À medida que as negociações climáticas da ONU no Egito se aproximam da metade, os negociadores estão trabalhando duro para elaborar acordos sobre uma ampla gama de questões que apresentarão aos ministros na próxima semana, na esperança de obter um resultado substancial até o final.
A reunião de duas semanas em Sharm el-Sheikh começou com fortes apelos dos líderes mundiais por maiores esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e ajudar os países pobres a lidar com o aquecimento global.
Os cientistas dizem que a quantidade de gases de efeito estufa que estão sendo bombeados para a atmosfera precisa ser reduzida pela metade até 2030 para cumprir as metas do acordo climático de Paris. O pacto de 2015 estabeleceu uma meta de limitar idealmente o aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius (2,7 Fahrenheit) até o final do século, mas deixou para os países decidirem como querem fazê-lo.
Com os impactos das mudanças climáticas já sentidos em todo o mundo, particularmente pelos mais pobres do mundo, também houve uma pressão por ativistas e nações em desenvolvimento para que os poluidores ricos gastem mais dinheiro. Isso seria usado para ajudar os países em desenvolvimento a mudar para energia limpa e se adaptar ao aquecimento global; cada vez mais, também há pedidos de compensação para pagar as perdas relacionadas ao clima.
Aqui está uma olhada nas principais questões sobre a mesa nas negociações da COP27 e como elas podem ser refletidas em um acordo final.
MANTENDO A FRESCO
Os anfitriões das negociações do ano passado em Glasgow disseram que conseguiram “manter 1,5 vivo”, inclusive fazendo com que os países endossassem a meta no documento final. Mas o chefe da ONU, Antonio Guterres, alertou que a meta de temperatura está no suporte de vida “e as máquinas estão chacoalhando”. E os ativistas ficaram desapontados porque a agenda deste ano não cita explicitamente o limite após a reação de algumas das principais nações exportadoras de petróleo e gás. O presidente das negociações, o Egito, ainda pode convocar discussões para colocá-lo no acordo final.
EMISSÕES DE CORTE
Os negociadores estão tentando montar um programa de trabalho de mitigação que capture as várias medidas que os países se comprometeram a reduzir as emissões, inclusive para setores específicos, como energia e transporte. Muitas dessas promessas não fazem parte formalmente do processo da ONU, o que significa que não podem ser facilmente examinadas na reunião anual. Uma proposta de acordo que circulou no início do sábado tinha mais de 200 colchetes, o que significa que grandes seções ainda não foram resolvidas. Alguns países querem que o plano seja válido apenas por um ano, enquanto outros dizem que é necessário um roteiro de longo prazo. Espere fogos de artifício nos próximos dias.
EVITAR COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
A reunião do ano passado quase entrou em colapso devido a uma exigência de declarar explicitamente no acordo final que o carvão deveria ser eliminado gradualmente. No final, os países concordaram com várias brechas, e há preocupações entre os ativistas climáticos de que os negociadores de nações fortemente dependentes de combustíveis fósseis para suas necessidades energéticas ou como receita possam tentar reverter compromissos anteriores.
DINHEIRO IMPORTA
Os países ricos não cumpriram a promessa de mobilizar US$ 100 bilhões por ano até 2020 em financiamento climático para nações pobres. Isso abriu uma fenda de desconfiança que os negociadores esperam fechar com novas promessas. Mas as necessidades estão crescendo e uma nova meta mais alta precisa ser definida a partir de 2025.
COMPENSAÇÃO
O assunto da compensação climática já foi considerado um tabu, devido às preocupações dos países ricos de que eles pudessem estar no gancho por grandes somas. Mas a intensa pressão dos países em desenvolvimento forçou a questão das ‘perdas e danos’ à agenda formal das negociações pela primeira vez este ano. Ainda não se sabe se haverá um acordo para promover mais trabalho técnico ou a criação de um fundo real. Isso pode se tornar um ponto chave nas negociações.
MAIS DOADORES
Uma maneira de levantar dinheiro adicional e resolver a espinhosa questão do pagamento do poluidor seria intensificar os países que viram um boom econômico nas últimas três décadas. O foco está principalmente na China, o maior emissor do mundo, mas outros podem ser solicitados a abrir suas bolsas também. A ampliação da base de doadores não está formalmente na agenda, mas os países desenvolvidos querem garantias sobre isso nos textos finais.
RESTRIÇÕES DE CAIXA
Países como Grã-Bretanha e Alemanha querem que todos os fluxos financeiros se alinhem com as metas de longo prazo do acordo de Paris. Outras nações se opõem a tal regra, temendo que possam ter dinheiro retido se não cumprirem as metas estritas. Mas há rumores de que a questão pode obter um apoio mais amplo na próxima semana se ajudar a desbloquear outras áreas das negociações.
OFERTAS COLATERAIS
A reunião do ano passado viu uma série de acordos assinados que não faziam parte formalmente das negociações. Alguns também foram revelados no Egito, embora as esperanças de uma série de anúncios sobre as chamadas Parcerias de Transição Justa – onde os países desenvolvidos ajudam as nações mais pobres a se livrarem dos combustíveis fósseis – provavelmente não darão frutos até depois da COP27.
ESPERANÇA ATÉ O FIM
Jennifer Morgan, ex-chefe do Greenpeace que recentemente se tornou emissária climática da Alemanha, chamou as negociações deste ano de “desafiadoras”.
“Mas posso prometer que trabalharemos até o último segundo para garantir que possamos alcançar um resultado ambicioso e equitativo”, disse ela. “Estamos alcançando as estrelas, mantendo os pés no chão.”
