A polícia adotou estes búfalos asiáticos como meio de transporte para atravessar áreas alagadas quando necessário para operações na ilha de Soure. (Imagem: AFP)
Ainda é um mistério como esses búfalos fizeram da ilha brasileira de Marajó seu lar, mas os habitantes locais e esses nadadores habilidosos são reverenciados na comunidade.
Uma visão incongruente encontra os visitantes da ilha de Marajó, no norte do Brasil: milhares e milhares de búfalos, animais endêmicos da Índia e do Sudeste Asiático que encontraram um novo lar na América do Sul.
Alguns dizem que chegaram à ilha vindos de um navio que naufragou no litoral, outros que prisioneiros que fugiram da Guiana Francesa os usaram para navegar pelos manguezais para chegar ao Brasil.
Embora suas origens permaneçam um mistério, os búfalos asiáticos migraram para o clima tropical do Marajó, onde vivem em feliz simbiose com o homem na ilha banhada por rios de um lado e pelo Oceano Atlântico do outro.
Hoje eles somam cerca de meio milhão – mais do que a população humana da ilha de 440 mil.
Excelentes nadadores, os búfalos podem crescer até 1.200 quilos e 2,5 metros (8,2 pés) do nariz à cauda, e são um animal de trabalho popular no Marajó, arrastando carruagens pelas ruas da cidade de Soure e ajudando os agricultores nos campos.
A fera é reverenciada na cultura local, aparecendo com seus chifres curvos em logotipos de produtos e reproduzida em esculturas e murais. Os festivais locais apresentam corridas de búfalos.
O animal também é onipresente nos cardápios dos restaurantes, onde bifes de búfala gordos e suculentos são servidos cobertos com mussarela de búfala.
‘Soldados búfalos’
Extraordinariamente, os búfalos também são empregados como animais de patrulha pela Polícia Militar de Soure, onde policiais fortemente armados andam nas costas em assentos especialmente adaptados.
O quartel-general da Polícia Militar de Soure é adornado com uma placa feita de cartuchos de bala representando um búfalo musculoso segurando uma espingarda.
“As patrulhas bubalinas surgiram da necessidade de enviar nossos policiais para os campos alagados do Marajó. Há trinta anos, esse era o único caminho”, disse à AFP o comandante do batalhão, Leomar Aviz.
Assim nasceram os chamados “Soldados Buffalo” de Marajó – uma homenagem aos regimentos do exército dos EUA do século XIX, compostos principalmente por pessoas de origem africana, e celebrados pela estrela do reggae Bob Marley um século depois.
Cheire um criminoso
Os animais conseguem atravessar facilmente os manguezais lamacentos da ilha durante a estação das chuvas.
A polícia afirma que pode atingir velocidades nessas condições que os cavalos ou mesmo as motocicletas não conseguem alcançar.
Mas aprender a controlar um búfalo não é tarefa fácil e os oficiais exigem longos meses de treinamento.
“Alguns policiais veteranos dizem que os búfalos podem sentir o cheiro de um criminoso a mais de um quilômetro de distância. Mas isto é apenas uma brincadeira com os novatos”, disse Aviz à AFP.
A polícia adotou estes búfalos asiáticos como meio de transporte para atravessar áreas alagadas quando necessário para operações na ilha de Soure. (Imagem: AFP)
Ainda é um mistério como esses búfalos fizeram da ilha brasileira de Marajó seu lar, mas os habitantes locais e esses nadadores habilidosos são reverenciados na comunidade.
Uma visão incongruente encontra os visitantes da ilha de Marajó, no norte do Brasil: milhares e milhares de búfalos, animais endêmicos da Índia e do Sudeste Asiático que encontraram um novo lar na América do Sul.
Alguns dizem que chegaram à ilha vindos de um navio que naufragou no litoral, outros que prisioneiros que fugiram da Guiana Francesa os usaram para navegar pelos manguezais para chegar ao Brasil.
Embora suas origens permaneçam um mistério, os búfalos asiáticos migraram para o clima tropical do Marajó, onde vivem em feliz simbiose com o homem na ilha banhada por rios de um lado e pelo Oceano Atlântico do outro.
Hoje eles somam cerca de meio milhão – mais do que a população humana da ilha de 440 mil.
Excelentes nadadores, os búfalos podem crescer até 1.200 quilos e 2,5 metros (8,2 pés) do nariz à cauda, e são um animal de trabalho popular no Marajó, arrastando carruagens pelas ruas da cidade de Soure e ajudando os agricultores nos campos.
A fera é reverenciada na cultura local, aparecendo com seus chifres curvos em logotipos de produtos e reproduzida em esculturas e murais. Os festivais locais apresentam corridas de búfalos.
O animal também é onipresente nos cardápios dos restaurantes, onde bifes de búfala gordos e suculentos são servidos cobertos com mussarela de búfala.
‘Soldados búfalos’
Extraordinariamente, os búfalos também são empregados como animais de patrulha pela Polícia Militar de Soure, onde policiais fortemente armados andam nas costas em assentos especialmente adaptados.
O quartel-general da Polícia Militar de Soure é adornado com uma placa feita de cartuchos de bala representando um búfalo musculoso segurando uma espingarda.
“As patrulhas bubalinas surgiram da necessidade de enviar nossos policiais para os campos alagados do Marajó. Há trinta anos, esse era o único caminho”, disse à AFP o comandante do batalhão, Leomar Aviz.
Assim nasceram os chamados “Soldados Buffalo” de Marajó – uma homenagem aos regimentos do exército dos EUA do século XIX, compostos principalmente por pessoas de origem africana, e celebrados pela estrela do reggae Bob Marley um século depois.
Cheire um criminoso
Os animais conseguem atravessar facilmente os manguezais lamacentos da ilha durante a estação das chuvas.
A polícia afirma que pode atingir velocidades nessas condições que os cavalos ou mesmo as motocicletas não conseguem alcançar.
Mas aprender a controlar um búfalo não é tarefa fácil e os oficiais exigem longos meses de treinamento.
“Alguns policiais veteranos dizem que os búfalos podem sentir o cheiro de um criminoso a mais de um quilômetro de distância. Mas isto é apenas uma brincadeira com os novatos”, disse Aviz à AFP.
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