Um foguete H3 decola do Centro Espacial Tanegashima em Kagoshima, sul do Japão (Imagem: AP/Kyodo)
Os foguetes H3 desenvolvidos pela JAXA e pela Mitsubishi Heavy Industries, agência espacial japonesa, fazem parte de uma nova série de foguetes
A agência espacial do Japão destruiu intencionalmente um novo foguete H3 momentos antes de seu lançamento na terça-feira, depois que a ignição do segundo estágio da primeira nova série de foguetes do país em mais de duas décadas falhou.
Ocorrendo três semanas após um lançamento abortado devido a uma falha separada, a falha do H3 foi um revés para o programa espacial do Japão – e possivelmente para seu programa de detecção de mísseis – e uma decepção para os fãs do espaço que estavam torcendo pelo novo julgamento de terça-feira.
O foguete carregava um satélite avançado de observação terrestre, encarregado principalmente da observação da Terra e coleta de dados para resposta a desastres e criação de mapas, e um sensor infravermelho experimental desenvolvido pelo Ministério da Defesa que pode monitorar atividades militares, incluindo lançamentos de mísseis.
O foguete H3 com uma cabeça branca decolou e disparou no céu azul do Centro Espacial de Tanegashima, no sul do Japão, enquanto fãs e residentes locais comemoravam. Ele seguiu sua trajetória planejada e o segundo estágio se separou conforme planejado, mas a ignição falhou, disse a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão.
A JAXA disse que enviou um comando para destruir o foguete, pois não havia esperança de que ele completasse sua missão. As autoridades estão investigando a causa da falha e devem dar as primeiras conclusões em uma coletiva de imprensa ainda na terça-feira.
A falha é a segunda em seis meses desde que um foguete menor de combustível sólido da série Epsilon, projetado para lançar satélites científicos, falhou em outubro.
O lançamento do H3 também foi adiado por mais de dois anos devido a um atraso no desenvolvimento do motor. Durante uma tentativa de lançamento em fevereiro, uma falha elétrica após a ignição do motor principal abortou o lançamento pouco antes de sua decolagem e por pouco salvou o foguete.
O foguete H3 – a primeira nova série do Japão em mais de 22 anos – foi desenvolvido a um custo de 200 bilhões de ienes (US$ 1,47 bilhão) pela JAXA e pela Mitsubishi Heavy Industries como sucessor do foguete japonês H-2A, que deve se aposentar após sua próximo 50º lançamento.
O H3, com cerca de 60 metros (196 pés) de comprimento, pode transportar cargas maiores do que o H-2A de 53 metros (174 pés). Mas seu custo de lançamento foi reduzido aproximadamente pela metade para cerca de 50 milhões de ienes (US$ 368.000), simplificando seu projeto, fabricação e operação em um esforço para conquistar mais clientes de lançamento comercial. O motor principal movido a hidrogênio foi desenvolvido recentemente e usa menos peças, alterando o método de combustão.
O negócio de lançamento espacial tornou-se cada vez mais competitivo, com grandes players incluindo SpaceX e Arianespace.
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(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado)
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