Líderes de sete das democracias mais poderosas do mundo se reunirão neste fim de semana para a cúpula do Grupo dos Sete em Hiroshima, local do primeiro ataque atômico do mundo no final da Segunda Guerra Mundial.
Desde o surgimento de países em desenvolvimento cruciais até as preocupações com segurança, incluindo a crescente agressão da China, Coreia do Norte e Rússia, aqui está uma olhada no G-7, quem participará e algumas das principais questões:
O QUE É A CÚPULA DO G-7?
O Grupo dos Sete é um grupo informal das principais nações industrializadas. É composto por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
Este ano é a vez do Japão sediar, mas a presidência das cúpulas do G-7 gira entre os sete membros. Juntam-se também dois representantes da União Europeia.
Como é de costume nos últimos anos, líderes de alguns países não pertencentes ao G-7 e organizações internacionais também participarão de algumas sessões.
Os líderes discutem uma ampla gama de questões, incluindo política econômica, segurança, mudança climática, energia e gênero.
A primeira cúpula foi em 1975, quando a França sediou o que era então uma reunião do Grupo dos Seis para discutir o combate à recessão que se seguiu ao embargo do petróleo árabe. O Canadá se tornou o sétimo membro um ano depois. A Rússia juntou-se para formar o G-8 em 1998, mas foi expulsa após a anexação da Crimeia por Moscou em 2014.
QUEM MAIS ESTÁ VINDO?
Este ano, os líderes da Austrália, Brasil, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, Coréia do Sul e Vietnã são convidados, enquanto o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida enfatiza a importância de alcançar os países em desenvolvimento no chamado Sul Global e os EUA aliados e parceiros.
Os convites aos líderes fora do G-7 visam estender a cooperação a um leque mais amplo de países.
A participação dos países do G-7 na atividade econômica global encolheu para cerca de 30%, de cerca de 50% há quatro décadas. Economias em desenvolvimento como China, Índia e Brasil obtiveram enormes ganhos, levantando questões sobre a relevância do G-7 e seu papel na liderança de uma economia mundial que depende cada vez mais do crescimento de nações menos ricas.
Líderes das Nações Unidas, da Agência Internacional de Energia, do Fundo Monetário Internacional, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, do Banco Mundial, da Organização Mundial da Saúde e da Organização Mundial do Comércio também estão convidados.
POR QUE HIROSHIMA?
Hiroshima é a cidade natal de Kishida. Sua escolha do local ressalta a determinação de colocar o desarmamento nuclear e a não-proliferação no topo da agenda da cúpula deste ano.
Um caminho para o desarmamento nuclear parece mais difícil com as recentes ameaças de armas nucleares da Rússia na Ucrânia, bem como o desenvolvimento nuclear e de mísseis da China e da Coreia do Norte.
O Japão, que é protegido pelo guarda-chuva nuclear dos EUA, também enfrentou críticas de que sua promessa de desarmamento nuclear é uma promessa vazia. Kishida está tentando forjar um roteiro realista entre a dura realidade atual e o ideal de um mundo sem armas nucleares.
Kishida na sexta-feira dará as boas-vindas aos líderes que chegam ao Parque da Paz de Hiroshima. Ele também planeja escoltar os líderes ao museu da bomba atômica, na primeira visita em grupo de chefes de estados nucleares. Também pode haver uma reunião com sobreviventes da bomba atômica.
“Acredito que o primeiro passo para qualquer esforço de desarmamento nuclear é fornecer uma experiência em primeira mão das consequências do bombardeio atômico e transmitir com firmeza a realidade”, disse Kishida no sábado durante uma visita a Hiroshima para observar os preparativos para a cúpula.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS?
Espera-se que os líderes do G-7 condenem veementemente a guerra da Rússia contra a Ucrânia, ao mesmo tempo em que prometem seu apoio contínuo à Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, participará da sessão via internet.
Também haverá um foco nas crescentes ameaças de Pequim contra Taiwan, a ilha democrática autônoma que Pequim reivindica como sua, e maneiras de reduzir a dependência econômica e da cadeia de suprimentos das democracias ocidentais em relação à China.
Para abordar a ascensão das nações do Sul Global, incluindo muitas ex-colônias de potências ocidentais com visões variadas e laços com a Rússia e a China, o G-7 oferecerá a esses países mais apoio em saúde, segurança alimentar e infraestrutura para desenvolver laços mais estreitos.
O QUE MAIS ESTÁ ACONTECENDO?
Em um evento observado de perto à margem da cúpula, Kishida se reunirá com o presidente Joe Biden e o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol para discutir uma cooperação de segurança mais estreita, possivelmente incluindo uma dissuasão nuclear mais forte.
Kishida e Yoon prestarão suas homenagens juntos em um memorial de Hiroshima para as vítimas da bomba atômica coreana em um gesto de construção de confiança enquanto os dois países reparam os laços tensos por disputas decorrentes do domínio colonial do Japão de 1910-1945 na Península Coreana.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado – Associated Press)
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