Publicado por: Sheen Kachroo
Ultima atualização: 25 de setembro de 2023, 18h56 IST
A retirada será a quarta em menos de dois anos por parte dos franceses, que ainda têm bases em alguns países africanos. (AFP)
Tal como o Mali e a República Centro-Africana, o pequeno contingente francês, que tinha sido impotente para impedir uma devastadora insurgência jihadista, tornou-se cada vez mais impopular entre o público.
Depois do Mali, do Burkina Faso e da República Centro-Africana, a França está a ser forçada a retirar tropas de mais uma antiga colónia africana que se voltou para a Rússia depois de ter azedado em Paris: o Níger.
Confrontado com o crescente sentimento anti-francês desde a tomada militar do Níger em julho, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou planos para trazer para casa 1.500 soldados antiterroristas, juntamente com o embaixador da França em Niamey.
A retirada será a quarta em menos de dois anos por parte dos franceses, que ainda têm bases em alguns países africanos.
Aqui está um breve resumo das outras três rotas:
– Mali:
Quase uma década depois de as tropas francesas terem sido aclamadas como libertadoras no norte do Mali por ajudarem as forças governamentais a expulsar os jihadistas afiliados à Al-Qaeda, a França retirou-se do Mali em 2022, após uma amarga disputa com a liderança militar do país. As relações azedaram após golpes de estado consecutivos em 2020 e 2021 e a crescente hostilidade em relação à França por parte do público maliano, que acusou a operação regional de contraterrorismo da França de não ter conseguido impedir que os jihadistas avançassem para o centro do país.
Os líderes da junta de Bamako estabeleceram uma parceria com o grupo mercenário Wagner, ligado a Moscovo, e o Mali tornou-se um dos raros defensores da Rússia no cenário global após a invasão da Ucrânia.
– República Centro-Africana:
As tropas francesas também foram destacadas nos últimos anos na República Centro-Africana, ajudando a manter a paz após um violento ataque de sangue intercomunitário em 2013.
Mas também aí as tropas francesas foram forçadas a partir depois de o presidente ter chamado Wagner para reprimir uma rebelião e a França ter sido vítima de uma campanha de desinformação alegadamente instigada por Moscovo. As últimas tropas da Operação Sangaris da França partiram em dezembro de 2022.
– Burkina Faso:
Em Janeiro de 2023, a junta que chegou ao poder através de um golpe de Estado no Burkina Faso em Setembro de 2022 – o segundo golpe em nove meses – deu às 400 forças especiais francesas estacionadas no país um mês para abandonarem o país.
Tal como o Mali e a República Centro-Africana, o pequeno contingente francês, que tinha sido impotente para impedir uma devastadora insurreição jihadista, tornou-se cada vez mais impopular entre o público. Desde então, Burkina manteve conversações com a Rússia sobre o desenvolvimento da cooperação militar.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e é publicada no feed de uma agência de notícias sindicalizada – AFP)
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