Roy Francis da OAN
11h22 – sexta-feira, 23 de junho de 2023
As autoridades brasileiras informaram que apreenderam quase 29 toneladas métricas de barbatanas de tubarão obtidas ilegalmente na segunda-feira, que deveriam ser exportadas para a Ásia.
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O Ibama, órgão de proteção ambiental do Brasil, disse que o número de barbatanas foi o maior confisco do gênero e que representou a morte de cerca de 10.000 tubarões de duas espécies, o tubarão-azul e o tubarão-anequim. O tubarão anequim foi colocado na lista nacional de espécies ameaçadas de extinção do Brasil em maio.
“Essas apreensões de forma integrada representam as maiores registradas no mundo”, disse a agência. “Especialmente considerando que é uma apreensão na fonte onde os tubarões são capturados.”
A apreensão fez parte da Operação Makaira, do governo brasileiro, que visava a pesca ilegal no Brasil.
O chefe de proteção ambiental do órgão, Jair Schmitt, disse que a operação que apreendeu as nadadeiras teve como alvo duas empresas diferentes, mas várias outras empresas ainda estão sob investigação.
Uma das empresas é uma empresa exportadora do sul de Santa Catarina, que foi responsável por 27,6 toneladas de barbatanas. As outras 1,1 tonelada foram apreendidas da segunda empresa no Aeroporto Internacional de São Paulo.
“Essa prática já é recorrente no Brasil. Tivemos há alguns anos a descoberta de cerca de sete ou oito toneladas de tubarão, apreendidos no estado do Pará, com método de finning semelhante”, disse.
Finning refere-se ao método de cortar as barbatanas dos tubarões e depois jogar o resto do animal de volta no oceano.
“O Ibama vem monitorando o comércio e a exportação de barbatanas de tubarão e identificamos o volume, a grande quantidade dessas barbatanas sendo vendidas, principalmente para a Ásia”, acrescentou Schmitt. “No Brasil, praticamente não há consumo desse tipo de produto. Em decorrência desse grande alerta comercial, passamos a investigar e verificar a origem, quais empresas comercializavam e onde essas empresas adquiriam as embarcações. Fizemos toda a cadeia reversa da produção, onde foi possível verificar as irregularidades praticadas.”
Os supostos pescadores de tubarões também causaram a morte de milhares de aves marinhas segundo o Ibama por não terem seguido as medidas de segurança obrigatórias que existem para impedir sua captura.
“Além da pesca de tubarões, que é proibida, esta prática ilegal também causa a morte de várias aves marinhas, incluindo algumas espécies ameaçadas de extinção”, acrescentou Schmitt. “Portanto, os danos ambientais não estão relacionados apenas aos tubarões, mas também à fauna marinha.”
A Sea Shepherd Brasil, uma organização de conservação marinha, instou o governo brasileiro a proibir o comércio de barbatanas de tubarão e a importação de carne de tubarão para o país.
A Operação Makaira foi feita para mostrar que uma das prioridades do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva é proteger o meio ambiente e as espécies indígenas em todo o Brasil.
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“Essas apreensões de forma integrada representam as maiores registradas no mundo”, disse a agência. “Especialmente considerando que é uma apreensão na fonte onde os tubarões são capturados.”
A apreensão fez parte da Operação Makaira, do governo brasileiro, que visava a pesca ilegal no Brasil.
O chefe de proteção ambiental do órgão, Jair Schmitt, disse que a operação que apreendeu as nadadeiras teve como alvo duas empresas diferentes, mas várias outras empresas ainda estão sob investigação.
Uma das empresas é uma empresa exportadora do sul de Santa Catarina, que foi responsável por 27,6 toneladas de barbatanas. As outras 1,1 tonelada foram apreendidas da segunda empresa no Aeroporto Internacional de São Paulo.
“Essa prática já é recorrente no Brasil. Tivemos há alguns anos a descoberta de cerca de sete ou oito toneladas de tubarão, apreendidos no estado do Pará, com método de finning semelhante”, disse.
Finning refere-se ao método de cortar as barbatanas dos tubarões e depois jogar o resto do animal de volta no oceano.
“O Ibama vem monitorando o comércio e a exportação de barbatanas de tubarão e identificamos o volume, a grande quantidade dessas barbatanas sendo vendidas, principalmente para a Ásia”, acrescentou Schmitt. “No Brasil, praticamente não há consumo desse tipo de produto. Em decorrência desse grande alerta comercial, passamos a investigar e verificar a origem, quais empresas comercializavam e onde essas empresas adquiriam as embarcações. Fizemos toda a cadeia reversa da produção, onde foi possível verificar as irregularidades praticadas.”
Os supostos pescadores de tubarões também causaram a morte de milhares de aves marinhas segundo o Ibama por não terem seguido as medidas de segurança obrigatórias que existem para impedir sua captura.
“Além da pesca de tubarões, que é proibida, esta prática ilegal também causa a morte de várias aves marinhas, incluindo algumas espécies ameaçadas de extinção”, acrescentou Schmitt. “Portanto, os danos ambientais não estão relacionados apenas aos tubarões, mas também à fauna marinha.”
A Sea Shepherd Brasil, uma organização de conservação marinha, instou o governo brasileiro a proibir o comércio de barbatanas de tubarão e a importação de carne de tubarão para o país.
A Operação Makaira foi feita para mostrar que uma das prioridades do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva é proteger o meio ambiente e as espécies indígenas em todo o Brasil.
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