Uma abordagem da Polícia Militar que levou um homem de 33 anos à prisão por porte ilegal de arma de fogo virou notícia no JP Agora no último fim de semana por conta da suposta tentativa de interferência de familiares do suspeito no ato da prisão. Depois que o site divulgou a reportagem, a família de Renato Aparecido dos Santos procurou a redação para controverter a versão publicada. Para Geralda Ferreira Santos, 66 anos, houve excesso por parte dos militares. Entenda.
Tudo aconteceu na noite do último sábado (24). Uma guarnição da Polícia Militar se deslocou até o Bar da Geralda depois que a central recebeu uma denúncia anônima apontando que havia um indivíduo armado no local. Quando chegaram, Renato Aparecido dos Santos, 33 anos, tentou fugir, mas foi preso logo em seguida. A arma de fogo que ele portava também foi encontrada. Depois da prisão, segundo noticiado pelo JP Agora, iniciou-se uma confusão e os policiais usaram spray de pimenta contra os moradores.
Ainda no sábado (24), familiares de Renato procuraram a redação do JP Agora para esclarecerem o ocorrido. Então, na manhã desta terça-feira, 27 de julho, a equipe de reportagem do site foi até o local e ouviu a versão da mãe do suspeito. Geralda Ferreira Santos, de 66 anos, é a proprietária do bar. Ela confirmou que o filho estava armado e não se colocou contra a prisão em si, mas mostrou-se bastante revoltada como a forma que os policiais trataram todos no local.
Geralda negou que ela ou qualquer outra pessoa que estava no local tenha tentado interferir ou tentado impedir que Renato fosse levado pelos policiais. A idosa contou que apenas pediu para que o filho não fosse arrastado. Apesar de saber que Renato estava armado, ela disse que não sabia onde a arma estava e, assim que os policiais encontraram o revólver, partiram para cima dela proferindo xingamentos, quando então a confusão se iniciou.
“Um policial entrou correndo e apontou para o meu filho e disse ‘é você vagabundo’. Ele entrou para dentro correndo. Ele estava com a arma mesmo, não vou mentir. Ele estava com a arma, entrou para dentro e jogou a arma no meu quarto. Eu não tinha visto que ele estava com a arma na cintura e que tinha jogado a arma no meu quarto. Ai nisso, eles já pegaram, algemaram ele. Pedia que eles não judiassem do meu filho e dizia que ele não era vagabundo. Depois que acharam a arma, falaram comigo na maior falta de educação ‘o que que ele jogou aqui?’. Aí eu respondi que não sabia, até porque eu não sabia que ele estava com revólver na cintura. Quando eles abriram meu quarto, entraram para dentro e acharam a arma. O PM virou para mim e falou ‘não jogou nada não né sua desgraçada, desgraça ruim’ dentro da minha cozinha. Bateram na cara do meu filho, xingaram ele todo. Vagabundo, safado” relatou a mãe de Renato ao repórter do JP Agora.
Geralda reclamou da postura dos policiais desde o início da abordagem. Depois de rendido e algemado, Renato foi arrastado até o camburão sob xingamentos e sem resistir à prisão, segundo a versão apresentada pela mãe para o repórter do JP Agora. “A única coisa que ele falou com os policiais foi perguntar o que ele tinha feito para eles e porque estavam tratando-o daquela forma.”
Depois que Renato já estava no camburão, Geralda pediu para que uma de suas netas retirasse o veículo da garagem para que ela acompanhasse o filho, mas os policiais tentaram impedir e usaram o spray de pimenta, que supostamente teria acertado uma criança de 3 anos, segundo a versão apresentada pela mulher.
“Meu filho ainda disse que estava pronto para ir. Deram um canga leitão nele dentro do camburão. Falei que ia atrás e ele jogou spray de pimenta. Nessa hora já tinha jogado a minha neta aqui, toda machucada. Aí ela pegou e saiu me arrastando e comecei a desmaiar vendo meu filho no camburão. Foram com ele para Paracatu e de lá levaram para Unaí” contou a idosa sobre o momento em que os policiais usaram spray de pimenta.
