Os eleitores brasileiros vão às urnas no domingo em uma eleição tensa para escolher entre reeleger o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro ou devolver o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo.
A corrida apertada oferece uma segunda chance para ambos os candidatos.
Bolsonaro prometeu consolidar uma acentuada virada conservadora na política brasileira após uma presidência marcada pela pandemia. Lula promete mais responsabilidade social e ambiental, lembrando a prosperidade crescente de sua presidência de 2003-2010, antes de escândalos de corrupção mancharem seu Partido dos Trabalhadores.
Cerca de 120 milhões de eleitores devem colocar suas escolhas em urnas eletrônicas que Bolsonaro criticou sem provas como propensas a fraudes, levantando a preocupação de que ele não admita a derrota, seguindo o exemplo do aliado ideológico, o ex-presidente dos EUA Donald Trump.
Isso aumentou as tensões na eleição mais polarizadora do Brasil desde o retorno da democracia em 1985, após uma ditadura militar contra a qual Lula, ex-líder sindical, se uniu e Bolsonaro, ex-capitão do Exército, invoca com nostalgia.
Várias pesquisas mostraram a corrida entre eles apertando na última semana, com Bolsonaro corroendo uma ligeira vantagem para Lula. Outros mostram uma pequena, mas constante vantagem para Lula.
Bolsonaro superou as pesquisas de opinião no primeiro turno da votação em 2 de outubro entre um campo de 11 candidatos. Pesquisadores disseram que recalibraram seus métodos com base nesse resultado, mas a maioria dos analistas ainda diz que o segundo turno de domingo pode ser de qualquer maneira.
Uma vitória de Lula marcaria um retorno impressionante para o líder de esquerda, que foi preso em 2018 por 19 meses por acusações de suborno que o Supremo Tribunal revogou no ano passado, abrindo caminho para que ele buscasse um terceiro mandato presidencial.
Lula prometeu um retorno ao crescimento econômico impulsionado pelo Estado e às políticas sociais que ajudaram a tirar milhões da pobreza durante um boom de commodities quando ele governou o Brasil pela primeira vez. Ele também promete combater a destruição da floresta amazônica, agora em alta de 15 anos, e tornar o Brasil um líder nas negociações climáticas globais.
Um segundo mandato para Bolsonaro manteria o Brasil em um caminho de reformas de livre mercado e proteções ambientais mais frouxas, ao mesmo tempo em que consolidaria uma coalizão de partidos de direita e poderosos interesses agrícolas, que financiou sua campanha.
PREOCUPAÇÕES PÓS-ELEITORES
As autoridades eleitorais do Brasil estão se preparando para um resultado estreito, que Bolsonaro pode contestar se perder.
O presidente passou mais de um ano questionando a confiabilidade do sistema de votação eletrônica do Brasil. Embora não haja evidências de fraude desde que foi implementada em 1996, muitos dos apoiadores de Bolsonaro agora duvidam da credibilidade das eleições do país.
A crescente onda de violência política neste ano, pontuada nas últimas semanas por confrontos armados envolvendo aliados de destaque de Bolsonaro, aumentou os temores de que o resultado eleitoral contestado possa desencadear distúrbios.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liderado por ministros da Suprema Corte, elaborou um plano de segurança para proteger seus funcionários e prédios em caso de manifestações como o ataque de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA.
Os aliados de Bolsonaro estão organizando uma “Festa da Vitória” na esplanada central de Brasília no domingo durante a contagem dos votos.
O presidente também pediu aos apoiadores que fiquem nas urnas até que elas fechem às 17h (2000 GMT) de domingo, o que os críticos dizem que pode intimidar os eleitores e levar a confrontos.
Lula, que nasceu na pobreza e liderou greves sindicais contra o governo militar do Brasil antes de fundar o Partido dos Trabalhadores na década de 1980, convocou os eleitores a defender a democracia brasileira do “neofascismo” de Bolsonaro.
Aumentando o clima de incerteza, Bolsonaro pressionou os militares a endossar publicamente sua teoria de que o sistema de votação é vulnerável a fraudes.
As forças armadas verificaram algumas máquinas de votação durante o primeiro turno para ter certeza de que os recibos em papel estavam alinhados com os resultados transmitidos digitalmente, mas não relataram suas descobertas.
Generais aposentados do Exército disseram à Reuters que confiam que as Forças Armadas não apoiarão nenhuma medida inconstitucional de Bolsonaro.
