O líder conservador Kyriakos Mitsotakis embarcou na segunda-feira em seu segundo mandato como primeiro-ministro da Grécia com a promessa de acelerar as reformas institucionais e econômicas, depois que os eleitores lhe deram uma grande vitória eleitoral pela segunda vez em cinco semanas.
Agradecendo a Mitsotakis e seu partido Nova Democracia por trazer estabilidade econômica para o antigo retardatário da dívida da UE, os eleitores deram aos conservadores sua maior margem de vitória em quase 50 anos no domingo.
“Sem adversário, domínio absoluto de Mitsotakis”, foi a manchete do jornal de centro Ta Nea.
Com 158 assentos no parlamento de 300 assentos, Mitsotakis foi empossado como primeiro-ministro da Grécia depois de receber oficialmente o mandato para formar um governo do chefe de Estado, a presidente Katerina Sakellaropoulou.
“É uma honra assumir a responsabilidade de um novo mandato de quatro anos”, disse ao Presidente, acrescentando que “iremos começar a trabalhar arduamente nas grandes reformas”.
“Vamos começar a trabalhar arduamente para grandes reformas”, disse ao Presidente, sublinhando que se comprometeu a “fazer grandes mudanças durante o segundo mandato de quatro anos”.
Entre suas promessas de campanha está despejar dinheiro no sistema público de saúde do país – que foi levado ao limite pela pandemia de Covid-19 – e melhorar a segurança ferroviária após a morte de 57 pessoas em uma colisão de trem em fevereiro, que foi o pior desastre ferroviário da Grécia.
Os parabéns dos líderes mundiais logo após a vitória de Mitsotakis.
“Espero continuar nossa estreita cooperação em prioridades compartilhadas para promover a prosperidade e a segurança regional”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em comunicado.
O presidente francês, Emmanuel Macron, também prometeu trabalhar em conjunto para “uma Europa mais forte e soberana”, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, chamou a reeleição de Mitsotakis de “um sinal de estabilidade política que é bom para toda a Europa”.
– ‘Julgamento’ –
O ex-consultor da McKinsey de 55 anos e graduado em Harvard, que conduziu o país da UE da pandemia de volta a dois anos consecutivos de forte crescimento, já havia conquistado uma vitória retumbante em uma eleição em maio.
Mas, tendo ficado aquém de cinco assentos no parlamento para formar um governo de partido único, ele se recusou a tentar formar uma coalizão, forçando 9,8 milhões de eleitores gregos a voltar às urnas.
A aposta valeu a pena, com seu partido Nova Democracia consolidando sua vitória na votação de 21 de maio, enquanto seu rival mais próximo, o partido de esquerda Syriza do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, viu uma perda de dezenas de milhares de eleitores em comparação com apenas um mês. atrás.
Tsipras, reconhecendo uma “grave derrota política”, disse que estava deixando seu destino político para o “julgamento” dos membros do Syriza.
Para muitos gregos, Tsipras é o primeiro-ministro que quase tirou a Grécia da zona do euro e que renegou a promessa de abolir a austeridade para submeter o país a termos de resgate mais dolorosos.
Para consternação dos centristas, a forte guinada à direita de domingo também foi acompanhada pelo retorno da extrema-direita ao parlamento.
Spartiates (Espartanos), que é endossado pelo ex-porta-voz preso do partido neonazista Golden Dawn, fará uma entrada no parlamento depois de cruzar o limite de três por cento.
Os espartanos e outros dois pequenos partidos nacionalistas com políticas anti-migração obtiveram entre eles quase 13 por cento dos votos.
Para Tsipras, a exibição mais forte dos partidos de extrema direita gregos em décadas foi uma ameaça “visível” à democracia.
– Gabinete novo –
Mitsotakis deve revelar seu gabinete ainda na segunda-feira, embora os nomes já estivessem circulando antes mesmo da contagem dos últimos votos.
O solucionador de problemas de confiança de Mitsotakis, George Gerapetritis, está sendo apontado como ministro das Relações Exteriores.
Professor de direito constitucional, Gerapetritis foi convocado em março para lidar com a tragédia do trem, bem como com um escândalo de escuta telefônica que envolveu o gabinete do primeiro-ministro no ano passado.
Espera-se que o ex-ministro das Relações Exteriores, Nikos Dendias, um político moderado, seja transferido para o ministério da defesa.
Já na quinta-feira, Mitsotakis deve se reunir com colegas da UE em uma cúpula em Bruxelas.
Mitsotakis, que se tornou primeiro-ministro em 2019, não apenas prometeu fazer da estabilidade econômica uma característica de seu novo mandato.
Ele também defendeu uma dura linha anti-imigração, apelando para a base conservadora em uma campanha eleitoral na qual o recente naufrágio mortal de uma traineira superlotada não foi mencionado.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado – AFP)
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