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À medida que as negociações climáticas da ONU no Egito se aproximam da metade, os negociadores estão trabalhando duro para elaborar acordos sobre uma ampla gama de questões que apresentarão aos ministros na próxima semana, na esperança de obter um resultado substancial até o final.
A reunião de duas semanas em Sharm el-Sheikh começou com fortes apelos dos líderes mundiais por maiores esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e ajudar os países pobres a lidar com o aquecimento global.
Os cientistas dizem que a quantidade de gases de efeito estufa que estão sendo bombeados para a atmosfera precisa ser reduzida pela metade até 2030 para cumprir as metas do acordo climático de Paris. O pacto de 2015 estabeleceu uma meta de limitar idealmente o aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius (2,7 Fahrenheit) até o final do século, mas deixou para os países decidirem como querem fazê-lo.
Com os impactos das mudanças climáticas já sentidos em todo o mundo, particularmente pelos mais pobres do mundo, também houve uma pressão por ativistas e nações em desenvolvimento para que os poluidores ricos gastem mais dinheiro. Isso seria usado para ajudar os países em desenvolvimento a mudar para energia limpa e se adaptar ao aquecimento global; cada vez mais, também há pedidos de compensação para pagar as perdas relacionadas ao clima.
Aqui está uma olhada nas principais questões sobre a mesa nas negociações da COP27 e como elas podem ser refletidas em um acordo final.
MANTENDO A FRESCO
Os anfitriões das negociações do ano passado em Glasgow disseram que conseguiram “manter 1,5 vivo”, inclusive fazendo com que os países endossassem a meta no documento final. Mas o chefe da ONU, Antonio Guterres, alertou que a meta de temperatura está no suporte de vida “e as máquinas estão chacoalhando”. E os ativistas ficaram desapontados porque a agenda deste ano não cita explicitamente o limite após a reação de algumas das principais nações exportadoras de petróleo e gás. O presidente das negociações, o Egito, ainda pode convocar discussões para colocá-lo no acordo final.
EMISSÕES DE CORTE
Os negociadores estão tentando montar um programa de trabalho de mitigação que capture as várias medidas que os países se comprometeram a reduzir as emissões, inclusive para setores específicos, como energia e transporte. Muitas dessas promessas não fazem parte formalmente do processo da ONU, o que significa que não podem ser facilmente examinadas na reunião anual. Uma proposta de acordo que circulou no início do sábado tinha mais de 200 colchetes, o que significa que grandes seções ainda não foram resolvidas. Alguns países querem que o plano seja válido apenas por um ano, enquanto outros dizem que é necessário um roteiro de longo prazo. Espere fogos de artifício nos próximos dias.
EVITAR COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
A reunião do ano passado quase entrou em colapso devido a uma exigência de declarar explicitamente no acordo final que o carvão deveria ser eliminado gradualmente. No final, os países concordaram com várias brechas, e há preocupações entre os ativistas climáticos de que os negociadores de nações fortemente dependentes de combustíveis fósseis para suas necessidades energéticas ou como receita possam tentar reverter compromissos anteriores.
DINHEIRO IMPORTA
Os países ricos não cumpriram a promessa de mobilizar US$ 100 bilhões por ano até 2020 em financiamento climático para nações pobres. Isso abriu uma fenda de desconfiança que os negociadores esperam fechar com novas promessas. Mas as necessidades estão crescendo e uma nova meta mais alta precisa ser definida a partir de 2025.
COMPENSAÇÃO
O assunto da compensação climática já foi considerado um tabu, devido às preocupações dos países ricos de que eles pudessem estar no gancho por grandes somas. Mas a intensa pressão dos países em desenvolvimento forçou a questão das ‘perdas e danos’ à agenda formal das negociações pela primeira vez este ano. Ainda não se sabe se haverá um acordo para promover mais trabalho técnico ou a criação de um fundo real. Isso pode se tornar um ponto chave nas negociações.
MAIS DOADORES
Uma maneira de levantar dinheiro adicional e resolver a espinhosa questão do pagamento do poluidor seria intensificar os países que viram um boom econômico nas últimas três décadas. O foco está principalmente na China, o maior emissor do mundo, mas outros podem ser solicitados a abrir suas bolsas também. A ampliação da base de doadores não está formalmente na agenda, mas os países desenvolvidos querem garantias sobre isso nos textos finais.
RESTRIÇÕES DE CAIXA
Países como Grã-Bretanha e Alemanha querem que todos os fluxos financeiros se alinhem com as metas de longo prazo do acordo de Paris. Outras nações se opõem a tal regra, temendo que possam ter dinheiro retido se não cumprirem as metas estritas. Mas há rumores de que a questão pode obter um apoio mais amplo na próxima semana se ajudar a desbloquear outras áreas das negociações.
OFERTAS COLATERAIS
A reunião do ano passado viu uma série de acordos assinados que não faziam parte formalmente das negociações. Alguns também foram revelados no Egito, embora as esperanças de uma série de anúncios sobre as chamadas Parcerias de Transição Justa – onde os países desenvolvidos ajudam as nações mais pobres a se livrarem dos combustíveis fósseis – provavelmente não darão frutos até depois da COP27.
ESPERANÇA ATÉ O FIM
Jennifer Morgan, ex-chefe do Greenpeace que recentemente se tornou emissária climática da Alemanha, chamou as negociações deste ano de “desafiadoras”.
“Mas posso prometer que trabalharemos até o último segundo para garantir que possamos alcançar um resultado ambicioso e equitativo”, disse ela. “Estamos alcançando as estrelas, mantendo os pés no chão.”
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