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Os eleitores brasileiros vão às urnas no domingo em uma eleição tensa para escolher entre reeleger o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro ou devolver o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo.
A corrida apertada oferece uma segunda chance para ambos os candidatos.
Bolsonaro prometeu consolidar uma acentuada virada conservadora na política brasileira após uma presidência marcada pela pandemia. Lula promete mais responsabilidade social e ambiental, lembrando a prosperidade crescente de sua presidência de 2003-2010, antes de escândalos de corrupção mancharem seu Partido dos Trabalhadores.
Cerca de 120 milhões de eleitores devem colocar suas escolhas em urnas eletrônicas que Bolsonaro criticou sem provas como propensas a fraudes, levantando a preocupação de que ele não admita a derrota, seguindo o exemplo do aliado ideológico, o ex-presidente dos EUA Donald Trump.
Isso aumentou as tensões na eleição mais polarizadora do Brasil desde o retorno da democracia em 1985, após uma ditadura militar contra a qual Lula, ex-líder sindical, se uniu e Bolsonaro, ex-capitão do Exército, invoca com nostalgia.
Várias pesquisas mostraram a corrida entre eles apertando na última semana, com Bolsonaro corroendo uma ligeira vantagem para Lula. Outros mostram uma pequena, mas constante vantagem para Lula.
Bolsonaro superou as pesquisas de opinião no primeiro turno da votação em 2 de outubro entre um campo de 11 candidatos. Pesquisadores disseram que recalibraram seus métodos com base nesse resultado, mas a maioria dos analistas ainda diz que o segundo turno de domingo pode ser de qualquer maneira.
Uma vitória de Lula marcaria um retorno impressionante para o líder de esquerda, que foi preso em 2018 por 19 meses por acusações de suborno que o Supremo Tribunal revogou no ano passado, abrindo caminho para que ele buscasse um terceiro mandato presidencial.
Lula prometeu um retorno ao crescimento econômico impulsionado pelo Estado e às políticas sociais que ajudaram a tirar milhões da pobreza durante um boom de commodities quando ele governou o Brasil pela primeira vez. Ele também promete combater a destruição da floresta amazônica, agora em alta de 15 anos, e tornar o Brasil um líder nas negociações climáticas globais.
Um segundo mandato para Bolsonaro manteria o Brasil em um caminho de reformas de livre mercado e proteções ambientais mais frouxas, ao mesmo tempo em que consolidaria uma coalizão de partidos de direita e poderosos interesses agrícolas, que financiou sua campanha.
PREOCUPAÇÕES PÓS-ELEITORES
As autoridades eleitorais do Brasil estão se preparando para um resultado estreito, que Bolsonaro pode contestar se perder.
O presidente passou mais de um ano questionando a confiabilidade do sistema de votação eletrônica do Brasil. Embora não haja evidências de fraude desde que foi implementada em 1996, muitos dos apoiadores de Bolsonaro agora duvidam da credibilidade das eleições do país.
A crescente onda de violência política neste ano, pontuada nas últimas semanas por confrontos armados envolvendo aliados de destaque de Bolsonaro, aumentou os temores de que o resultado eleitoral contestado possa desencadear distúrbios.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liderado por ministros da Suprema Corte, elaborou um plano de segurança para proteger seus funcionários e prédios em caso de manifestações como o ataque de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA.
Os aliados de Bolsonaro estão organizando uma “Festa da Vitória” na esplanada central de Brasília no domingo durante a contagem dos votos.
O presidente também pediu aos apoiadores que fiquem nas urnas até que elas fechem às 17h (2000 GMT) de domingo, o que os críticos dizem que pode intimidar os eleitores e levar a confrontos.
Lula, que nasceu na pobreza e liderou greves sindicais contra o governo militar do Brasil antes de fundar o Partido dos Trabalhadores na década de 1980, convocou os eleitores a defender a democracia brasileira do “neofascismo” de Bolsonaro.
Aumentando o clima de incerteza, Bolsonaro pressionou os militares a endossar publicamente sua teoria de que o sistema de votação é vulnerável a fraudes.
As forças armadas verificaram algumas máquinas de votação durante o primeiro turno para ter certeza de que os recibos em papel estavam alinhados com os resultados transmitidos digitalmente, mas não relataram suas descobertas.
Generais aposentados do Exército disseram à Reuters que confiam que as Forças Armadas não apoiarão nenhuma medida inconstitucional de Bolsonaro.
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