Os críticos acusaram a Casa Branca de “diminuir” as mulheres ao homenagear um homem biológico no Dia Internacional da Mulher.
Alba Rueda, uma mulher transgênero que atua como Enviada Especial para Orientação Sexual e Identidade de Gênero da Argentina, recebeu na quarta-feira o Prêmio Internacional Mulheres de Coragem em uma cerimônia organizada pela primeira-dama Jill Biden e pelo secretário de Estado Antony Blinken.
O 17º evento anual homenageou um “grupo de 11 mulheres extraordinárias de todo o mundo que estão trabalhando para construir um futuro melhor para todos”, disse o Departamento de Estado em um comunicado. Comunicado de imprensa.
Rueda foi recebida no palco pela vice-secretária de Defesa dos Estados Unidos, Kathleen Hicks, que pronunciou incorretamente seu nome como “Ru-ada” em seus comentários introdutórios.
Rueda “é uma mulher transgênero que foi expulsa das salas de aula, impedida de fazer exames, recusou oportunidades de emprego, foi submetida à violência e rejeitada por sua família”. caipiras disse quando o homenageado se aproximou do palco e beijou a primeira-dama na bochecha.
“Mas diante desses desafios, ela trabalhou para acabar com a violência e a discriminação contra a comunidade LGBTQI+.”
A governadora do Arkansas, Sarah Huckabee Sanders, foi a republicana mais proeminente a menosprezar o prêmio de Rueda no Twitter.
“É o Dia Internacional da Mulher – um bom momento para lembrar que os democratas não podem nem dizer o que é uma mulher”, escreveu ela.
“Por que os democratas estão fazendo hora extra para promover a agenda trans?” perguntou a candidata do Partido Republicano de New Hampshire e ex-assistente da secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
“Legal da FLOTUS incentivar a diminuição da mulher no ‘dia internacional da mulher’. Apagar mulheres é abusivo”, tuitou a radialista conservadora Dana Loesch.
Outros usuários da plataforma social compararam zombeteiramente a concessão do prêmio a Rueda com honras passadas concedidas à secretária assistente de saúde transgênero Rachel Levine e à campeã universitária de natação Lia Thomas.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, rebateu as críticas, escrevendo no Twitter: “Mulheres trans são mulheres”.
“Sempre enfrentaremos esse ódio – quando e onde quer que ocorra”, tuitou Trudeau na quarta-feira.
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