A Ucrânia foi vítima de mais uma nova enxurrada de ataques russos mortais na sexta-feira, piorando as já terríveis condições para os ucranianos. Os ataques provocaram mais uma vez acusações de “crimes de guerra” da Rússia da União Europeia, segundo a AFP.
O ataque aéreo é o mais recente das forças russas que afirmam que os ataques visam atingir instalações militares. Isso ocorre em meio a uma série de derrotas embaraçosas no campo de batalha para o lado russo.
Aqui estão as últimas atualizações da Guerra Ucrânia-Rússia:
Mísseis cortam energia, abastecimento de água
Os ataques derrubaram serviços essenciais, como água e eletricidade, em várias partes da Ucrânia, que já enfrenta temperaturas próximas de zero.
O fornecedor nacional de energia disparou o alarme e alertou os ucranianos que poderia levar mais tempo para restaurar a eletricidade depois que dezenas de mísseis russos atingiram os principais locais de infraestrutura no norte, sul e centro do país.
Em um comunicado acessado pela AFP, Ukrenergo disse: “Será dada prioridade à infraestrutura crítica: hospitais, instalações de abastecimento de água, instalações de aquecimento, estações de tratamento de esgoto”.
Moradores da capital Kyiv foram vistos envoltos em casacos de inverno amontoados em estações de metrô subterrâneas depois que sirenes de ataque aéreo soaram na sexta-feira, marcando a nona onda de bombardeios aéreos russos desde outubro.
‘Maior’ ataque de míssil
O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, denunciou o “terror indiscriminado” dos ataques, informa a AFP.
Em um comunicado, Borrell disse: “Esses ataques cruéis e desumanos visam aumentar o sofrimento humano e privar o povo ucraniano, mas também hospitais, serviços de emergência e outros serviços críticos de eletricidade, aquecimento e água”, acrescentando que os atentados constituem “crimes de guerra”.
Kyiv leva o maior sucesso
Diz-se que a capital Kyiv resistiu a um dos maiores ataques com mísseis desde o início da invasão em grande escala. Autoridades disseram que suas forças de defesa aérea derrubaram 37 dos 40 mísseis, segundo a AFP.
O prefeito de Kyiv, Vitali Klitschko, disse que o abastecimento de água foi interrompido e que o metrô parou de funcionar para que as pessoas pudessem se abrigar no subsolo.
O metrô de Kyiv continua a ser um recurso vital para a capital, que tinha uma população de três milhões antes da guerra. Ele tem sido usado como um abrigo antiaéreo em toda a cidade desde a invasão russa.
Rescaldo do ataque russo em partes da Ucrânia
A energia foi cortada em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Na cidade central de Kryvyi Rig, onde nasceu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, os ataques aéreos atingiram um prédio residencial.
Segundo o governador da região, Valentyn Reznichenko, “uma mulher de 64 anos e um jovem casal morreram. O filho deles ainda permanece sob os escombros da casa”, acrescentando que outras 13 pessoas ficaram feridas, informa a AFP.
bombardeio russo implacável
Segundo a AFP, cerca de metade da rede de energia da Ucrânia foi danificada em ataques contínuos e o provedor nacional alertou na sexta-feira sobre apagões de emergência por causa da onda “massiva” de ataques russos.
No sul, novos bombardeios russos em Kherson, recentemente recapturado pela Ucrânia, mataram uma pessoa e feriram outras três.
Kherson foi submetido a bombardeios russos persistentes desde que as forças de Moscou recuaram em novembro e a energia foi cortada na cidade no início desta semana.
Na quinta-feira, ataques russos mataram 14 pessoas, disse o vice-chefe da presidência ucraniana, Kyrylo Tymoshenko.
Na região de Lugansk, controlada pela Rússia, no leste da Ucrânia, autoridades instaladas por Moscou disseram que bombardeios das forças de Kyiv mataram oito e feriram 23.
(Com informações da AFP)
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