As tensões entre Israel e os palestinos atingiram seu nível mais alto em anos após confrontos entre a polícia israelense e os palestinos dentro de uma mesquita reverenciada em Jerusalém.
A raiva pelo ataque à mesquita de Al-Aqsa se espalhou para a Faixa de Gaza e o sul do Líbano, que Israel bombardeou na madrugada de sexta-feira, um dia depois de sofrer uma enxurrada de ataques com foguetes na fronteira.
AFP relembra um ano de agravamento da violência:
– Ataques mortais em Israel –
O aumento da violência começa em 22 de março de 2022, quando um simpatizante do Estado Islâmico condenado começa a esfaquear e bater de frente com um carro na cidade de Beersheba, no sul de Israel, matando quatro pessoas.
Uma semana depois, um palestino da Cisjordânia abre fogo contra transeuntes na cidade judaica ultraortodoxa de Bnei Brak, perto de Tel Aviv, matando cinco pessoas, incluindo um policial árabe-israelense.
Em 7 de abril, um atirador palestino de Jenin mata três pessoas e fere mais de uma dúzia em um popular bairro noturno de Tel Aviv.
Em maio, três pessoas morreram e quatro ficaram feridas na cidade ultraortodoxa de Elad, quando dois assaltantes pularam de um carro atirando machados nos transeuntes.
– Repressão na Cisjordânia –
A onda de ataques causa indignação em Israel, que responde com mais de 2.000 ataques em 2022 na Cisjordânia ocupada, visando principalmente os bastiões militantes de Jenin e Nablus.
Em 11 de maio de 2022, o veterano repórter da Al Jazeera Shireen Abu Akleh morre após ser baleado na cabeça enquanto cobria confrontos entre o exército israelense e militantes em Jenin.
Em 25 de outubro, ataques israelenses deixam cinco palestinos mortos em Nablus.
– Ataques ‘preventivos’ em Gaza –
Em 5 de agosto de 2022, Israel lança três dias de artilharia e ataques aéreos contra o grupo Jihad Islâmica na Faixa de Gaza governada pelo Hamas, acusando-o de planejar ataques em Israel.
Pelo menos 49 palestinos são mortos, incluindo 17 crianças.
A Jihad Islâmica lança centenas de foguetes em retaliação.
– Aumento da violência em 2023 –
A violência se intensifica em 2023, começando em 26 de janeiro com uma “operação antiterrorista” israelense em Jenin que deixa 10 mortos.
Um dia depois, um atirador palestino mata sete israelenses do lado de fora de uma sinagoga no leste de Jerusalém.
Em 6 de fevereiro, as forças israelenses mataram cinco pessoas, incluindo supostos militantes do Hamas, durante confrontos na cidade de Jericó, na Cisjordânia.
Quatro dias depois, dois irmãos israelenses de seis e oito anos e um estudante são mortos em um ataque de carro em um ponto de ônibus no leste de Jerusalém.
Em 22 de fevereiro, o exército israelense realiza sua mais mortífera incursão na Cisjordânia em quase 20 anos, quando mata 11 palestinos, incluindo um adolescente em Nablus.
Um ataque em 7 de março em Jenin deixa seis palestinos mortos.
– A fúria dos colonos após o ataque –
Em 26 de fevereiro, dois colonos israelenses são mortos a tiros enquanto dirigiam pela cidade de Huwara, no norte da Cisjordânia.
Naquela noite, centenas de colonos da cidade começaram a se rebelar, incendiando casas e carros palestinos e atirando pedras.
Até 1º de abril, o número de mortos desde o início de janeiro era de 104: 88 palestinos, um árabe israelense, 14 israelenses e um ucraniano, segundo contagem da AFP com base em fontes oficiais israelenses e palestinas.
– Impasse Al-Aqsa –
As tensões atingiram um ponto de ebulição em 5 de abril, quando a polícia israelense invadiu a mesquita de Al-Aqsa, ponto crítico em Jerusalém oriental anexada, provocando confrontos no terceiro local mais sagrado do Islã enquanto os muçulmanos observam o mês de jejum do Ramadã.
Os confrontos entre policiais e fiéis, alguns armados com pedras e fogos de artifício, causam indignação generalizada, com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e líderes de países muçulmanos expressando choque com um vídeo que mostra policiais espancando pessoas no chão.
– Israel ataca Líbano, Gaza –
Militantes palestinos em Gaza e supostos militantes palestinos no Líbano respondem ao ataque de Al-Aqsa disparando uma barragem de foguetes contra Israel.
Israel responde bombardeando Gaza e o sul do Líbano na madrugada de sexta-feira.
Horas depois, duas irmãs israelenses são mortas e sua mãe gravemente ferida em um tiroteio na Cisjordânia.
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(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado)
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