Suspeito estava recebendo ameaças
No momento da prisão, Renato afirmou para os policiais que estava armado porque era alvo de ameaças. A versão foi confirmada por Geralda, que contou que tinha um homem ameaçando o seu filho mais novo. Ela ainda disse que sabia que o filho andava com uma arma para se proteger. Mesmo assim, no momento da abordagem, a idosa afirmou que não sabia que ele estava com o revólver na cintura.
Por fim, Geralda contou que seu bar é frequentado por amigos e familiares e que nunca teve problemas com a polícia no estabelecimento. Afirmou, ainda, que haviam várias crianças no local quando tudo aconteceu e que uma delas precisou ser levada até o hospital por conta do spray de pimenta. Ela disse que também precisou de atendimento, mas não quis se deslocar até a UPA porque supostamente não teria direito a nada.
“Tinha seis crianças. De dois anos, seis anos, oito anos, três anos, levaram no hospital por conta do spray de pimenta. Chorava muito reclamando que o olho estava doendo. Eu não quis ir na UPA. Pra que, depois eu chego lá eles falam que não foi a polícia. Eles são combinados um com os outros, pobre em João PInheiro não tem direito a nada. Sou honesta, trabalho com honestidade. Depois que não dei conta de trabalhar para os outros, eu faço aqui meus churrasquinhos. Nunca foi preciso uma polícia vir aqui. Nunca deixei mexer com uma droga aqui. Agiram com muita violência. Não gosto nem de lembrar o jeito como fui tratada. Não fico revoltada por terem prendido meu filho, fico revoltada como fomos tratados. Não encostei a mão em ninguém. Não xinguei ninguém. Só falei com eles para não baterem no meu filho” pontuou a idosa.
O JP Agora reafirma seu compromisso com a verdade e esclarece a seus leitores que a primeira versão veiculada no site corresponde àquilo divulgado pela própria Polícia Militar e apurado preliminarmente pelos repórteres no dia dos fatos. A equipe de reportagem continuará acompanhando o caso.
Uma abordagem da Polícia Militar que levou um homem de 33 anos à prisão por porte ilegal de arma de fogo virou notícia no JP Agora no último fim de semana por conta da suposta tentativa de interferência de familiares do suspeito no ato da prisão. Depois que o site divulgou a reportagem, a família de Renato Aparecido dos Santos procurou a redação para controverter a versão publicada. Para Geralda Ferreira Santos, 66 anos, houve excesso por parte dos militares. Entenda.
Tudo aconteceu na noite do último sábado (24). Uma guarnição da Polícia Militar se deslocou até o Bar da Geralda depois que a central recebeu uma denúncia anônima apontando que havia um indivíduo armado no local. Quando chegaram, Renato Aparecido dos Santos, 33 anos, tentou fugir, mas foi preso logo em seguida. A arma de fogo que ele portava também foi encontrada. Depois da prisão, segundo noticiado pelo JP Agora, iniciou-se uma confusão e os policiais usaram spray de pimenta contra os moradores.
Ainda no sábado (24), familiares de Renato procuraram a redação do JP Agora para esclarecerem o ocorrido. Então, na manhã desta terça-feira, 27 de julho, a equipe de reportagem do site foi até o local e ouviu a versão da mãe do suspeito. Geralda Ferreira Santos, de 66 anos, é a proprietária do bar. Ela confirmou que o filho estava armado e não se colocou contra a prisão em si, mas mostrou-se bastante revoltada como a forma que os policiais trataram todos no local.
Geralda negou que ela ou qualquer outra pessoa que estava no local tenha tentado interferir ou tentado impedir que Renato fosse levado pelos policiais. A idosa contou que apenas pediu para que o filho não fosse arrastado. Apesar de saber que Renato estava armado, ela disse que não sabia onde a arma estava e, assim que os policiais encontraram o revólver, partiram para cima dela proferindo xingamentos, quando então a confusão se iniciou.
