Espera-se que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, vá à Rússia e se encontre com o presidente Vladimir Putin para discutir, em parte, a venda de armas para ajudar a guerra do Kremlin na Ucrânia, segundo altas autoridades dos EUA.
O prazo exato para a reunião planejada não foi divulgado na segunda-feira pela porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, mas Kim provavelmente viajaria para a Rússia em um trem blindado.
“Temos informações de que Kim Jong-Un espera que estas discussões continuem, incluindo o envolvimento diplomático a nível de líderes na Rússia”, disse Watson num comunicado.
“Instamos a RPDC a cessar as suas negociações sobre armas com a Rússia e a cumprir os compromissos públicos que Pyongyang assumiu de não fornecer ou vender armas à Rússia.”
Privadamente, as autoridades acreditam que a reunião poderá acontecer já na próxima semana, de acordo com O jornal New York Times.
Kim raramente sai do Reino Eremita – pelo menos até onde o mundo exterior sabe – mas, no passado, ele o fez através de um trem blindado.
Neste caso, ele provavelmente irá de Pyongyang, na Coreia do Norte, para Vladivostok, na Rússia, informou o New York Times, citando autoridades que observaram que ele também poderia ir a Moscou.
Se Kim concordasse em comercializar armas, Putin poderia enviar-lhe tecnologia para submarinos e satélites com propulsão nuclear, disseram autoridades ao canal.
Kim provavelmente também procuraria suprimentos de alimentos para sua nação assolada pela fome.
A Rússia tem cortejado activamente os seus aliados enquanto enfrenta as intensas sanções do Ocidente e uma guerra implacável com o seu vizinho, a Ucrânia.
A Coreia do Norte está bastante familiarizada com as sanções ocidentais.
No mês passado, o ministro da Defesa russo, Sergey Shoygu, foi à Coreia do Norte incitando Pyongyang a vender munições a Moscovo.
“A Rússia foi forçada a recorrer a regimes desonestos para tentar obter armas e equipamento para apoiar as suas operações militares. Isso se deve em parte às sanções abrangentes e aos controles de exportação que impusemos”, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, em entrevista coletiva na semana passada.
“Um desses regimes é a República Popular Democrática da Coreia.”
Outra é a China, vizinho da Rússia que ajudou o Kremlin a superar as consequências internacionais do conflito sangrento.
Recentemente, um legislador sul-coreano revelou que a inteligência indicava que a Rússia provavelmente teria flutuado em exercícios navais coordenados ao lado da China e da Coreia do Norte.
O legislador sul-coreano, Yoo Sang-bum, foi informado pela agência de espionagem do país na segunda-feira, de acordo com a Associated Press.
O Embaixador da Rússia na Coreia do Norte, Alexander Matsegora, ponderou recentemente que tais exercícios conjuntos “parecem apropriados”, segundo o relatório.
Na próxima semana, o presidente Biden deverá participar da cúpula do Grupo dos 20 em Nova Delhi, Índia, de 7 a 10 de setembro.
Espera-se que o líder chinês Xi Jinping ignore o evento diplomático em meio a atritos com a Índia e, em vez disso, envie o primeiro-ministro Li Qiang.
Discussão sobre isso post