Por Mimosa Spencer
PARIS (Reuters) – As ações da Kering, dona da Gucci, subiram no início das negociações de sexta-feira após uma notícia de que a empresa francesa de artigos de luxo está em negociações avançadas para comprar a grife norte-americana Tom Ford.
As ações subiram 2,4% nas negociações da manhã, depois que o Wall Street Journal informou na quinta-feira que a empresa era a principal candidata a um acordo, com rivais como Estee Lauder.
A Kering tem sido o foco de especulações persistentes de fusões e aquisições, com o recente baixo desempenho de sua marca Gucci – que responde pela maior parte dos lucros do grupo – colocando-a sob escrutínio do mercado após anos de crescimento estelar.
“A lógica é convincente”, disse Piral Dadhania, da RBC, sobre tal acordo, citando o passado de Tom Ford como diretor criativo das marcas Kering Gucci e Yves Saint Laurent nos anos noventa e início dos anos 2000, bem como o alto posicionamento da marca.
Embora não seja “uma agulha” para a Kering no curto prazo, a empresa poderia se beneficiar do envolvimento da Ford em uma capacidade mais ampla, acrescentou o analista, que também observou que o grupo francês possui experiência complementar para desenvolver ainda mais a oferta da marca em moda feminina e artigos de couro.
Uma figura imponente na moda americana, o nativo do Texas é conhecido por definir uma das eras mais populares da Gucci antes de lançar sua própria marca. Ele começou com roupas masculinas, depois adicionando roupas femininas, produtos de beleza e óculos. A maior parte dos negócios da grife é feita por meio de licenças em beleza com a Estée Lauder e óculos com a Marcolin, segundo Exane BNP Paribas.
A Kering, que vem aumentando sua divisão de óculos, recentemente comprando a marca americana Maui Jim, também sinalizou interesse em expandir para a área de beleza.
As empresas europeias de artigos de luxo têm investido no mercado norte-americano, que ultrapassou a Europa no ano passado para se tornar o maior mercado de luxo do mundo, expandindo-se além de locais tradicionais de alto padrão, como Madison Avenue, para cidades como Detroit e San Antonio.
Os consumidores nos Estados Unidos estão mostrando um forte apetite por luxo e devem continuar impulsionando o mercado no próximo ano, especialmente devido à incerteza na China, onde políticas rígidas de COVID-19 continuam a interromper os negócios nesse mercado, segundo analistas da Jefferies.
Com poucos detalhes financeiros disponíveis no selo de Tom Ford, alguns analistas foram cautelosos.
“Nós não ficaríamos sobrecarregados” se a Kering comprasse a empresa, disseram analistas do Exane BNP Paribas, citando questões sobre o valor do patrimônio da marca a longo prazo, observando que os consumidores mais jovens não estavam familiarizados com os “dias de glória” do designer na Gucci.
O acordo não seria um divisor de águas para a Kering, acrescentaram, citando o preço potencial de US$ 3 bilhões, em comparação com a capitalização de mercado da Kering, que é de cerca de 60 bilhões de euros (US$ 59 bilhões).
(US$ 1 = 1,0220 euros)
(Reportagem de Mimosa Spencer Edição de Mark Potter)
Por Mimosa Spencer
PARIS (Reuters) – As ações da Kering, dona da Gucci, subiram no início das negociações de sexta-feira após uma notícia de que a empresa francesa de artigos de luxo está em negociações avançadas para comprar a grife norte-americana Tom Ford.
As ações subiram 2,4% nas negociações da manhã, depois que o Wall Street Journal informou na quinta-feira que a empresa era a principal candidata a um acordo, com rivais como Estee Lauder.
A Kering tem sido o foco de especulações persistentes de fusões e aquisições, com o recente baixo desempenho de sua marca Gucci – que responde pela maior parte dos lucros do grupo – colocando-a sob escrutínio do mercado após anos de crescimento estelar.
“A lógica é convincente”, disse Piral Dadhania, da RBC, sobre tal acordo, citando o passado de Tom Ford como diretor criativo das marcas Kering Gucci e Yves Saint Laurent nos anos noventa e início dos anos 2000, bem como o alto posicionamento da marca.
Embora não seja “uma agulha” para a Kering no curto prazo, a empresa poderia se beneficiar do envolvimento da Ford em uma capacidade mais ampla, acrescentou o analista, que também observou que o grupo francês possui experiência complementar para desenvolver ainda mais a oferta da marca em moda feminina e artigos de couro.
Uma figura imponente na moda americana, o nativo do Texas é conhecido por definir uma das eras mais populares da Gucci antes de lançar sua própria marca. Ele começou com roupas masculinas, depois adicionando roupas femininas, produtos de beleza e óculos. A maior parte dos negócios da grife é feita por meio de licenças em beleza com a Estée Lauder e óculos com a Marcolin, segundo Exane BNP Paribas.
A Kering, que vem aumentando sua divisão de óculos, recentemente comprando a marca americana Maui Jim, também sinalizou interesse em expandir para a área de beleza.
As empresas europeias de artigos de luxo têm investido no mercado norte-americano, que ultrapassou a Europa no ano passado para se tornar o maior mercado de luxo do mundo, expandindo-se além de locais tradicionais de alto padrão, como Madison Avenue, para cidades como Detroit e San Antonio.
Os consumidores nos Estados Unidos estão mostrando um forte apetite por luxo e devem continuar impulsionando o mercado no próximo ano, especialmente devido à incerteza na China, onde políticas rígidas de COVID-19 continuam a interromper os negócios nesse mercado, segundo analistas da Jefferies.
Com poucos detalhes financeiros disponíveis no selo de Tom Ford, alguns analistas foram cautelosos.
“Nós não ficaríamos sobrecarregados” se a Kering comprasse a empresa, disseram analistas do Exane BNP Paribas, citando questões sobre o valor do patrimônio da marca a longo prazo, observando que os consumidores mais jovens não estavam familiarizados com os “dias de glória” do designer na Gucci.
O acordo não seria um divisor de águas para a Kering, acrescentaram, citando o preço potencial de US$ 3 bilhões, em comparação com a capitalização de mercado da Kering, que é de cerca de 60 bilhões de euros (US$ 59 bilhões).
(US$ 1 = 1,0220 euros)
(Reportagem de Mimosa Spencer Edição de Mark Potter)
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