A última reunião da Câmara Municipal de João Pinheiro foi marcada pelo discurso do relojoeiro Paulo Xavier, que se fez presente na sessão legislativa para se opor ao projeto de lei apresentado pelo vereador Cabo Vieira que proíbe a alimentação de pombos na cidade. Bastante revoltado, Paulo apresentou os mesmos argumentos que viraram notícia no JP Agora recentemente. Em contrapartida, o autor do projeto de lei também se manifestou e, ao final, o projeto não foi votado pois o edil Luizinho da Ambulância pediu vista do projeto, sendo o pedido aprovado por 9 votos a 2. Apenas o autor do projeto Cabo Vieira e o vereador Marcelo das Lages se opuseram ao pedido de vista.
Paulo se apresentou na tribuna como representante dos “pombinhos”, como ele chama os pombos que alimenta diariamente na praça seu comércio, localizado ao lado da Escola Estadual Presidente Olegário. Para o relojoeiro, o projeto quer matar as aves de fome. Para endossar o seu ponto de vista, o pinheirense relembrou as passagens bíblicas do pombo.
“Entraram com o projeto de lei para me impedir de tratar dos bichinhos, eles não tem dinheiro para comprar comida, eles não tem boca para pedir, não tem advogado para defendê-los. Eu vim aqui falar por eles. Esse projeto quer apenas matar eles de fome. Eles são tão urbanos quanto cada um de vocês aqui, foram domesticados tantos anos que tem três passagens deles, duas em Noé, uma quando o Messias chega na casa de Deus, quando Pilatos colocou todos os empresários para cobrar os impostos. Na quarta passagem quando nosso mestre foi batizado por João Batista. É o símbolo da ONU, que hoje é chamado pelo projeto de rato de asas. Eu acho um absurdo chamar um símbolo nossas escrituras de rato de asas” disse Paulo Xavier na tribuna da Câmara Municipal de João Pinheiro.
O pinheirense seguiu dizendo que, caso o projeto seja aprovado, aí sim é que a cidade de João Pinheiro vai ver “pombinhos” doentes nas ruas. Ele relembrou, assim como fez na entrevista concedida ao JP Agora, que dá remédios às aves de dois em dois meses. O que mais chamou a atenção foi sua postura em comparar as doenças transmitidas pelos pombos, cientificamente comprovadas, com eventuais doenças transmitidas por seres humanos.
“Pessoas que tem fobia a vírus, bactéria e fungo, nosso planeta é composto de vírus fungos e bactérias. Essas pessoas é que tem que pegar uma nave e sair do planeta, não tem como fugir. Por que tanto ódio contra bichinho? Como a pessoa pode ter tanto ódio de um bichinho inofensivo? Ah mas dá doença. Qual de vocês aqui que não dá doença? Levanta a mão quem não dá doença, qual de vocês não pode transmitir doença para o próximo? Quantos aqui não carregam fungos, bactérias, vírus e nem sabe? É um absurdo. Hoje eu cuido deles, amanhã eu vou cuidando e outro cuida porque se não cuidar, aí adoece” disse Paulo.
O relojoeiro ressaltou, ainda, que os pombos não vão voltar para o habitat natural porque são urbanos e já estão acostumados com o ambiente da cidade. Ele relembrou que, antes de começar a dar comida às aves, os “pombinhos” quase entravam dentro dos trailers em busca de comida, o que não acontece mais por conta da alimentação que ele dá diariamente.
Ainda em defesa dos pombos e das atitudes de Paulo Xavier, Jair do Couto também esteve presente na reunião para se opor ao projeto. Em tom de crítica, ele disse que a cidade tem assuntos mais importantes para tratar e se solidarizou com o relojoeiro que vem tratando dos “pombinhos” sem pedir nada em troca.
