Autoridades dos Estados Unidos informaram que o presidente Joe Biden anunciará um plano para os militares norte-americanos ajudarem a estabelecer um porto temporário na costa de Gaza, com o objetivo de aumentar o fluxo de ajuda humanitária para a região durante o conflito entre Israel e o Hamas. A crise humanitária em Gaza tem piorado, levando muitas pessoas à luta pela comida e resultando em mortes por desnutrição.
As negociações para um cessar-fogo antes do Ramadã atingiram um impasse, com o Hamas deixando o Cairo, onde as conversas estavam sendo realizadas. O acordo proposto incluiria um aumento significativo na ajuda humanitária fornecida a Gaza. No entanto, a entrega desses suprimentos tem sido dificultada devido à falta de coordenação com as forças armadas israelenses, ao contínuo conflito armado e à instabilidade generalizada.
Autoridades dos Estados Unidos, em condição de anonimato, revelaram que a operação planejada não envolverá o envio de tropas norte-americanas para a construção do porto. O cais permitirá a chegada de alimentos, medicamentos e outros itens essenciais a Gaza, vindo através de Chipre.
A pressão sobre Israel para facilitar a entrega de ajuda por via marítima tem crescido, com a chefe da Comissão da União Europeia planejando inspecionar instalações no porto de Larnaca, em Chipre. Autoridades israelenses declararam que cooperariam na criação de uma rota marítima saindo de Chipre, algo que está em discussão há meses.
Os mediadores internacionais estão buscando um cessar-fogo de seis semanas, que envolveria a libertação de reféns por parte do Hamas e de prisioneiros palestinos por parte de Israel, além de garantir acesso para grupos de ajuda. O objetivo é possibilitar uma grande mobilização de assistência para Gaza.
O Hamas concordou com os termos iniciais desse acordo, mas busca compromissos que levem a um cessar-fogo mais duradouro. As negociações continuam em andamento e espera-se que sejam retomadas em breve. O prazo informal para um acordo é o início do Ramadã, pois historicamente esse período tem visto um aumento da violência entre israelenses e palestinos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou as demandas do Hamas para encerrar o conflito, afirmando que Israel planeja retomar as operações militares após qualquer cessar-fogo. Ele enfatizou o objetivo de alcançar uma “vitória total” e libertar os reféns mantidos pelo Hamas.
A crise humanitária em Gaza é alarmante, especialmente no norte, onde a população sofre com a escassez de alimentos. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, milhares de palestinos foram mortos, sendo que a maioria são civis, incluindo mulheres e crianças. A ONU e especialistas independentes corroboram os registros do ministério em relação às vítimas.
As operações militares em Gaza resultaram em uma grave crise humanitária, encurralando a população e levando à fome e à desnutrição. A ajuda humanitária é crucial para aliviar o sofrimento dos civis e garantir o acesso a alimentos, medicamentos e outros recursos essenciais. A comunidade internacional continua a pressionar por um cessar-fogo duradouro e pela entrega eficiente de assistência a Gaza.
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