Na casa de Clive Owen há um pôster original do filme O Falcão Maltês, emoldurado e pendurado na parede. Ele não é de nenhum dos filmes premiados ou de arte em que Owen estrelou, mas sim um pôster com a emocionante lenda: “Ele é um assassino, quando ele odeia!”, mostrando um homem sério com uma pistola apontada para o espectador, e uma mulher com um vestido vermelho sensual descansando sugestivamente. Separando a dupla está o nome do filme: O Falcão Maltês. Owen recebeu um telefonema de seu agente sobre um possível novo projeto alguns anos atrás, quando estava em casa. Na teleconferência estava o premiado roteirista/diretor Scott Frank, criador de O Gambito da Rainha, e o roteirista/produtor Tom Fontana, apresentando a ideia para uma nova série de suspense policial intitulada Senhor Espada, trazendo de volta o icônico detetive Sam Spade retratado de forma memorável por Humphrey Bogart no clássico neo-noir de 1941, O falcão maltês. Owen olhou para seu pôster e, em uma frase digna do próprio Spade, disse: “Você veio ao cara certo” antes de tirar uma foto e mandar uma mensagem para eles. Ele estava totalmente envolvido. Mais conhecido por seus papéis em filmes como Filhos dos Homens e Mais Perto, Owen sempre foi fã de O falcão maltês, tendo assistido ao filme pela primeira vez nos anos 80, e agora tinha a chance de interpretar Sam Spade em Monsieur Spade, a emocionante série. O primeiro episódio de Senhor Espada foi aclamado e comemorado como a primeira série essencial de 2024. A série se passa 20 anos após os acontecimentos do Falcão Maltês, mostrando um Spade mais velho, mas não menos corajoso, que é puxado de volta à ação após um crime horrendo ocorrer em sua cidade adotiva. A alegria de Owen em interpretar o papel de Spade é evidente, e ele destaca a velocidade do pensamento e o diálogo rápido como pontos altos da série, mostrando-se um ator muito entusiasmado com o projeto. Ele também destaca o aspecto da bússola moral que o personagem representa, mostrando que mesmo sendo um personagem durão com piadas, Spade se sente atraído a fazer a coisa certa quando algo está errado, e é por isso que personagens como ele nos sustentam. Ele ainda menciona que a cultura celebrou tanto o anti-herói sombrio que a bússola moral ficou distorcida e não aponta mais para o norte verdadeiro, questionando se os jovens de hoje têm um modelo que demonstre esse tipo de bússola moral.
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