Pesquisas científicas e ações de outras cidades foram citadas por Cabo Vieira
Paulo Xavier chegou a comparar o tratamento que dispensa aos “pombinhos” ao que fazendeiros fazem em suas fazendas, alimentando galinhas, porcos, gado, etc. Infelizmente, o que aparenta é que ele ainda não percebeu que a praça não é o seu quintal e o seu interesse individual em alimentar os pombos não deve prevalecer sobre o interesse coletivo, o qual está ameaçado em razão das inúmeras doenças que as aves podem transmitir, o que já foi comprovado cientificamente por centenas de pesquisas.
Cabo Vieira pediu a palavra e destacou justamente o princípio da supremacia do interesse público para refutar as alegações de Paulo, tentando convencer os demais vereadores pela necessidade do projeto de lei de sua autoria que visa proibir a alimentação dos pombos. O vereador destacou que prefere não se acovardar e dormir tranquilo sabendo que se posicionou a favor da saúde da população pinheirense, principalmente das crianças que estudam no Presidente Olegário.
“Eu prefiro não me acovardar, mesmo que o projeto seja rejeitado, cada um com a sua opinião, mas eu vou estar de consciência tranquila diante da população de João Pinheiro que eu fiz aquilo que, com embasamento científico, é o que eu achava que era o certo” pontuou.
Vieira ressaltou, ainda, que os garis são os que mais sofrem com esta situação e chegou a desafiar os demais vereadores a procurarem um deles para saber se estão satisfeitos com a sujeira encontrada nas praças de João Pinheiro diariamente. Por fim, o edil pontuou que não tem nada contra qualquer tipo de animal.
“Não tenho nada contra animal nenhum, principalmente contra os pombos. São animais bonitos, mas na verdade realmente trazem sim todos aqueles problemas. Interesse individual jamais deve ser acima do coletivo” finalizou.
Depois dos discursos, o vereador Luizinho da Ambulância pediu vista do projeto de lei, o edil tem até 30 dias para analisar o projeto que posteriormente será novamente coloca em pauta. O JP Agora esteve na sessão e questionou o vereador sobre o motivo da vista, mas ele preferiu não se pronunciar.
A última reunião da Câmara Municipal de João Pinheiro foi marcada pelo discurso do relojoeiro Paulo Xavier, que se fez presente na sessão legislativa para se opor ao projeto de lei apresentado pelo vereador Cabo Vieira que proíbe a alimentação de pombos na cidade. Bastante revoltado, Paulo apresentou os mesmos argumentos que viraram notícia no JP Agora recentemente. Em contrapartida, o autor do projeto de lei também se manifestou e, ao final, o projeto não foi votado pois o edil Luizinho da Ambulância pediu vista do projeto, sendo o pedido aprovado por 9 votos a 2. Apenas o autor do projeto Cabo Vieira e o vereador Marcelo das Lages se opuseram ao pedido de vista.
Paulo se apresentou na tribuna como representante dos “pombinhos”, como ele chama os pombos que alimenta diariamente na praça seu comércio, localizado ao lado da Escola Estadual Presidente Olegário. Para o relojoeiro, o projeto quer matar as aves de fome. Para endossar o seu ponto de vista, o pinheirense relembrou as passagens bíblicas do pombo.
“Entraram com o projeto de lei para me impedir de tratar dos bichinhos, eles não tem dinheiro para comprar comida, eles não tem boca para pedir, não tem advogado para defendê-los. Eu vim aqui falar por eles. Esse projeto quer apenas matar eles de fome. Eles são tão urbanos quanto cada um de vocês aqui, foram domesticados tantos anos que tem três passagens deles, duas em Noé, uma quando o Messias chega na casa de Deus, quando Pilatos colocou todos os empresários para cobrar os impostos. Na quarta passagem quando nosso mestre foi batizado por João Batista. É o símbolo da ONU, que hoje é chamado pelo projeto de rato de asas. Eu acho um absurdo chamar um símbolo nossas escrituras de rato de asas” disse Paulo Xavier na tribuna da Câmara Municipal de João Pinheiro.
