Ultima atualização: 20 de agosto de 2023, 10h26 IST
Joanesburgo, África do Sul
Um atendente fica ao lado das bandeiras da África do Sul, Índia, Rússia, Brasil e China durante uma sessão plenária da Cúpula dos BRICS, em Xiamen, China, 4 de setembro de 2017. (Foto de arquivo da Reuters)
Cúpula do BRICS em Joanesburgo une Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul para desafiar o domínio econômico ocidental
Os países do BRICS, sigla dos cinco membros Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se reúnem por três dias para uma cúpula em Joanesburgo a partir de terça-feira. Representando 23% do produto interno bruto (PIB) mundial e 42% da população mundial, eles estão tentando enfraquecer a dominação econômica ocidental nos assuntos globais.
Aqui estão alguns fatos e números sobre os BRICS
– Uma nova ordem mundial? –
Um grupo de economias emergentes, foi lançado formalmente em 2009 e se reúne anualmente em uma cúpula organizada rotativamente por um dos países membros.
As reuniões visam afirmar sua posição principalmente em relação aos Estados Unidos e à União Européia.
Promove o reconhecimento de uma ordem global multipolar com equilíbrio econômico e político, com o objetivo de romper com organizações formadas no pós-Segunda Guerra Mundial, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
– Aspirantes –
O bloco, cujo crescimento econômico é impulsionado principalmente pela China e Índia, está agora aberto à expansão. Vinte e três candidatos se inscreveram para ingressar no BRICS, e um número quase semelhante manifestou interesse – entre eles Argentina, Etiópia, Irã e Arábia Saudita.
Uma das atrações do grupo é o Novo Banco de Desenvolvimento, criado em 2015 com o objetivo de oferecer uma alternativa ao Banco Mundial e ao FMI.
Desde então, o banco com sede em Xangai investiu US$ 30 bilhões em projetos de desenvolvimento de infraestrutura em estados membros e outras economias em desenvolvimento.
– O dilema de Putin –
Os preparativos para a cúpula viram as tensões diplomáticas aumentarem no cenário global depois que o presidente anfitrião, Cyril Ramaphosa, convidou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) devido à guerra na Ucrânia.
Após meses de especulação, Pretória finalmente disse que Putin comparecerá à cúpula por meio de um link de vídeo.
A África do Sul, cujo partido governante do ANC forjou relações com Moscou durante a Guerra Fria, quando a União Soviética apoiou sua luta contra o apartheid, recusou-se a condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Abaixo o dólar
Os cinco países respondem por 18% do comércio internacional, a maior parte do qual é negociado em dólares.
Críticos da predominância do dólar no comércio mundial, um de seus objetivos é livrar-se do dólar.
O bloco apóia o aumento do uso das moedas nacionais dos membros para o comércio e a introdução de um sistema de pagamento comum no longo prazo.
Brasil e China assinaram no início deste ano um acordo bilateral para liquidar suas transações comerciais em suas moedas locais.
– Rankings universitários –
Uma reunião dos ministros da educação do BRICS no mês passado anunciou sua intenção de criar seus próprios rankings universitários internacionais.
Moscou acredita que as universidades russas estão sendo excluídas dos rankings internacionais existentes por razões políticas.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado – AFP)
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