Uma mulher segura uma arma exposta na Shot Fair Brazil 2022, feira de armas em Joinville, Santa Catarina, Brasil. (Imagem: Reuters)
A medida ocorre após uma série de tiroteios em escolas no Brasil, que levou a um recorde sombrio de cinco assassinatos por hora, em média, em 2022.
O presidente de esquerda do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou na sexta-feira um decreto para limitar o acesso civil a armas de fogo, buscando desfazer um boom de posse de armas sob seu antecessor de extrema direita, Jair Bolsonaro.
Sob Bolsonaro, a propriedade privada de armas quase triplicou quando ele afrouxou os controles em um aceno para sua base de apoio de “Bíblias, balas e carne”.
“Continuaremos lutando por menos armas em nosso país. Só a polícia e o exército devem estar bem armados”, disse Lula em Brasília ao apresentar uma série de medidas para conter a violência.
A medida ocorreu após vários tiroteios recentes em escolas em um país que registrou mais de cinco assassinatos por hora em média em 2022, segundo o Fórum de Segurança Pública, uma ONG.
O decreto de Lula sobre o “controle responsável de armas” limitará os indivíduos a duas armas para defesa pessoal, metade da permissão de hoje.
Quem quiser adquirir uma arma teria que provar que precisa dela.
Caçadores, atiradores esportivos e colecionadores estarão limitados a seis armas, ante 30.
A compra de munição também será restrita, assim como o horário de funcionamento dos estandes de tiro, que não poderão mais operar a menos de um quilômetro (0,6 milhas) de uma escola.
De acordo com a ONG antiviolência Instituto Sou da Paz, mais de um milhão de armas em posse de civis estavam registradas no Brasil até julho de 2022 – quase três vezes o número antes de Bolsonaro assumir o cargo.
O novo decreto “representa um passo adiante para retornar aos padrões de responsabilidade e segurança jurídica no controle de armas no Brasil”, disse o grupo em comunicado.
O governo Lula também apresentou um projeto de lei na sexta-feira para endurecer as sentenças por violência escolar.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado – AFP)
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