O pinheirense seguiu dizendo que, caso o projeto seja aprovado, aí sim é que a cidade de João Pinheiro vai ver “pombinhos” doentes nas ruas. Ele relembrou, assim como fez na entrevista concedida ao JP Agora, que dá remédios às aves de dois em dois meses. O que mais chamou a atenção foi sua postura em comparar as doenças transmitidas pelos pombos, cientificamente comprovadas, com eventuais doenças transmitidas por seres humanos.
“Pessoas que tem fobia a vírus, bactéria e fungo, nosso planeta é composto de vírus fungos e bactérias. Essas pessoas é que tem que pegar uma nave e sair do planeta, não tem como fugir. Por que tanto ódio contra bichinho? Como a pessoa pode ter tanto ódio de um bichinho inofensivo? Ah mas dá doença. Qual de vocês aqui que não dá doença? Levanta a mão quem não dá doença, qual de vocês não pode transmitir doença para o próximo? Quantos aqui não carregam fungos, bactérias, vírus e nem sabe? É um absurdo. Hoje eu cuido deles, amanhã eu vou cuidando e outro cuida porque se não cuidar, aí adoece” disse Paulo.
O relojoeiro ressaltou, ainda, que os pombos não vão voltar para o habitat natural porque são urbanos e já estão acostumados com o ambiente da cidade. Ele relembrou que, antes de começar a dar comida às aves, os “pombinhos” quase entravam dentro dos trailers em busca de comida, o que não acontece mais por conta da alimentação que ele dá diariamente.
Ainda em defesa dos pombos e das atitudes de Paulo Xavier, Jair do Couto também esteve presente na reunião para se opor ao projeto. Em tom de crítica, ele disse que a cidade tem assuntos mais importantes para tratar e se solidarizou com o relojoeiro que vem tratando dos “pombinhos” sem pedir nada em troca.
Pesquisas científicas e ações de outras cidades foram citadas por Cabo Vieira
Paulo Xavier chegou a comparar o tratamento que dispensa aos “pombinhos” ao que fazendeiros fazem em suas fazendas, alimentando galinhas, porcos, gado, etc. Infelizmente, o que aparenta é que ele ainda não percebeu que a praça não é o seu quintal e o seu interesse individual em alimentar os pombos não deve prevalecer sobre o interesse coletivo, o qual está ameaçado em razão das inúmeras doenças que as aves podem transmitir, o que já foi comprovado cientificamente por centenas de pesquisas.
Cabo Vieira pediu a palavra e destacou justamente o princípio da supremacia do interesse público para refutar as alegações de Paulo, tentando convencer os demais vereadores pela necessidade do projeto de lei de sua autoria que visa proibir a alimentação dos pombos. O vereador destacou que prefere não se acovardar e dormir tranquilo sabendo que se posicionou a favor da saúde da população pinheirense, principalmente das crianças que estudam no Presidente Olegário.
“Eu prefiro não me acovardar, mesmo que o projeto seja rejeitado, cada um com a sua opinião, mas eu vou estar de consciência tranquila diante da população de João Pinheiro que eu fiz aquilo que, com embasamento científico, é o que eu achava que era o certo” pontuou.
Vieira ressaltou, ainda, que os garis são os que mais sofrem com esta situação e chegou a desafiar os demais vereadores a procurarem um deles para saber se estão satisfeitos com a sujeira encontrada nas praças de João Pinheiro diariamente. Por fim, o edil pontuou que não tem nada contra qualquer tipo de animal.
“Não tenho nada contra animal nenhum, principalmente contra os pombos. São animais bonitos, mas na verdade realmente trazem sim todos aqueles problemas. Interesse individual jamais deve ser acima do coletivo” finalizou.
Depois dos discursos, o vereador Luizinho da Ambulância pediu vista do projeto de lei, o edil tem até 30 dias para analisar o projeto que posteriormente será novamente coloca em pauta. O JP Agora esteve na sessão e questionou o vereador sobre o motivo da vista, mas ele preferiu não se pronunciar.
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