O governo de Ruanda comutou a sentença de Paul Rusesabagina, que inspirou o filme “Hotel Ruanda” por salvar centenas de compatriotas do genocídio, mas foi condenado por crimes de terrorismo anos depois em um julgamento amplamente criticado.
A porta-voz do governo, Yolande Makolo, disse à Associated Press na sexta-feira que a sentença de 25 anos foi comutada por ordem presidencial após um pedido de clemência.
Rusesabagina, residente nos Estados Unidos e cidadã belga, deve ser libertada no sábado, disse ela.
“Ruanda observa o papel construtivo do governo dos EUA na criação de condições para o diálogo sobre esta questão, bem como a facilitação fornecida pelo estado do Catar”, disse Makolo.
O caso foi descrito pelos Estados Unidos e outros como injusto.
Rusesabagina desapareceu em 2020 durante uma visita a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e apareceu dias depois em Ruanda algemado.
Sua família alegou que ele foi sequestrado e levado para Ruanda contra sua vontade para ser julgado.
Rusesabagina afirmou que sua prisão foi em resposta às suas críticas ao antigo presidente ruandês, Paul Kagame, sobre supostos abusos dos direitos humanos.
O governo de Kagame negou repetidamente ter visado vozes dissidentes com prisões e execuções extrajudiciais.
Discussão sobre isso post