A Inglaterra entrou na fase eliminatória da Copa do Mundo ainda esperando para parecer o time dominante que esperava que pudesse ser. Claro, a Inglaterra ainda não havia perdido um jogo – uma conquista durante este torneio caótico – mas até agora suas performances pareciam alguns degraus aquém do nível necessário para atingir seus objetivos: chegar à sua primeira final, levantar o troféu da Copa do Mundo para a primeira vez.
A Inglaterra havia chegado à Austrália no mês passado sem três dos melhores jogadores do país, todos descartados devido a graves lesões nos joelhos. Outra estrela se machucou na fase de grupos e perdeu um jogo e meio. Em seguida, as Lionesses perderam sua melhor jogadora nesta Copa do Mundo, a jovem meio-campista Lauren James, por suspensão após ser expulsa por pisar em um jogador nigeriano nas oitavas de final.
Mas na noite de sábado, diante de uma torcida de Sydney que apresentou mais um obstáculo ao favorecer os colombianos como o próximo adversário preferido do país anfitrião, a Inglaterra encontrou um caminho a seguir novamente.
Superando um gol logo no início com outro antes do intervalo, as Lionesses tiveram o tipo de desempenho que vinham dizendo que estava chegando, derrotando a Colômbia por 2 a 1 e avançando para as semifinais pela segunda Copa do Mundo consecutiva.
Lá, a Inglaterra enfrentará a Austrália, que horas antes conquistou seu lugar ao vencer uma longa disputa de pênaltis contra a França na costa de Brisbane.
“É emocionante”, disse a atacante Alessia Russo. “Você quer jogar contra os melhores times.”
Russo marcou o gol da vitória aos 63 minutos, uma finalização de pé direito após uma assistência da meia Georgia Stanway durante um lapso momentâneo da defesa colombiana que a colocou sozinha.
As arquibancadas demoraram a encher no início da partida, já que muitos dos espectadores pareciam estar do lado de fora, parte de uma multidão barulhenta no Cathy Freeman Park assistindo o avanço da Austrália em uma tela de visualização externa. Mas quando o fizeram, ficou claro que a torcida favorecia fortemente os colombianos, contra todas as probabilidades, o último time das Américas ainda estava de pé.
Seus torcedores explodiram quando o meio-campista colombiano Leicy Santos abriu o placar do lado direito da área aos 44 minutos, a bola passando por cima da luva direita estendida da goleira inglesa Mary Earps, que havia perdido apenas outro gol em todo o torneio. Lauren Hemp, da Inglaterra, igualou o placar segundos antes do intervalo, aproveitando um rebote livre depois que a goleira da Colômbia perdeu a bola a poucos passos de sua linha de gol.
A Inglaterra, atual campeã europeia e semifinalista da Copa do Mundo há quatro anos na França, entrou neste torneio como uma das principais candidatas. Mas, além de uma vitória por 6 a 1 contra a China na fase de grupos, a Inglaterra teve dificuldades no ataque, contando com Earps e uma defesa veterana. A Inglaterra marcou um único gol em suas outras duas vitórias na fase de grupos, contra Haiti e Dinamarca, e nenhum na vitória nas oitavas de final sobre a Nigéria, que foi decidida na disputa de pênaltis após 120 minutos sem gols.
Dois gols contra a Colômbia não responderão a todas essas perguntas para a Inglaterra, mas as leoas tiveram uma exibição muito mais forte do que na rodada anterior.
“Acho que tivemos que cavar fundo desde o primeiro jogo”, disse Russo. “Sempre podemos melhorar, mas estamos nas semifinais.”
A Inglaterra enfrentará uma tarefa ainda mais difícil na próxima rodada, e novamente sem James, cuja suspensão de dois jogos significa que ela também perderá a semifinal. Mas depois que a Inglaterra passou em seu teste mais difícil, a mensagem que Earps transmitiu na véspera do jogo de alguma forma parecia presciente.
“Eu realmente acredito que o melhor ainda está por vir”, disse Earps. “Há tanto talento no grupo e tantos níveis que podemos alcançar.”
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