A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, afirmou, nesta semana que suspendeu o crédito consignado do Auxílio Brasil e que o banco não tem como bancar as prováveis perdas decorrentes da inadimplência com essa modalidade de crédito.
“O banco não tem como arcar com isso”, disse Serrano. “Decidimos suspender essa modalidade por dois motivos. O primeiro é que estamos revendo o cadastro. Então, não seria de bom tom [manter]. O segundo é que os juros são muito elevados para essa parcela da população.”
Serrano tomou posse na última quinta (12), na sede da Caixa Cultural em Brasília,
Questionada diretamente se haverá perdão da dívida das pessoas que já contrataram o consignado, Rita disse que há a possibilidade de tentar negociar com o governo “formatos para baixar os juros”.
“Nós não trabalhamos com essa perspectiva [perdão da dívida]até porque, perdão dos devedores, o banco não tem como fazer isso”, reforçou.
Em entrevista a jornalistas, ela declarou que a Caixa e o Banco do Brasil devem ser o motor do novo programa de renegociação de dívidas.
Segundo Serrano, as condições do programa estão sendo definidas pela equipe econômica e os presidentes dos bancos públicos. “Deve ser lançado em fevereiro”, disse.
Serrano afirmou ainda que pretende renegociar com o TCU (Tribunal de Contas da União) mais prazo para devolução de R$ 20 bilhões em recursos transferidos pelo Tesouro para investimentos.
“O TCU determinou a devolução em cinco anos. O conselho aprovou e eu votei para que esse pagamento fosse feito em sete ou oito anos”, disse.
“Nos próximos dias vou ao TCU tentar mais prazo, oito anos. É demais para o banco devolver R$ 5 bilhões, em média, por ano.”
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