CHICAGO (Reuters) – A comerciante de grãos norte-americana Bunge e a Viterra, apoiada pela Glencore, anunciaram nesta terça-feira um acordo de US$ 18 bilhões, incluindo dívidas, para fusão, criando uma das maiores tradings agrícolas do mundo.
O acordo aproxima a Bunge em escala global dos principais rivais Archer-Daniels-Midland e Cargill e será examinado de perto pelos reguladores antitruste.
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As ações da Bunge caíram 5%, para US$ 93,79, nas negociações de pré-mercado.
Os acionistas da Viterra receberão cerca de 65,6 milhões de ações da Bunge, no valor de cerca de US$ 6,2 bilhões, e cerca de US$ 2,0 bilhões em dinheiro. A Bunge também assumirá US$ 9,8 bilhões da dívida da Viterra.
A Bunge já é a maior processadora de oleaginosas do mundo e analistas disseram que ela e os negócios de esmagamento da Viterra podem enfrentar escrutínio regulatório no Canadá e na Argentina.
No ano passado, a Bunge foi a maior exportadora de milho e soja do Brasil, a principal fonte mundial de culturas básicas para a fabricação de ração animal e biocombustíveis, segundo dados da transportadora Cargonave. A Viterra foi a terceira maior exportadora de milho e a sétima maior exportadora de soja.
Combinadas, as empresas representaram cerca de 23,7% das exportações brasileiras de milho em 2022 e 20,9% das exportações brasileiras de soja, mostraram dados da Cargonave.
Nos Estados Unidos, o negócio de compra e venda de grãos da Viterra se expandiu com a compra da Gavilon no ano passado. A fusão aumentaria os negócios de exportação de grãos e processamento de oleaginosas da Bunge no segundo maior exportador mundial de milho e soja, onde tem uma presença menor do que a ADM e a Cargill.
O acordo também expande a capacidade física de armazenamento e manuseio de grãos da Bunge no maior exportador de trigo da Austrália, onde a empresa opera atualmente apenas dois elevadores de grãos e um terminal portuário na parte oeste do país. A Viterra possui 55 locais de armazenamento no sul da Austrália e no oeste de Victoria e seis terminais de exportação de grãos a granel.
O maior produtor mundial de óleos vegetais também firmou parcerias com a petrolífera Chevron e com a gigante de sementes e produtos químicos Bayer para buscar a crescente demanda por matérias-primas de combustíveis renováveis.
Na Ucrânia, o maior produtor mundial de girassol e maior fornecedor de óleo de girassol, uma combinação Bunge-Viterra teria três fábricas de processamento de oleaginosas no sul e leste do país, em Kharkiv, Dnipro e Mykolaiv.
A aquisição da Viterra traria a receita da Bunge, que foi de US$ 67,2 bilhões em 2022, mais em linha com a da ADM, que registrou vendas de quase US$ 102 bilhões no ano passado.
No início de 2017, a Viterra, então conhecida como Glencore Agriculture, tentou adquirir a Bunge, que estava avaliada em US$ 11 bilhões. A tentativa de aquisição foi rejeitada.
(Reportagem de Karl Plume em Chicago; Edição de Caroline Stauffer e Matthew Lewis)
CHICAGO (Reuters) – A comerciante de grãos norte-americana Bunge e a Viterra, apoiada pela Glencore, anunciaram nesta terça-feira um acordo de US$ 18 bilhões, incluindo dívidas, para fusão, criando uma das maiores tradings agrícolas do mundo.
O acordo aproxima a Bunge em escala global dos principais rivais Archer-Daniels-Midland e Cargill e será examinado de perto pelos reguladores antitruste.
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As ações da Bunge caíram 5%, para US$ 93,79, nas negociações de pré-mercado.
Os acionistas da Viterra receberão cerca de 65,6 milhões de ações da Bunge, no valor de cerca de US$ 6,2 bilhões, e cerca de US$ 2,0 bilhões em dinheiro. A Bunge também assumirá US$ 9,8 bilhões da dívida da Viterra.
A Bunge já é a maior processadora de oleaginosas do mundo e analistas disseram que ela e os negócios de esmagamento da Viterra podem enfrentar escrutínio regulatório no Canadá e na Argentina.
No ano passado, a Bunge foi a maior exportadora de milho e soja do Brasil, a principal fonte mundial de culturas básicas para a fabricação de ração animal e biocombustíveis, segundo dados da transportadora Cargonave. A Viterra foi a terceira maior exportadora de milho e a sétima maior exportadora de soja.
Combinadas, as empresas representaram cerca de 23,7% das exportações brasileiras de milho em 2022 e 20,9% das exportações brasileiras de soja, mostraram dados da Cargonave.
Nos Estados Unidos, o negócio de compra e venda de grãos da Viterra se expandiu com a compra da Gavilon no ano passado. A fusão aumentaria os negócios de exportação de grãos e processamento de oleaginosas da Bunge no segundo maior exportador mundial de milho e soja, onde tem uma presença menor do que a ADM e a Cargill.
O acordo também expande a capacidade física de armazenamento e manuseio de grãos da Bunge no maior exportador de trigo da Austrália, onde a empresa opera atualmente apenas dois elevadores de grãos e um terminal portuário na parte oeste do país. A Viterra possui 55 locais de armazenamento no sul da Austrália e no oeste de Victoria e seis terminais de exportação de grãos a granel.
O maior produtor mundial de óleos vegetais também firmou parcerias com a petrolífera Chevron e com a gigante de sementes e produtos químicos Bayer para buscar a crescente demanda por matérias-primas de combustíveis renováveis.
Na Ucrânia, o maior produtor mundial de girassol e maior fornecedor de óleo de girassol, uma combinação Bunge-Viterra teria três fábricas de processamento de oleaginosas no sul e leste do país, em Kharkiv, Dnipro e Mykolaiv.
A aquisição da Viterra traria a receita da Bunge, que foi de US$ 67,2 bilhões em 2022, mais em linha com a da ADM, que registrou vendas de quase US$ 102 bilhões no ano passado.
No início de 2017, a Viterra, então conhecida como Glencore Agriculture, tentou adquirir a Bunge, que estava avaliada em US$ 11 bilhões. A tentativa de aquisição foi rejeitada.
(Reportagem de Karl Plume em Chicago; Edição de Caroline Stauffer e Matthew Lewis)
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