“Um policial entrou correndo e apontou para o meu filho e disse ‘é você vagabundo’. Ele entrou para dentro correndo. Ele estava com a arma mesmo, não vou mentir. Ele estava com a arma, entrou para dentro e jogou a arma no meu quarto. Eu não tinha visto que ele estava com a arma na cintura e que tinha jogado a arma no meu quarto. Ai nisso, eles já pegaram, algemaram ele. Pedia que eles não judiassem do meu filho e dizia que ele não era vagabundo. Depois que acharam a arma, falaram comigo na maior falta de educação ‘o que que ele jogou aqui?’. Aí eu respondi que não sabia, até porque eu não sabia que ele estava com revólver na cintura. Quando eles abriram meu quarto, entraram para dentro e acharam a arma. O PM virou para mim e falou ‘não jogou nada não né sua desgraçada, desgraça ruim’ dentro da minha cozinha. Bateram na cara do meu filho, xingaram ele todo. Vagabundo, safado” relatou a mãe de Renato ao repórter do JP Agora.
Geralda reclamou da postura dos policiais desde o início da abordagem. Depois de rendido e algemado, Renato foi arrastado até o camburão sob xingamentos e sem resistir à prisão, segundo a versão apresentada pela mãe para o repórter do JP Agora. “A única coisa que ele falou com os policiais foi perguntar o que ele tinha feito para eles e porque estavam tratando-o daquela forma.”
Depois que Renato já estava no camburão, Geralda pediu para que uma de suas netas retirasse o veículo da garagem para que ela acompanhasse o filho, mas os policiais tentaram impedir e usaram o spray de pimenta, que supostamente teria acertado uma criança de 3 anos, segundo a versão apresentada pela mulher.
“Meu filho ainda disse que estava pronto para ir. Deram um canga leitão nele dentro do camburão. Falei que ia atrás e ele jogou spray de pimenta. Nessa hora já tinha jogado a minha neta aqui, toda machucada. Aí ela pegou e saiu me arrastando e comecei a desmaiar vendo meu filho no camburão. Foram com ele para Paracatu e de lá levaram para Unaí” contou a idosa sobre o momento em que os policiais usaram spray de pimenta.
Suspeito estava recebendo ameaças
No momento da prisão, Renato afirmou para os policiais que estava armado porque era alvo de ameaças. A versão foi confirmada por Geralda, que contou que tinha um homem ameaçando o seu filho mais novo. Ela ainda disse que sabia que o filho andava com uma arma para se proteger. Mesmo assim, no momento da abordagem, a idosa afirmou que não sabia que ele estava com o revólver na cintura.
Por fim, Geralda contou que seu bar é frequentado por amigos e familiares e que nunca teve problemas com a polícia no estabelecimento. Afirmou, ainda, que haviam várias crianças no local quando tudo aconteceu e que uma delas precisou ser levada até o hospital por conta do spray de pimenta. Ela disse que também precisou de atendimento, mas não quis se deslocar até a UPA porque supostamente não teria direito a nada.
“Tinha seis crianças. De dois anos, seis anos, oito anos, três anos, levaram no hospital por conta do spray de pimenta. Chorava muito reclamando que o olho estava doendo. Eu não quis ir na UPA. Pra que, depois eu chego lá eles falam que não foi a polícia. Eles são combinados um com os outros, pobre em João PInheiro não tem direito a nada. Sou honesta, trabalho com honestidade. Depois que não dei conta de trabalhar para os outros, eu faço aqui meus churrasquinhos. Nunca foi preciso uma polícia vir aqui. Nunca deixei mexer com uma droga aqui. Agiram com muita violência. Não gosto nem de lembrar o jeito como fui tratada. Não fico revoltada por terem prendido meu filho, fico revoltada como fomos tratados. Não encostei a mão em ninguém. Não xinguei ninguém. Só falei com eles para não baterem no meu filho” pontuou a idosa.
O JP Agora reafirma seu compromisso com a verdade e esclarece a seus leitores que a primeira versão veiculada no site corresponde àquilo divulgado pela própria Polícia Militar e apurado preliminarmente pelos repórteres no dia dos fatos. A equipe de reportagem continuará acompanhando o caso.
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