre um grande risco porque ela está entrando em um território do mal, um território perigoso, onde ela não tem experiência. Então o conselho que eu dou como Pastor, como Profeta de Deus é: jamais, em hipótese nenhuma, mexa com isso, a não ser que você tenha certeza do que está fazendo, porque isso pode acabar sobrecarregando sua vida e as coisas podem se tornar bem piores com o passar do tempo”.
Por fim, o Bispo Felipe recomenda que todos tenham respeito pela religião do próximo.
“Possivelmente pode ser um trabalho feito para Pomba Gira, Preto Velho, então meu conselho é respeitar todas as religiões, respeitar a cultura Afro. É um direito, é uma forma de prestar culto, é a fé que eles tem, é a fé que eles exercem. Em um primeiro momento, as pessoas se assustam, as pessoas ficam sem saber o que está acontecendo, mas é uma maneira de prestar culto, é a liberdade de expressão que todas as pessoas tem”, finalizou.
E você, o que acha disso? Deixe sua opinião nos comentários.
Já imaginou acordar de manhã e se deparar com uma oferenda na esquina da sua casa? Esse foi o susto que alguns moradores da Rua Carlos Coelho de Lima do Bairro Bougainville 3 tiveram ao encontrar dois despachos na manhã do último sábado (26).
Vários moradores da rua procuraram a redação do JP Agora para relatar o caso. Um deles disse à reportagem que saiu de manhã de sábado, 26 de fevereiro, para comprar remédios e viu a oferenda na esquina.
“Eu não sabia que em pleno século 21 o povo fazia macumba não, eu saindo aqui olha que desgrameira que tá nessa rua que chega na minha casa”, relatou o morador que não quis se identificar.
Outra moradora que também não quis se identificar disse que presenciou o momento em que os despachos foram montados na rua por volta das 03 horas da madrugada com a participação de algumas pessoas.
O JP Agora procurou um espiritualista para entender mais sobre os itens encontrados no Bairro. Anderson Jacó explicou que não faz esse tipo de linhagem, mas detalhou o que poderia ser tais oferendas.
“Isso é um despacho feito para as entidades chamada Pomba Gira e nesse despacho eles estão pedindo algo e oferecendo uma oferenda para elas. Eu não mexo com essa linhagem porque é uma linhagem para o lado da esquerda, mas isso ai é uma coisa normal, que muita gente faz. São feitas, inclusive, para reatar namoro, casamento, essas coisas. Esse trabalho é feito mais ou menos para esse fim”, explicou Jacó.
Embora a oferenda fosse destinada às entidades, um morador do Bairro resolveu pegar as cartelas de cigarros das oferendas e gravou um vídeo, veja.
O JP Agora procurou também a opinião de um pastor da Igreja evangélica da Comunidade Cristã Crescer. O bispo Felipe pontuou que não se deve mexer ou tocar porque se trata da fé de uma pessoa.
“Quando se fala de trabalho de mancumba, de oferenda, de despacho, a primeira coisa que vem em mente é que isso é algo muito sério. Não se deve mexer porque ali está a fé de uma pessoa. É como alguém entrar em uma igreja evangélica e querer mexer nos artefatos da igreja, é algo errado e desrespeitoso.”
O Bispo Felipe disse, também, que pode ser perigoso mexer com o despacho sem o revestimento espiritual de Jesus Cristo.
“Acredite, sem revestimento espiritual, sem o revestimento de Deus, a pessoa corre um grande risco porque ela está entrando em um território do mal, um território perigoso, onde ela não tem experiência. Então o conselho que eu dou como Pastor, como Profeta de Deus é: jamais, em hipótese nenhuma, mexa com isso, a não ser que você tenha certeza do que está fazendo, porque isso pode acabar sobrecarregando sua vida e as coisas podem se tornar bem piores com o passar do tempo”.
Por fim, o Bispo Felipe recomenda que todos tenham respeito pela religião do próximo.
“Possivelmente pode ser um trabalho feito para Pomba Gira, Preto Velho, então meu conselho é respeitar todas as religiões, respeitar a cultura Afro. É um direito, é uma forma de prestar culto, é a fé que eles tem, é a fé que eles exercem. Em um primeiro momento, as pessoas se assustam, as pessoas ficam sem saber o que está acontecendo, mas é uma maneira de prestar culto, é a liberdade de expressão que todas as pessoas tem”, finalizou.
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